Esta primeira edição do Festival abre com a conferência de Joaquim Furtado, figura ímpar do jornalismo em Portugal, prossegue com as mesas-redondas, que vão olhar o jornalismo e a escrita de não-ficcção ao microscópio, e encerra com a intervenção do fotojornalista João Francisco Vilhena.
É já a partir de amanhã, 24 de outubro, que Santo Tirso acolhe a 1.ª edição do Festival Novo Jornalismo, um evento que pretende debater e olhar à lupa os temas caros à escrita de não-ficção dos dias de hoje, bem como os recentes desafios do jornalismo.
A abertura estará a cargo de Joaquim Furtado, figura de referência do jornalismo em Portugal. Convidado a dar o mote ao Festival, Joaquim Furtado fará uma panorâmica sobre o seu próprio percurso profissional e daí partirá para uma reflexão sobre o jornalismo que se faz na atualidade.
No sábado, 25, Joaquim Vieira, Miguel Pinheiro e Rui Ramos conversam com Tito Couto acerca da escrita e da publicação de biografias, um género que vai crescendo em Portugal numa altura em que alguns ventos se levantam em torno das biografias não-autorizadas, nomeadamente no Brasil. A moderação está a cargo de Tito Couto.
Logo depois, Carlos Magno, Francisco José Viegas e Paulo Moura discutem a ética e a deontologia da não-ficção, género que ganha cada vez mais músculo no estrangeiro e ao qual o meio editorial português vai estando cada vez mais atento. Que cuidados deve ter um jornalista quando escreve fora da alçada das redações? Um relato em forma de livro obriga a ouvir todas as partes? Eduarda Maio faz a moderação.
A terceira mesa da programação de sábado recebe David Dinis, Gustavo Sampaio e Ricardo J. Rodrigues. À provocação «Scoop, a culpa é da Internet!» os três participantes respondem com formas e engenhos de narrar a realidade, numa época de desmaterialização dos jornais e de dispersão de públicos. Afinal, o que é isso do jornalismo cidadão? E paga-se para isso? A moderação está a cargo de Felisbela Lopes.
«Livro: a casa grande do jornalismo» é o tema lançado aos jornalistas Joana Pereira Bastos, Paulo Pena e Rita Garcia. E a partir dele vamos perceber se, ao encolher de espaço na imprensa tradicional, corresponde um aumento de importância do livro enquanto suporte do jornalismo de investigação. A reportagem de grande fôlego, o jornalismo de viagem: estaremos a falar de géneros que já não passam sem badanas? Pedro Vieira faz a moderação.
A partir das 21.30, o fotojornalista João Francisco Vilhena protagoniza a conferência de encerramento intitulada Polaroides&Poemas. Será a fotografia um meio de salvação da imprensa? Que papel cabe ao álbum de família e à memória?
A partir destas questões e do seu percurso, João Francisco Vilhena encerra o Festival Novo Jornalismo, um evento que se quer de referência nas áreas em questão. E que promete continuar à procura das melhores manchetes da não-ficção.