Um belo dia, Josef K., um bem-sucedido gerente bancário, é subitamente preso no seu próprio quarto, sem saber porquê nem por quem. Vê-se então envolvido num labiríntico e absurdo processo que decorre secretamente em obscuras secretarias instaladas em sótãos, conduzido por juízes menores que têm a mera incumbência de o inquirir. Concebido em 1914, o romance O Processo constitui para Kafka a forma ideal para expressar a fragmentação do mundo e da realidade em que vive o homem moderno.
Em 1945, no rescaldo do fim da Guerra e da libertação dos campos de concentração pelas forças aliadas, o exército soviético pediu a Primo Levi e a Leonardo de Benedetti, seu companheiro de campo, que redigissem uma relação detalhada das condições de vida nos Lager. O resultado foi um dos primeiros relatórios alguma vez realizados sobre os campos de extermínio. Chocante pela objectividade e detalhe, tocante pela precoce e indignada lucidez, é um testemunho extraordinário daquela que viria a ser uma das vozes mais relevantes da antologia de memórias sobre o Holocausto. Assim foi Auschwitz recolhe esse relatório e vários outros textos de Primo Levi – inéditos até hoje – sobre a experiência colectiva do Holocausto, compondo um mosaico de memórias e reflexões críticas de inestimável valor histórico e humano, tão relevantes hoje, 70 anos volvidos sobre o fim da Segunda Guerra, como no tempo em que foram escritos.
Jody Varner, filho do grande proprietário do Velho Domínio do Francês, está a cortar corda no armazém quando vê chegar um homem baixo, de chapéu de abas largas e casaco demasiado grande. «O meu nome é Snopes. Ouvi dizer que tem uma quinta para alugar.» Sobre os Snopes correm histórias de um passado sombrio, com indícios criminosos que à primeira vista os tornam vítimas fáceis em jogos de poder. Mas rapidamente a enigmática família de jornaleiros dá provas de que a sua presença naquela aldeia do sul dos Estados Unidos será tudo menos passiva. Numa sucessão de incidentes assustadores contados com humor retorcido, A Aldeia marca o arranque da trilogia construída por William Faulkner em torno da família Snopes. Um romance surpreendente e um empolgante predecessor de A Cidade, o segundo momento da saga.
Fraser é uma criança autista de três anos, tensa e ansiosa, com acessos de raiva tão súbitos quanto incontroláveis. A vida dos Booth, numa pequena casa na herdade de Balmoral, a residência de verão da rainha de Inglaterra, é dura e muitas vezes desesperante. Para Louise, a mãe de Fraser, o futuro parece pouco animador. É então que o filho conhece Billy, um gato cinzento e branco, e a amizade que nasce entre os dois irá mudar para sempre as suas vidas. Os dois tornam-se inseparáveis e, com a ajuda do seu novo amigo de quatro patas, Fraser começa a fazer progressos: pequenas coisas que, somadas, dão vida a um verdadeiro milagre.
A história de Fraser e Billy, narrada pela mãe, fará o leitor rir, chorar e, em última instância, reconhecer a força da amizade entre um menino e o seu gato de estimação.
Há uma saga que ainda não foi contada sobre a Segunda Guerra Mundial: a história de duas irmãs portuguesas, Olívia e Clarice. Olívia casa-se com um português e vai para o Brasil. Clarice casa-se com um alemão judeu e vai morar em Antuérpia, na Bélgica. Ambas vivem felizes, com maridos e filhos, até que a guerra começa e a Bélgica é invadida.
Para escapar da sombra nazi que vai devorando a Europa, a família de Clarice conta com a ajuda de Aristides de Sousa Mendes, o cônsul que salvou milhares de vidas emitindo vistos para Portugal, em 1940, enquanto atuou em Bordéus, França.
A família recebe o visto mas, ao chegar à fronteira de Portugal,um destino trágico a espera… Destino que vai mudar e marcar a vida das irmãs para sempre, por causa de um segredo que só será revelado sessenta anos depois.
