Foi com este cenário que me deparei ao chegar a Paredes de Coura! Pelas 16h e pouco, já os Coconuts faziam o seu soundcheck e já a vila fervia cheia de vida! É engraçado que voltar a Paredes de Coura dá-me sempre a sensação de voltar a casa. É-me já tudo tão familiar que aquela espera toda que pareceu ter durado uma eternidade, de repente parece que foi apenas ontem que saí daqui após uma noite esgotadíssima com James Blake. São saudades genuínas, as que sentimos quando deixamos este festival, mas foi também com algum receio que cheguei a esta nova edição.
Mas já lá vamos. Cheguei, matei saudades do meu pessoal de Leiria e fui buscar a tão desejada pulseira! É com um grande orgulho e gratidão que a transporto comigo e é também sinal de que vou poder testemunhar em primeira mão umas quantas coisas. Como devem imaginar, a minha intenção é dar destaque às bandas portuguesas, mas há muitas outras coisas de que falar – o quão maior está a área de campismo e a quantidade consideravelmente superior de pessoas que por lá andam. Nunca vi tantas tendas por metro quadrado, sendo que há algumas que nem sequer estão inteiramente montadas por causa da falta de espaço! Eu tive um misto de sorte – acampei na mesma zona onde costumo acampar, se bem que num espaço menos confortável, mas por outro lado muitas mais pessoas já descobriram aquela clareira e o resultado é que o barulho e a agitação é muito, muito maior. Lado positivo – continuo a poder dormir de manhã muito tranquilamente!
Ainda em relação a ontem à noite, a minha experiência deste ano com Paredes de Coura começou com o concerto na vila da Escola de Rock, onde miúdos e graúdos reinventaram alguns clássicos do rock internacional, mas foi com os Les Crazy Coconuts que o entusiasmo começou a sério. Adoro este grupo de Leiria, já todos perceberam, e o crescimento deles tem sido um orgulho de seguir. Foi bonito ver a vila cheia a dançar e a vibrar com eles! Um óptimo prenúncio para o festival que começa daqui a pouco com Gala Drop, para onde vou imediatamente!
Hoje já deu para ir desfrutar um pouco do rio, ler o meu Objetos Cortantes e agora é hora de começar a curtir o festival em modo oficial! Embora esteja muito mais gente e o público seja muito mais jovem do que quando vim pela primeira vez em 2011, confio que o espírito de Coura não se perca e que com o passar dos dias seja mesmo essa a constatação! O Mickey, pelo menos, como podem ver pela foto, está entusiasmado e vai-me fazer companhia nuns quantos concertos quando o frio apertar! Beijos beijos e até logo!