Macaco Infinito
Manuel Jorge Marmelo
Género: Literatura / Romance
Formato: 15 x 23,5 cm
N.º de páginas: 200
Data de lançamento: 8 de julho de 2016
PVP: € 16,60
ISBN: 978-989-722-314-3
Partindo do Teorema do Macaco Infinito – metáfora para um dispositivo abstrato que ilustra a teoria de uma probabilidade matemática – Manuel Jorge Marmelo escreveu uma metáfora sobre a criação, o mal e o tempo em que vivemos. O autor, que em 2014 venceu o Prémio Correntes d’Escritas com Uma Mentira Mil Vezes Repetida, confirmando a «sua maturidade no domínio da narrativa», volta a mostrar a sua mestria estilística com Macaco Infinito. Neste romance revisita também os grandes temas do seu universo ficcional (as franjas da sociedade, os bas-fonds, a criação – artística e literária –, e cria personagens de extraordinária densidade: Paulo Piconegro; Maria do Socorro; e Wasako – o paciente criado negro, que mantém agrilhoado a uma máquina de escrever.
«As mulheres do Bar Mitzvá não têm nada que as distinga de quaisquer outras, escreve Abdul Majeed Wakaso. São bonitas e feias, magras e gordas, altas e baixas. Podiam ser outra coisa qualquer se não fossem putas. Na sala ao lado, no apartamento do oitavo e último piso onde Paulo Piconegro vive, Maria do Socorro geme. Wasako imagina que a mulher se contorce e goza. Muda de linha e escreve a palavra PUTA em maiúsculas, como se gritasse», lê-se num dos capítulos deste livro.
LIVRO
Se sentarmos um macaco a uma máquina de escrever por tempo indeterminado e sem limite, o animal acabará por conseguir escrever uma obra-prima à altura de Shakespeare ou de Cervantes. Partindo do Teorema do Macaco Infinito, Manuel Jorge Marmelo escreveu uma metáfora sobre a criação, o mal e o tempo em que vivemos: Paulo Piconegro é o dono, paralítico e amargo, de um prostíbulo. Maria do Socorro, a rapariga mais bonita do Bar Mitzvá, é a sua escrava sexual. Wasako é o criado negro, absolutamente disponível e servil, manso e eficaz como um eletrodoméstico. Passa o tempo livre diante da máquina de escrever. Objeto do ódio e da flor morta da misantropia de Piconegro, o criado acabará também por acrescentar uma nova dimensão a um célebre tríptico de Hieronymus Bosch que o patrão tem no quarto.
AUTOR
Manuel Jorge Marmelo nasceu em 1971, No Porto. Foi jornalista de 1989 a 2012. Estreou-se na literatura em 1996 com o livro O Homem Que Julgou Morrer de Amor. Os mais de vinte títulos que tem publicados incluem romances, crónicas, livros infantis e contos, tendo conquistado, em 2005, o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com O Silêncio de Um Homem Só. É autor de, entre outros, O Amor É para Os Parvos, Aonde o Vento Me Levar, As Mulheres Deviam Vir com Livro de Instruções, As Sereias do Mindelo, Uma Mentira Mil Vezes Repetida (Prémio Correntes d’Escritas), Somos Todos Um Bocado Ciganos e O Tempo Morto É Um Bom Lugar – todos publicados pela Quetzal.