Os Números Que Venceram os Nomes, Samuel Pimenta consegue, com uma destreza literária que nos prende do início ao fim, contar uma história empolgante, que, embora passando-se num futuro imaginário, questiona muitos dos problemas das sociedades contemporâneas – a substituição estéril de um mundo espiritual por uma realidade puramente material.
Num futuro distante, comprovada matematicamente a existência de Deus, os homens são obrigados a trocar os seus nomes por números. Ergue-se uma ditadura global, em que todos são controlados e descaracterizados, uma sociedade de uma única religião, em que os algarismos definem tudo – pessoas, países, ruas, animais -, em detrimento da essência de cada um.
O mundo de Mare, uma rapariga de dezassete anos, divide-se pelo sangue: os plebeus de sangue vermelho e a elite de sangue prateado, dotados de capacidades sobrenaturais. Mare faz parte da plebe, os Vermelhos, sobrevivendo como ladra numa aldeia pobre, até que o destino a atraiçoa na própria corte Prateada. Perante o rei, os príncipes e nobres, Mare descobre que tem um poder impensável, somente acessível aos Prateados.
Para não avivar os ânimos e desencadear revoltas, o rei força-a a desempenhar o papel de uma princesa Prateada perdida pelo destino, prometendo-a como noiva a um dos seus filhos. À medida que Mare vai mergulhando no mundo inacessível dos Prateados, arrisca tudo e usa a sua nova posição para auxiliar a Guarda Escarlate – uma rebelião dos Vermelhos – mesmo que o seu coração dite um rumo diferente.
UMA CORRIDA VERTIGINOSA CONTRA O TEMPO E UM INIMIGO IMPLACÁVEL.
Uma jovem mulher brutalmente assassinada num hotel barato de Manhattan.
Um pai decapitado em praça pública sob o sol escaldante da Arábia Saudita.
Os olhos de um homem roubados do seu corpo ainda vivo.
Restos humanos ardendo em fogo lento na montanha de uma cordilheira no Afeganistão.
Uma conspiração para levar a cabo um crime terrível contra a Humanidade.
E um único homem para descobrir o ponto preciso onde estas histórias se cruzam: Peregrino.
Lysandra Keates está a ficar sem opções. O pai morreu, a mãe está doente, e os seus esforços para encontrar um emprego respeitável redundaram em fracasso. Com as parcas poupanças a chegarem ao fim, ela engole o orgulho e o medo e pede a Vivien Manning, uma cortesã infame, para a juntar a um protetor rico.
Durante anos, o visconde Andrew Callis levou uma existência monástica na sua propriedade rural, endurecendo o corpo e o coração contra o sofrimento pela morte da mulher e do filho recém-nascido. Quando Vivien lhe pede para passar um mês a treinar uma jovem nas artes do amor, a sua mente resiste… mas o seu corpo responde com um desejo que ele julgara morto há muito tempo.
À medida que começa os seus ensinamentos, Andrew dá por si a deixar-se enfeitiçar pelos encantos inocentes de Lysandra. E quando eles dão lugar a uma fome voraz, a última coisa que Andrew esperava, ou queria, surge entre eles. Uma ligação emocional que pode levá-los bem para lá do período de treino… se ao menos Andrew conseguir abrir o seu coração à possibilidade de amar.
Katja Petrowskaja cresceu no seio de uma família judia de Kiev, na Ucrânia, nos anos 1970. Da sua infância ficou-lhe um estranho sentimento de falta. O que é que não terá sido dito à mesa das refeições em família? Em que reentrâncias da História terão ficado retidos os seus antepassados, cujos nomes não se pronunciavam? Talvez Esther é o resultado dessa procura das origens. Ficaremos a saber que um tio-bisavô – autor de um atentado contra um embaixador alemão – poderá ter desencadeado a Segunda Guerra Mundial; que um avô prisioneiro de guerra reapareceu 40 anos mais tarde; ou que uma bisavó, que talvez se chamasse Esther, em Kiev, em 1941, se dirigiu sozinha à ravina de Babi Yar, onde os ocupantes nazis eliminaram em massa todos os habitantes judeus da cidade, e não só.
