[Reportagem] Tó Trips & Filho da Mãe – Guitarras ao Alto no Teatro Maria Matos

Fotografias cedidas pelo Teatro Maria Matos, autoria José Frade

A noite de Terça-feira, dia 20 de Janeiro, trouxe a Lisboa, ao Teatro Maria Matos, o projecto Guitarras ao Alto, protagonizado pelos músicos Tó Trips (Dead Combo) e Filho da Mãe. Depois de uma estreia por terras alentejanas, que foi um sucesso, deram a oportunidade aos lisboetas de presenciar um espectáculo ímpar, uma dança de guitarras acompanhada pela arte projectada de Cláudia Guerreiro. 

Passava pouco das 22h quando o silêncio absoluto se instalou. Palco iluminado, duas cadeiras, quatro guitarras, uma mesa e dois copos de vinho, eis que entram os nossos anfitriões. Tudo tem início de forma calma e quase contemplativa, Filho da Mãe dá os primeiros acordes, Tó Trips junta-se posteriormente, e quando damos por nós estamos fascinados com uma narrativa não só sonora como ilustrada, com a Cláudia a acompanhar o ritmo na tela, numa estética vibrante a provocar a imaginação de cada um. 

Existe uma liberdade contagiante na performance destes dois artistas, um exorcizar de emoções através de cada uma das guitarras nas suas diferentes manifestações quando dedilhadas à vez. A cada malha, um diálogo sublime em tom de sussurro harmonioso alternado com uma dicotomia de expressões com um Tó Trips bastante calmo e um Filho da Mãe mais expansivo. 

Apesar de alguma monotonia em certos momentos, a intensidade da atmosfera mantém-se palpável até ao último momento do encore. O sentimento de respeito e admiração transforma-se em murmúrios no final do concerto enquanto lamentamos ter passado tão rápido. Uma verdadeira manifestação de cultura portuguesa, a conjugação destes três artistas, num palco também ele de referência e um público sôfrego por mais. 

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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