Opinião: Para Além da Meia-Noite (Raça da Noite #9), de Lara Adrian

Para Além da Meia-Noite (Raça da Noite #9)

Lara Adrian

Editora: Quinta Essência

Sinopse:  Aos dezoito anos, Corinne Bishop era uma jovem bela e cheia de vida, com uma existência privilegiada como filha adotiva de uma família com dinheiro. O seu mundo mudou no instante em que foi raptada e mantida prisioneira pelo malévolo vampiro Dragos. Despois de muitos anos de cativeiro e tormento, Corinne é salva pela Ordem, um grupo de guerreiros vampiros envolvidos numa guerra contra Dragos e os seus seguidores. Para além de a terem despojado da sua inocência, Corinne perdeu também parte do seu coração… a única coisa que lhe dava esperança durante o seu calvário e a única que lhe interessa agora que é livre.

O guerreiro Hunter é incumbido de proteger Corinne durante o seu regresso a casa. Um dos assassinos mais letais de Dragos, Hunter trabalha agora para a Ordem, e está empenhado em fazer com que Dragos pague pelos seus muitos pecados. Ligado a Corinne pelo seu mútuo desejo, Hunter terá de decidir até onde está disposto a chegar para acabar com o reinado de maldade de Dragos… mesmo que concluir a sua missão signifique despedaçar o terno coração de Corinne.

Opinião: A única autora que vai tentando rivalizar com Sherryin Kenyon no que toca ao número de livros de uma saga que tenho lido é Lara Adrian. Raça da Noite é uma série que iniciei em Janeiro de 2012 e que vê agora o seu nono livro publicado em Portugal. A espera foi longa, mais de um ano sem saber o destino dos nossos guerreiros, e em Para Além da Meia-Noite ficamos numa espécie de impasse, com um interlúdio dedicado a Hunter, um guerreiro que foi construído para apenas destruir, de forma automática, mas que se juntou à facção que quer manter longe dos olhos humanos a identidade da sua espécie.

Quando se vive uma vida inteira em que o único treino que se recebe é para matar, as emoções tornam-se um terreno desconhecido, e quando surgem são perscrutadas com cautela. Hunter, que viveu a sua vida toda, até há pouco tempo, sob alçada de Dragos, descobre em si mesmo instintos em relação a uma terceira pessoa que o deixa confuso. É um despertar para um mundo intenso em que Corinne, ex-escrava também de Dragos, toma o papel principal sem qualquer promessa de lhe facilitar a vida. Hunter recorda uma visão que, sem querer, Mira lhe tinha transmitido tempos antes e teme que tudo o que tem sentido e todo aquele fervor tenha que ser, também isso, eliminado. 

Corinne, a protagonista feminina, tenta traçar o trilho de aceitar e recuperar de tudo o que lhe aconteceu. Depois de anos e anos a ser violentada e mal tratada, anseia por um futuro perto dos seus, mas rapidamente descobre a desilusão por entre aqueles de que mais gosta. É então que se foca na sua última esperança, o filho que lhe foi roubado logo à nascença. Juntamente com Hunter, ingressão numa série de acontecimentos vertiginosos, onde o perigo é constante, mas onde a paixão também marca presença de forma avassaladora. 

A par de tudo isto, temos o desmoronar de um dos nossos guerreiros já conhecidos. O trilho é negro, com a sede de sangue a ser cada vez maior, mas são também os seus instintos que vão acabar por condenar e ao mesmo tempo salvar todo o enredo, pelo menos por enquanto.

Como já nos habitou, a escrita de Lara Adrian é dinâmica e continua a explorar várias vertentes, nunca descurando do romance, da acção forte e do erotismo sensual. Apesar de Hunter ser realmente um personagem que muitas leitoras deviam estar à espera que fosse protagonista de um destes capítulos, confesso que esperava algo mais forte. No entanto, em nada afectou a velocidade de leitura que foi bastante rápida, muito graças ao tal guerreiro que se tornou numa autêntica incógnita a obra toda e que promete dar que falar nas próximas. No seu conjunto foi uma boa leitura, que venha o episódio seguinte. 

Opiniões dos outros livros da série: http://www.branmorrighan.com/search/label/Ra%C3%A7a%20da%20Noite

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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