Através da história das suas personagens – que se desenrola entre Kiev, Mauthausen, Varsóvia e Auschwitz –, Petrowskaja traça os contornos de uma Mitteleuropa desaparecida e faz uma história do século XX, em que se alternam o claro e o escuro, a força e a fragilidade, a glória e a derrota.
Polónia, 1940. Os nazis isolam milhares de judeus num pequeno gueto em Varsóvia. Erik Cohen, um velho psiquiatra judeu, vê-se obrigado a partilhar um pequeno apartamento com a sobrinha e o adorado sobrinho-neto de nove anos, Adam. Certo dia, porém, Adam desaparece e o seu corpo, estranhamente mutilado, só é encontrado na manhã seguinte, no arame farpado sobre o muro que rodeia o gueto. Quando um segundo cadáver aparece em circunstâncias muito similares – desta vez o de uma rapariga judia –, Erik e o seu velho amigo Izzy tentam obter respostas, lançando-se numa investigação tão sinistra quanto perigosa. O mistério adensa-se e as dúvidas também. Serão os próprios nazis responsáveis por aquelas mortes ou estará um traidor judeu envolvido nos crimes? Neste thriller histórico comovente e arrepiante, Richard Zimler conduz o leitor aos recantos mais sombrios de Varsóvia, num périplo pela própria alma humana.
Passado num lugar onde a memória colectiva desapareceu e o passado é um território perigoso, que não deve ser visitado e de que não se deve falar, J é uma história de amor estranha e inventiva, terna e aterradora.
Kevern não sabe por que razão o seu pai levava dois dedos aos lábios sempre que dizia uma palavra começada por jota. Não era o tempo nem o lugar certos, e continuam a não ser, para se fazer perguntas. Ailinn também cresceu sem saber quem era ou de onde vinha. Quando se conhecem, Kevern sente-se imediatamente atraído por ela e, apesar de desconfiados por natureza, aquilo que os une é de tal forma poderoso que parecem ter sido feitos um para ou outro.
Juntos, formam um refúgio contra a brutalidade corriqueira deixada por uma catástrofe histórica envolta em desconfiança e negação, conhecida simplesmente como AQUILO QUE ACONTECEU, SE É QUE ACONTECEU. À medida que as ações do casal os vão aproximando cada vez mais do perigo, há uma força desconhecida que os quer manter juntos, custe o que custar. Mas a história de amor que os une pode ter consequências devastadoras para a espécie humana.
Ao fim de um ano tumultuoso, a relação de Sophie Scaife com o namorado e dominador, o multimilionário Neil Elwood, está mais escaldante e feliz do que nunca.
O lado dominador de Neil transporta Sophie para novos e desafiadores níveis de submissão e exploração erótica. Mas quando o casamento da filha e a celebração dos seus cinquenta anos desencadeiam uma mudança nos planos de vida de Neil, Sophie vê-se perante um futuro muito diferente do que imaginara.
Encurralada num conflito entre a sua nova posição e o desejo por independência, teme ter-se tornado apenas mais uma esposa-troféu da Quinta Avenida. Com o fim da sua carreira no jornalismo, e não muito inspirada na tentativa como escritora, Sophie tem de se esforçar mais do que nunca para provar as suas intenções à família e amigos de Neil. Sophie não é a única com dificuldades em adaptar-se ao novo estilo de vida. Quando aviões privados e marcas caras ameaçam a ligação com Holli, Sophie dá por si a percorrer a fronteira entre o mundo que agora habita e o passado que teme ter deixado para trás. Depois de uma chocante revelação dividir o seu sentido de lealdade, Sophie corre o risco de perder a melhor amiga ou quebrar a confiança do homem que ama.
