[Diário de Bordo] 10 Livros para as Férias

Tenho noção de que esta lista talvez já devesse ter sido publicada no início do Verão, mas como só vou ter a oportunidade de tirar uns dias agora em Agosto, ficam as sugestões para quem ainda vai de férias ou para todos aqueles que eventualmente queiram vir a pegar nestas obras. Ainda não sei que livros vou conseguir ler naqueles poucos dias, se é que vou conseguir ler um inteiro, mas vou escolher dentro desta lista de 10, sendo que fiz questão de colocar cinco de autores portugueses. Comecemos então!

LITERATURA NACIONAL

Partindo do Teorema do Macaco Infinito – metáfora para um dispositivo abstrato que ilustra a teoria de uma probabilidade matemática – Manuel Jorge Marmelo escreveu uma metáfora sobre a criação, o mal e o tempo em que vivemos. O autor, que em 2014 venceu o Prémio Correntes d’Escritas com Uma Mentira Mil Vezes Repetida, confirmando a «sua maturidade no domínio da narrativa», volta a mostrar a sua mestria estilística com Macaco Infinito. Neste romance revisita também os grandes temas do seu universo ficcional (as franjas da sociedade, os bas-fonds, a criação – artística e literária –, e cria personagens de extraordinária densidade: Paulo Piconegro; Maria do Socorro; e Wasako – o paciente criado negro, que mantém agrilhoado a uma máquina de escrever. 

«As mulheres do Bar Mitzvá não têm nada que as distinga de quaisquer outras, escreve Abdul Majeed Wakaso. São bonitas e feias, magras e gordas, altas e baixas. Podiam ser outra coisa qualquer se não fossem putas. Na sala ao lado, no apartamento do oitavo e último piso onde Paulo Piconegro vive, Maria do Socorro geme. Wasako imagina que a mulher se contorce e goza. Muda de linha e escreve a palavra PUTA em maiúsculas, como se gritasse», lê-se num dos capítulos deste livro.

Quando Rodrigo chega a S. João, percebe que vai ter de crescer depressa se quiser sobreviver ao violento código que rege a vida dos órfãos. A aparição de um novo e pouco ortodoxo padre traz-lhe uma visão de esperança que promete mudar tudo. Mas uma maldição familiar emerge do passado. Uma série de assassínios brutais vai arrastá-lo, a ele e a Jorge, o seu único amigo, para um lugar sobrenatural escondido atrás de um misterioso alçapão.

Há séculos à deriva, os habitantes de Lothar, a ilha flutuante, pensam que são os únicos sobreviventes do Grande Dilúvio. No centro da ilha, numa árvore gigantesca, vive um anjo caído que é o seu deus. Um acontecimento, contudo, vai agitar o quotidiano e levar a que dois deles decidam partir.

João Leal, nesta sua homenagem plena de imaginação às histórias de aventuras, faz com que as duas narrativas, tão distantes no tempo, se encontrem num momento decisivo para a história da humanidade.

Depois de Marquesa de Alorna e Padeira de Aljubarrota, no seu novo livro Maria João Lopo de Carvalho lança um convite irresistível aos leitores: conhecer o poeta dos poetas através das sete mulheres que amou. 

Além do extenso trabalho de pesquisa, a aventura da escrita deste livro levou a autora a viajar, sozinha, ao longo de dois meses pelos locais por onde andou Camões antes de escrever Os Lusíadas. No outono de 2015, Maria João Lopo de Carvalho percorreu 16 cidades, passou por mais de 20 aeroportos e voou por dezenas de horas, levando nesta sua epopeia apenas uma mochila e, dentro desta, um exemplar de Os Lusíadas, a que chama o “bilhete de Identidade” dos portugueses que queiram percorrer estas terras.

Luís Vaz de Camões terá amado sete mulheres, as mesmas sete mulheres que mais o amaram ao longo dos seus 55 anos de vida. No seu novo livro, que chega amanhã às bancas e na terça-feira, 7 de Junho, às livrarias, Maria João Lopo de Carvalho lança aos leitores o desafio de conhecer a história do homem, do poeta, do soldado, do marinheiro, que é também o nome mais importante da literatura portuguesa. Até que o Amor me Mate é uma história de conquistas e esperas, de amores e desamores, de tempos de ventura e desventura, de ódios e paixões; uma história contada no feminino a sete vozes que, vindas de longe e atravessando terras e mares, encontram porto de abrigo na intimidade dos nossos corações. Esta é a história de um homem que em palavras, versos, estrofes consegue viajar no tempo para nos trazer a história singular de um mundo maior e de um amor maior. Uma história imortal que 500 anos depois continua viva, nova, próxima e presente.

De Alberto S. Santos, Para lá de Bagdad, o regresso de um dos mais bem-sucedidos autores de romance histórico da actualidade. Para lá de Bagdad é o seu quarto romance histórico. Esta é uma obra envolvente sobre um dos momentos mais intrigantes da História da Idade Média, que dá a conhecer os alicerces de uma civilização ainda hoje tão deslumbrante quanto desconhecida.  

