Delírio (Trilogia Sem Fôlego #2)
Maya Banks
Editora: Bertrand
Sinopse: Gabe, Jace e Ash: três dos homens mais ricos e mais poderosos do país. Estão habituados a conseguir tudo aquilo que querem. Tudo mesmo. Para Jace, trata-se de uma mulher que o surpreende completamente…
Jace, Ash e Gabe são amigos e sócios cheios de sucesso há muitos anos. São poderosos, influentes, sensuais e irresistíveis. Jace e Ash partilham tudo, incluindo as mulheres. Quando conhecem Bethany, Jace começa a sentir algo pela primeira vez na vida: ciúmes e uma obsessão forte, esmagadora, que o ameaça, mas que também o excita descontroladamente.
Jace não quer partilhar Bethany com ninguém. Está decido a ser o único homem da vida dela, mas isso está a pôr em causa a amizade de uma vida inteira com Ash. Bethany será sua, e apenas sua. Mesmo que para tal tenha de virar costas ao amigo…
Opinião: Ok, vou directa ao assunto, este foi, possivelmente, dos livros que mais me custou ler nos últimos tempos, se não anos. Estreei-me na escrita de Maya Banks através da Trilogia McCabe publicada também pela Bertrand Editora e adorei esses três livros. O primeiro da Trilogia Sem Fôlego – Obsessão – tinha sido lido pelo meio, mas como tenho tentado avançar com séries pendentes, decidi dar uma oportunidade a Delírio. Obsessão leu-se rápido, embora não tivesse sido demasiado fascinante, mas este segundo volume custou quase desde o início e passo a explicar porquê.
Se normalmente em romances eróticos procuro algum tipo de enredo que me prenda, sem ser só o erotismo e os cenários sexuais por si mesmos, aqui não encontrei nada que me seduzisse na história. Até mesmo as descrições sexuais perdiam qualquer interesse por não haver uma motivação extra sem ser o sexo gratuito por tudo e por nada e como pretexto para resolver coisas que obviamente não se resolvem só com sexo. Houve momentos em que pensei que dada a vida de Bethany e as suas implicações, uma maior adrenalina ocorresse ao longo das mais de 300 páginas, mas tal não se verificou. Verdade seja dita, e porque forço-me a ler um livro até ao fim mesmo que não me esteja a agradar – sim, eu sei, sou uma pessoa de esperança -, só na última dezena e pouco de páginas é que finalmente houve algo que agitasse mais a narrativa, que de resto foi linear.
O livro não é propriamente mau, não está mal escrito. Para quem gosta de relações obsessivo-compulsivas então esta é a leitura propícia a esse gosto, pura e simplesmente não vai de encontro ao estilo de enredo que me agrada neste género literário. Não tendo nada a ver com feminismo, gosto de personagens femininas fortes ou que pelo menos evoluam ao longo das páginas. Protagonistas planos não me cativam. E esta é a diferença entre uma série e outra, na McCabe encontrei a motivação para continuar a ler com um entusiasmo que não encontrei ainda nesta. Vamos ver o que é que Fogo, o terceiro livro, reserva.