Quando digo fim-de-semana passado, na verdade refiro-me a quase toda a semana passada mais este fim-de-semana e ainda o dia de ontem. Lembram-se do último diário de bordo que escrevi? Pois bem, os posts no blogue têm sido muito menos porque tenho dedicado boa parte do meu tempo ou na investigação e nas aulas ou então, no pouco tempo livre entre isso e dormir, a tentar aproveitar ao máximo algumas experiências únicas. Afinal a vida vive-se na interacção real com as outras pessoas não é? Por vezes vale a pena o mundo virtual esperar um bocadinho para podermos ter algo que valha a pena contar!
A semana passada ficou marcada por mais uma edição do MUVI que tem como missão trazer aos amantes de música e cinema uma conjugação harmoniosa entre ambos. Desde documentários a filmes, concertos com vídeos como pontos de partida, conversas, tudo se pode encontrar neste festival. Inclusive exposições de fotografias que vão desde o profissional, como as do Rui M. Leal, às de foro emocional, como as da Ana Cláudia Silva. O MUVI tem esta característica que acho que é subvalorizada – é um festival completo, em vários sentidos, mas ainda assim parece que a adesão do público ainda não é aquela que se poderia esperar de um evento assim. Os poucos dias que consegui ir foram muito giros, principalmente as duas actuações musicais que pude ver – Tio Rex e Electric Man. É de louvar que peguem nestes projectos emergentes e lhes proporcionem um espaço com qualidade, bonito, me que de outra maneira talvez não actuassem lá. Tenho de deixar uma palavra especial ao que agora chamam “os Tio Rex” porque eles são lindos. Acompanho o percurso do Miguel Reis há cerca de um ano. Actuaram no aniversário do blogue no Maus Hábitos em Fevereiro, o Miguel ainda tímido com uma pequena participação da Marta, mas entretanto já o vi tantas vezes e todas elas tão diferentes, sempre a evoluir, sempre a arriscar, sempre a saírem cada vez mais da sua zona de conforto. Um crescimento notável e adorável pela simplicidade, sinceridade e honestidade com que tudo é feito. Em relação ao MUVI, espero sinceramente que haja mais edições futuras e que de alguma maneira se consiga chegar a mais público. O festival merece.
De Quinta a Sábado foi também o 9º Aniversário do Musicbox, um local de concertos que se tornou o meu espaço de eleição. Foi lá que comecei a fotografar com mais empenho, foi lá que vi alguns dos concertos que mais me marcaram e foi lá que acabei por encontrar uma casa para os aniversários aqui do blogue. O Pedro e a Sara, as caras com quem mais lido, são pessoas impecáveis, super simpáticos, e também a restante equipa tem sido sempre irrepreensível. Todos os concertos que organizei lá correram sempre bem. É como uma casa, na verdade. Sobre a primeira actuação, a do Afonso Rodrigues, já falei, ainda passei lá na Sexta, depois do MUVI, para dançar um pouco ao som de Acid Arab, e no Domingo foi o coração nostálgico com os You Can’t Win, Charlie Brown. Ainda no Sábado houve também o festival Termómetro. Fui lá ver Miss Titan, que ainda não tinha visto ao vivo e fiquei fortemente impressionada pela presença em palco, e Lotus Fever, banda já bem conhecida aqui no blogue. Por mim tinham passado as duas bandas, mas só pôde passar uma e foi Lotus Fever! Os meus muitos parabéns e espero sinceramente que Sábado corra muito bem! Também Whales, de Leiria, e Paraguaii (já entrevistados, por publicar) passaram à fase final do Termómetro. Boa sorte a todos!
Ontem estreei-me no Sofar Sounds – a iniciativa que organiza concertos em locais intimistas, proporcionando uma nova experiência aos músicos e aos ouvintes, dada a proximidade e o formato mais simples/acústico. Embora tenha começado com meia hora de atraso, os concertos acabaram por compensar. O primeiro foi o Emanuel, com o seu projecto Insane Machine que embora esteja muito no início, tem muito potencial. A experiência sensorial e ainda visual tem conteúdo raro e consciente do mundo que o rodeia. A grande surpresa da noite veio a seguir com Castello Branco. O músico brasileiro tem andado em tour por Portugal e fez esta paragem surpresa em Lisboa para, com apenas a sua guitarra, encantar e fazer sorrir a sala mais do que sobrelotada do Sofar Sounds. A noite terminou com Vaarwell. Mesmo com um imprevisto pelo meio o concerto decorreu de forma calma, num formato reduzido, com direito a uma cover do Drake e tudo.
Castello Branco |
Hoje é a apresentação do livro “A Hora Solene” do querido Nuno Nepomuceno! Vai ser na FNAC Colombo, pelas 18h30 e não há desculpas em relação ao futebol ou ao feriado ou qualquer outra coisa! É aparecer 🙂 Eheheh Vai valer a pena, quanto mais não seja porque tanto eu como a Vera Brandão, que também vai apresentar o livro, adoramos o Nuno e deixá-lo envergonhado será sempre um prazer!
Quinta-feira temos Les Crazy Coconuts no Musicbox Lisboa, com os queridos Bússola a abrir, por isso coloquem na vossa agenda – os concertos vão valer bem a pena!
No meio disto tudo, e após isto tudo, sou capaz de desaparecer ainda mais aqui no blogue. Estou numa altura crítica do ano lectivo, tanto como professora como aluna, e ainda estou a tratar de uma série de pormenores em relação ao aniversário do blogue. Afinal 7 anos não é todos os dias que se comemoram e quero que seja algo bem especial para mim e para vocês.
Grande grande beijinho e não saiam desse lado! Prometo tentar dar notícias pelo menos uma vez por dia. Vai valer a pena. Até já!