Para pôr fim ao Império Final e restaurar a harmonia e a liberdade, Vin matou o Senhor Soberano. Mas, infelizmente, isso não significou que o equilíbrio fosse restituído às terras de Luthadel. A sombra simplesmente tomou outras formas, e a Humanidade parece amaldiçoada para sempre.
O poder divino escondido no mítico Poço da Ascensão foi libertado após Elend e Vin terem sido ludibriados. As correntes que aprisionavam essa força destrutiva foram quebradas e as brumas, agora mais do que nunca, envolvem o mundo, assassinando pessoas na escuridão. Cinzas caem constantemente do céu e terramotos brutais abalam o mundo. O espírito maléfico libertado infiltra-se subtilmente no exército do Imperador Elend e os seus oponentes. Cabe à alomante Vin e a Elend descobrir uma forma de o destruir e assim salvar o mundo. Que escolhas irão ser ambos forçados a tomar para sobreviver?
Nathan consegue finalmente escapar do cativeiro. Depois de encontrar o seu pai e de este lhe oferecer um dom poderosíssimo, completando assim os três dons que o confirmam como bruxo adulto, o jovem sabe, contudo, que ainda não se encontra a salvo e que tem de continuar a fugir. Porque de um lado estão os Bruxos Negros que o odeiam e do outro, os Bruxos Brancos que desejam a sua captura. No meio deste conflito, Nathan tem de conseguir encontrar o seu amigo Gabriel e resgatar Annalise, a jovem que ama e que está prisioneira do temível bruxo negro, Mercury. Mas para ser bem-sucedido, Nathan sabe que terá de aprender a controlar o seu próprio poder…
Half Wild é a continuação do livro Half Bad ̶ Entre o Bem e o Mal, aclamado internacionalmente pela crítica e pelo público.
Como herdeira dos Plantageneta, Margarida é vista pela mãe do rei, a Rainha Vermelha, como uma rival para a reivindicação dos Tudor ao trono. Margarida está relegada num casamento insignificante com Richard Pole, um leal apoiante dos Tudor, governador de Gales e guardião de Artur, o jovem príncipe de Gales, e da sua bela noiva, Catarina de Aragão. Mas o destino de Margarida, como prima da Princesa Branca, é não viver uma vida nas sombras. A tragédia lança-a na pobreza, mas uma morte real restitui-a a ocupar o seu lugar na corte do jovem Henrique VIII, onde se torna dama de companhia da rainha Catarina. Na corte, observa a influência da rainha espanhola sobre o marido e assiste ao seu trágico declínio. No centro da rápida deterioração da corte dos Tudor, Margarida terá de decidir se a sua lealdade é para com o cada vez mais tirânico Henrique VIII ou para a sua amada rainha. Aprisionada na corte, Margarida terá de escolher o seu caminho e esconder a todo o custo o seu conhecimento de uma antiga maldição sobre os Tudor, que lentamente se torna realidade…
O mundo anda faminto de qualquer coisa que não sabe o que é. Mãos estendidas, estômagos vazios, gente que morre à espera. Há Sempre Tempo Para Mais Nada é uma história de perda colectiva e individual, pombos e pilotos suicidas, mosquitos assassinos, macacos raivosos, e rostos sem corpo. A extinção pessoal de um viúvo, embalado numa dança de miséria irresistível que faz da distância um pormenor. Uma viagem de Lisboa a Varanasi, na Índia, terra de morte definitiva num tempo em que nem todas o são, onde o viúvo espera consumar, afundada no rio Ganges, a mais triste das despedidas.
Não, realmente, o termo «islamofobia» é mal escolhido se quisermos falar do ódio que alguns loucos têm aos muçulmanos. Não só mal escolhido: é perigoso. […] Lutar contra o racismo é lutar contra todas as formas de racismo; lutar contra a islamofobia significa lutar contra o quê? Contra a crítica de uma religião, ou ódio contra pessoas que praticam esta religião por serem de outro país? Charb, uma das figuras principais da Charlie Hebdo, forte defensor da igualdade de direitos, reflete a sua preocupação em ver a luta antirracismo ser substituída por uma luta pela proteção e promoção de uma religião.
