Olá! Como é que estão? Isto por aqui tem sido o não parar do costume, a não ser o parar de ler… Com a conferência em Aveiro e algumas bandas da Omnichord a tocarem, esta semana não li praticamente nada, mas… as leituras actuais prometem! Estou com dois livros, que vou alternando consoante os humores e são eles: Cinzas de Um Novo Mundo, de Rafael Loureiro, e A Miúda da Banda, de Kim Gordon (dos Sonic Youth). O primeiro é uma distopia passada em Portugal, o segundo o testemunho na primeira pessoa de uma das figuras femininas mais emblemáticas das últimas gerações. Confesso que do pouco que li deste segundo livro, fiquei logo surpreendida com a franqueza e força que a escrita de Kim Gordon transmite. Penso que a minha costela de desde os 15 anos estar praticamente apenas rodeada de rapazes (afinal no secundário eu era a única rapariga numa turma de 33 alunos e no IST entrámos 8 raparigas em 180 alunos) facilmente ganha empatia com a posição de Kim Gordon num mundo que é maioritariamente masculino. Claro que há quem não consiga compreender como muitas vezes existem mulheres que conseguem lidar com inúmeros homens sem lhes querer saltar para cima, mas isso será um problema de quem provavelmente possa ter uma mentalidade mais limitada. Voltando ao livro do Rafael Loureiro, apesar deste ser independente da trilogia Nocturnos que o autor lançou anteriormente, os mundos cruzam-se, falta-me perceber as consequências!
Durante a próxima semana vou andar numa correria louca para ver se recupero algum tempo perdido no doutoramento, incluindo uma apresentação para um grupo de investigadores da Universidade do Chile, em que é suposto eu falar dos métodos computacionais que apliquei para desenvolver uma nova métrica de avaliação de grafos (spanning edge betweenness), que deu origem aos três papers que publiquei até agora. Isso e dar alternativas de implementações mais rápidas através de cálculos aproximados do logaritmo do determinante de uma matriz através de algoritmos randomizados. Chinês? Yaps, até Quarta-feira tenho de ver se consigo não me espalhar quando chegar a esta parte! Quem me dera ser matemática, ou física, nestas alturas. Na conferência a que fui 90% eram físicos, 7% eram matemáticos e os restantes eram bio coisas. E depois havia eu, engenheira informática. O que me fez lembrar IMENSO The Big Bang Theory em que basicamente os matemáticos e os físicos humilham os engenheiros por não os acharem de perto tão inteligentes como eles. Oh sim, eu começo a perceber porquê. Senti-me bem burrinha ao lado deles!
E é isto, como o blogue também tem andado meio paradinho vim só cá deixar-vos um grande beijo, muita motivação e que nunca desistam das vossas lutas e de quererem saber mais, fazer mais, saber melhor, fazer melhor. Paciência e persistência! E alguma tolerância à frustração. Ahahah. Beijos!