Porque o termo «islamofobia» sugere que é mais grave para detestar o Islão, isto é, uma corrente de pensamento perfeitamente criticável, do que os muçulmanos. E, se criticar uma religião não é um crime, discriminar alguém por causa da sua afiliação religiosa é-o, inquestionavelmente. Um opúsculo salutar que serve para mostrar que a palavra «islamofobia» só agrada os racistas, islamitas radicais, políticos demagogos e jornalistas preguiçosos.
«Num mundo cada vez mais difícil, é altura de as pessoas agarrarem a vida pelas rédeas, sem esperarem indefinidamente por soluções milagrosas. Gandhi, Steve Jobs, Buda ou Picasso: são muitos os que se libertaram de determinismos e ideologias, decidindo o seu destino e mudando o mundo. Hoje, milhares de trajetórias humanas, famosas ou anónimas, dão o sinal de um novo Renascimento. Todas elas incentivam à reflexão sobre o caminho a seguir, de modo a escolher e a triunfar na vida. Quantos mais não se resignarem, mais profunda será a democracia, mais energia existirá, mais riqueza se criará. Onde quer que esteja, seja quem for: aja como se nada lhe fosse impossível. Tenha a coragem de agir. Assuma o controlo sobre a sua vida!» – J.A. Jacques Attali, ex-conselheiro especial de François Mitterrand e presidente da PlaNet Finance, além de autor de numerosas obras, convoca cada um de nós a não esperar e a fazer a sua própria revolução. Em Decida a Sua Vida, oferece-nos os passos a seguir para lá chegarmos. Temos tudo a ganhar.
Segredos e dicas para uma comunicação eficaz.
Campeão de vendas na área de interesse geral da Editora Saraiva, o clássico consagrado pelo público, sempre presente nas listas dos mais vendidos em todo o país, vem recebendo desde o seu lançamento elogios de prestigiados órgãos da imprensa. Autor de 21 livros sobre a arte de falar em público, Reinaldo Polito expõe nesta obra ampliada, de maneira clara, simples e didática, toda a sua experiência de décadas a ensinar executivos e profissionais liberais a apresentarem-se com desembaraço e sem inibições. Cada capítulo é uma verdadeira aula que oferece passo a passo todas as técnicas para se tornar um comunicador excecional.
O leitor aprenderá a controlar o medo de falar em público, a falar de improviso, a conquistar ouvintes hostis e indiferentes, a preparar e a fazer palestras, a evitar as brancas, a ordenar o raciocínio, a ampliar o vocabulário, a melhorar a voz, a corrigir a postura e a gesticulação, a fazer saudações e despedidas, a apresentar oradores, a usar o microfone, a participar em reuniões e a desenvolver todos os aspectos Reinaldo Polito é formado em Administração de da boa comunicação.
Longas filas de videiras estendem-se pelas colinas suaves de Borgofranco. Há dois séculos que a família Brugliani é proprietária daquele antigo burgo e das vinhas, tratadas com paciência para delas extrair vinhos preciosos e únicos. Aos 35 anos, Angelica é a herdeira da tradição e do património familiar. Mãe, esposa, empresária de sucesso: tudo parece perfeito na sua vida. Só ela sabe que por detrás daquela fachada se esconde um mundo sombrio, feita de mentiras – as do marido – e de sonhos pueris.
Uma noite, em que conduzia sua moto e sentindo-se dominada pela amargura e pelas lágrimas, Angelica não se apercebe de que o carro à sua frente está a travar. O choque é violento, mas felizmente sem consequências graves, quer para ela, quer para o condutor do automóvel, Tancredi D’Azaro. Angelica não sabe ainda que aquele homem é um dos chefs mais aclamados em todo o mundo. E ambos ignoram que, depois daquele encontro fugaz, o destino voltará a entrelaçar os seus caminhos, suscitando a tentação de um novo começo. É então tempo de fazer escolhas, tendo em conta o peso do passado e as responsabilidades do presente – porque a vida é feita de sonhos e paixões.
Um rei assassinado pelo seu mais antigo inimigo. Um império dominado por um povo austero e intolerante. Quatro príncipes exilados determinados a cumprir um destino. Recuperar o trono de Acácia poderá ter consequências devastadoras.
A luta apocalíptica contra os Mein terminou. Uma vitoriosa Corinn Akaran reina no Império Acaciano do Mundo Conhecido. Apoiada no seu conhecimento de artes mágicas do livro «A Canção de Elenet», ela reina com mão de ferro. E reconstruir um império desgastado pela guerra não é fácil. Das misteriosas Outras Terras, chegam à corte notícias inquietantes, e Corinn envia o seu irmão, Dariel, como emissário pelos mares tempestuosos das Encostas Cinzentas.
Ao chegar àquele distante continente, este antigo pirata é apanhado numa rede de velhas rivalidades, ressentimentos, intrigas e uma crescente deslealdade. A sua chegada provoca um tal tumulto que o Mundo Conhecido é de novo ameaçado pela possibilidade de invasão — algo que tornaria os anteriores perigos numa brincadeira de crianças. Sem aparentes obstáculos, um novo ciclo de acontecimentos que irá arruinar e remodelar o mundo está prestes a começar…
“Purgatorial” é todos os ecos de fogo e cinzas dentro da alma humana. É as feridas e as cicatrizes – os golpes na pele crua a arder de tinta fresca. Fernando Ribeiro revela a amplitude do seu fogo interior, dilacerando palavras no papel branco: um fogo escultor de poemas de sangue e de granito.
Século XVIII. Reina D. José, governa o Marquês de Pombal. O irrequieto conde de Fróis é desterrado para a longínqua praça de S. Gens. Declara-se a guerra entre Portugal e os exércitos coligados de Espanha e França. O jovem conde tudo fará para defender a insignificante fortaleza, indo muito para além do que lhe é exigível. Instala-se uma guerra de cerco feroz e movimentada, com grande aparato e violência. Mas a vontade popular é fátua e inconstante. E até os mais próximos e insuspeitos optam pela sua conveniência pessoal. Em todas as muralhas há uma porta da traição.
Almada Negreiros por quem o conheceu de perto.
Nas palavras da sua autora, esta é uma kind of biography — uma magnífica viagem pela vida e obra de Almada Negreiros onde somos conduzidos por alguém que o conheceu de perto e teve acesso a material até aqui desconhecido. Como diz Maria José Almada Negreiros, «[…] não estava a fazer uma biografia morosa mas, em contrapartida, apareceu tanta coisa nova que foi como se fosse. Todo aquele vazio de Paris, e a sua vida entre 1920 e 1930, que não eram públicos, são novidades. Novidades — tanto tempo guardadas em caixas de cartão, em prateleiras de armários onde não se mexe.»
Este romance é sobre um processo histórico único no mundo e uma das mais solitárias guerras de libertação nacional. Neste período, a FRETILIN travou contra o invasor indonésio uma guerra de independência e uma guerra social numa metade de uma ilha isolada do resto do mundo pelo invasor e sem qualquer espécie de retaguarda para se refugiar ou para se abastecer. Na sua terra invadida, a pátria estava na presença social, física e sentimental dos seus guerrilheiros liderados por Nicolau Lobato.
Os homens e mulheres das FALINTIL deixaram de existir no presente para se continuar no futuro. Eram homens e mulheres de coração poderoso cujos olhos pareciam olhar para o fundo do futuro, homens e mulheres que permaneciam livres mesmo na prisão e que mesmo nus morriam de pé. O testemunho dos sobreviventes desta etapa que vai de 1973 a 1980, repõe a memória concreta dos episódios então vividos pela nação timorense mas nada nos é revelado da vida dos seus heróis e heroínas. Até à restauração da independência a 20 de Maio de 2002, a morte é a paisagem que absorve os elementos humanos e a vida material dos seus guerrilheiros e de toda a nação.
O que impressionou vivamente a escritora Joana Ruas foi essa experiência ao mesmo tempo religiosa e laica que através do cimento do seu sonho de liberdade colectiva, da sua fé e da força da linguagem venceu a angústia da morte e a certeza da destruição.
«É preciso que o leitor saiba que, ao escolher este livro, acertou em cheio. Este é um livro que desfaz a nossa falta dele. É um livro que torna próximo, reunido e nítido o que até agora estava distante, disperso e desfocado. É um livro que, 55 anos depois, restitui à voz de Almada o seu som escrito mais sonoro, mais sucinto, mais sucessivo (“alto e bom som”, gostava ele de dizer). É um livro atravessado por uma estrada que passa em todos os lugares onde aquele para quem a arte era um todo e o artista um tudo firmou a sua soberania, a sua sabedoria, o seu saque. É um livro de palavras que procuram uma verdade que não é o contrário de uma mentira, mas o oposto de uma outra verdade. É um livro por onde o tempo corre para acompanhar a sua fuga: garrafa arrebatada ao mar fundo do passado, lança atirada à terra seca do presente, nave apontada ao céu alto do futuro (“Até hoje fui sempre futuro”, Almada). É um livro (documento, depoimento e testemunho) que fala da geometria que fala — que fala da geometria que “assim fala”».
José Manuel dos Santos, no Prefácio a esta edição.
No Beco das Sardinheiras tudo pode acontecer. O que está em cima é igual ao que está em baixo, o que é estreito pode ser largo, o que é pequeno é grande também. É uma permanente alegria – olhem os desenhos de Pierre Pratt – de uma rua em festa que entende que nunca, mas nunca, se deve confundir género humano com Manuel Germano.
Tudo começa na Primavera de 1833. Profundamente abalado por um desgosto de amor, o doutor Vasco Lacerda decide abandonar Lisboa para tentar curar o coração ao sol de uma nova vida, nos trópicos. Contudo, no decurso da sua viagem, vê-se arrastado, contra vontade, para o mundo da escravatura e toma contacto directo com realidades de que já ouvira falar, mas que nunca tinha sentido e percebido na sua verdadeira natureza. E trava, também, conhecimento com a gente que, para o melhor e o pior, povoa esse bárbaro mundo: Tarquínio Torcato, o cruel negreiro; Gaspar, o negro que odeia negros; Sara, a escrava que acende o desejo em todos os homens; Quisama, a pretinha que tudo quer aprender; Januário Paraíso, o velho cocheiro que canta canções de amor; e muitos outros e outras que enchem de afectos e de vida um universo de horrível desumanidade.
“Do Outro Lado do Mar” leva-nos numa viagem emocionante por esse universo, dos sertões de Angola às fazendas do Brasil, do ventre do navio negreiro à fábrica de açúcar, e mostra-nos como mesmo nos sítios mais improváveis e nas situações mais extremas podem nascer e crescer a solidariedade, a abnegação e fortíssimas relações de amor.
Romance, biografia, argumento cinematográfico: “O Selvagem da Ópera” é tudo isto, pela pena brilhante de Rubem Fonseca. Tem como protagonista o compositor Antônio Carlos Gomes, autor de O guarani e de outras óperas outrora famosas e hoje esquecidas, como “Fosca”, “Salvator Rosa”, “Maria Tudor” e “Il Schiavo”.
Ao relatar a trajetória do músico brasileiro – a sua partida do Rio de Janeiro imperial, sob os auspícios do imperador D. Pedro II, a sua ida para Milão, os seus inúmeros casos amorosos, o reconhecimento da sua arte pelos maiores nomes da ópera de então, compositores, maestros e cantores, garantindo o seu lugar num mundo em que circulam Verdi, Puccini, Ponchielli e Wagner, e os difíceis anos finais marcados por tragédias familiares e esterilidade criativa –, Rubem Fonseca faz-nos entrar no extraordinário panorama do mundo operático do final do século XIX e descreve as vicissitudes da vida de um grande artista que, tal como nas grandes óperas dramáticas, tocou os extremos do êxito e da tragédia.
Vencedor do prestigiado Prémio PT Literatura 2014, no género poesia, com o livro Observação do Verão seguido de Fogo, Gastão Cruz é o autor de uma vasta obra e um dos nossos mais notáveis poetas contemporâneos. Óxido é o seu mais recente livro de poesia
«L de Lisboa» é o primeiro livro de poesia a solo que Ana Marques Gastão publica na Assírio & Alvim, após a sua estreia no catálogo da editora em 2001 com o livro «Três Vezes Deus», em co-autoria com Armando Silva Carvalho e António Rego Chaves. E embora a cidade de Lisboa esteja aqui omnipresente este é um livro que transcende largamente essa unidade temática. Portugal, História e identidade, os tempos presentes, o impuro e a beleza. «Lisboa sim ou talvez não.»
Fred, o Estranhão, está de volta com novas e inesperadas peripécias. Desta vez, enfrenta o pior pesadelo de qualquer filho: uma avaria da mãe; ajuda a avó a decifrar o Grande Mistério (da vida depois da morte); foge para uma ilha deserta sem sair do quintal; e envolve-se num caso policial – o estranho caso da orelha cortada. E ele que só queria ter uma vida normal, sem sobressaltos…
Mas isso não é tarefa fácil para um Estranhão. Pois não?
Os animais do Natal também têm as suas histórias: inesperadas, aventurosas, ternas e divertidas.
O burro tem pouco de burro. A vaca sonhadora também é capaz de lutar com lobos. E até os camelos, nas suas andanças, descobrem o mundo e… o amor!
Com estas histórias originais, bem-humoradas e ternurentas poderás conhecer melhor estas personagens, fora da imobilidade do presépio, onde foram parar.
O que acontece quando um admirador secreto persistente e intrigante tenta uma senhora virtuosa?
Sophie sabe que não deve sucumbir à tentação, mas quando descobre que o admirador que lhe envia presentes e bilhetes escandalosos é o jovem e delicioso visconde Breton, não pode deixar de se sentir lisonjeada e considera uma ligação. Ninguém saberá, porque essa será a oferta proposta.
Julius Valacourt pode ter má fama, mas a mulher dos seus sonhos é ardilosa e está determinado a mudar a sua maneira de pensar. Quando sente que ela está na dúvida, intensifica a corte e concorda com todos os termos. Tudo parece correr de feição até que Sophie acaba com as suas fantasias.
Um caso secreto, apaixonado, que pode terminar em desastre social ou revelar-se uma extraordinária história de amor…
O segundo livro de uma das séries de maior êxito da autora: A Casa de Trent.
Lukas Hawkins, o segundo filho e libertino da problemática Casa de Trent, está empenhado numa missão: encontrar a mãe desaparecida. Emma Curtis conhece a reputação de libertino de lorde Lukas… e espera usá-la em seu proveito. Uma grande história de amor nascerá entre os dois. Um romance de sedução, intriga e traição, mas acima de tudo de amor.
Pilar Eyre, uma jornalista madura e ainda tomada por uma grande paixão pela vida, conhece Sébastien, um correspondente de guerra francês muito atraente. Entre ambos nasce um amor inesperado, que os leva a viver três dias de uma intensa relação erótica e sentimental. Esta não é uma bela história de amor crepuscular, esta é uma bela história de amor entre uma mulher que se atreve a chegar até ao limite e um homem sequestrado por uns sentimentos imprevistos.
Olá Morrighan
Tens livros excelentes fiquei a roer as unhas;)
Beijinhos e boas leituras.
Olá Carla! 🙂
Em que livrinhos é que ficaste de olho?
Beijinho e uma óptima semana!