A 21 de Junho de 921, Ahmad ibn Fadlan, emissário do califa, parte de Bagdad para uma arriscada missão na Bulgária do Volga, na Rússia actual. Para trás, deixa os mestres e companheiros da Casa da Sabedoria, que ergueram a época dourada do Islão. Os perigos que encontra ao longo do caminho levam Ahmad a alterar o rumo da viagem e a dirigir-se para as terras nórdicas do sol da meia-noite. Ao longo da jornada, vive um amor proibido com Zobaida, a bela escrava do tio, que o faz repensar toda a sua existência. Por entre climas adversos, costumes bárbaros de povos não civilizados e inesperados jogos de poder, o emissário do califa descobre um desconcertante mundo novo. Ao mesmo tempo, em Bagdad, assiste-se ao início de uma nova era: os sábios são perseguidos e os livros queimados na praça

A Vida no Campo traz-nos gentes, saberes e sabores ancestrais. Traz-nos a amizade, o amor e a perda também. Traz-nos cães – traz-nos vários cães, como nos traz outros animais. Traz-nos hortas domésticas e flores. Piqueniques, caminhadas a perder de vista e barcos navegando no horizonte. Corpúsculos românticos e dias de frio à lareira. 

Ao fim de duas décadas na grande cidade, o escritor Joel Neto voltou ao pequeno lugar dos Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, ilha Terceira. Rodeado de uma paisagem estonteante, das memórias da infância e de uma panóplia de vizinhos de modos simples e vocação filosófica, descobriu que a vida pode, afinal, ser melhor. Muito melhor.

«Hoje, ando com meia dúzia de euros no bolso, se é que ando com dinheiro. Aproveito o pão de um dia para o outro: não porque me tenha esquecido de comprar pão fresco, mas porque quero fazê-lo. Aponto o frasco de champô à palma da mão e meço uma noz – e, quando me ocorre comprar um casaco novo, ou um telefone, ou uns sapatos, pergunto-me se serão ao menos satisfatórios, ou se os compro apenas por vício. Não é gosto na privação, nem tão-pouco será ainda o dom da avareza: é horror ao desperdício. Podia ter sido a cidade a ensinar-mo. Foi o campo.» – Joel Neto

LITERATURA INTERNACIONAL

“Audrey Carlan começou por escrever esta série todas as noites, depois de deitar os filhos.

Autopublicou online o seu primeiro livro, em Agosto de 2015. O sucesso foi imediato. A editora norte-americana Waterhouse descobriu o fenómeno e publicou-o em livro – em quatro volumes -, tendo alcançado os tops de venda mais importantes, como o The New York Times e USA Today. 

12 MESES. 12 CLIENTES. 1 AMOR

Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. 1 milhão de dólares, para ser exacto. A vida do seu pai depende do pagamento desta dívida de jogo a um agiota. Tem um ano para a pagar e só vê uma solução: um trabalho bem remunerado como acompanhante de luxo. A sua missão é passar um mês com um cliente diferente, durante um ano. E o seu plano é entrar no jogo, conseguir o dinheiro e voltar a sair. Parte do plano é manter o coração fechado a sete chaves e os olhos no objectivo. Pelo menos é como espera que corra. Doze meses em que conhecerá o luxo, doze homens com doze estilos de vida, doze cidades diferentes, experiências sexuais e o amor da sua vida. Uma série sedutora, doce e tão escaldante que o seu livro pode derreter.”

Mais de 25 MILHÕES de leitores.

A Sombra do Vento já recebeu mais de 25 prémios em Espanha, EUA, França, Noruega, Bélgica, Inglaterra e em Portugal (Prémio Correntes d’ Escritas / Casino da Póvoa 2006). Em Portugal também faz parte do PNL como livro recomendado para o Ensino Secundário.

TODA A OBRA DO AUTOR editada em exclusivo pela PLANETA

Numa manhã de 1945 um rapaz é conduzido pelo pai a um lugar misterioso, oculto no coração da cidade velha: o Cemitério dos Livros Esquecidos. Aí, Daniel Sempere encontra um livro maldito que muda o rumo da sua vida e o arrasta para um labirinto de intrigas e segredos enterrados na alma obscura de Barelona. Juntando as técnicas do relato de intriga e suspense, o romance histórico e a comédia de costumes, “A Sombra do Vento” é sobretudo uma trágica história de amor cujo eco se projecta através do tempo.

Com uma grande força narrativa, o autor entrelaça tramas e enigmas ao modo de bonecas russas num inesquecível relato sobre os segredos do coração e o feitiço dos livros, numa intriga que se mantém até à última página.

Uma Humanidade moribunda e irrecuperável é o palco de A rapariga que sabia demais, um livro ambicioso e apaixonante, cuja carga emocional esmagadora o destina a ser um dos romances mais marcantes do ano, que chegará também ao grande ecrã.

Melanie é uma menina muito especial. Tem 10 anos e adora ir à escola, aprender coisas novas, falar com a professora Justineau sobre todas as coisas que fará quando crescer…

Mas a ida à escola implica aguardar todos os dias na suas cela que homens armados venham buscá-la para a levar, amarrada a uma cadeira de rodas, para a sala de aula. Brinca com eles, diz que não morde. Mas ninguém se ri.

Melanie tem um dom, mas nem todos os dons são uma benção. Uma Humanidade moribunda e irrecuperável é o palco de “A Rapriga Que Sabia Demais”, um livro ambicioso e apaixonante cuja carga emocional esmagadora o destina a ser um dos romance mais marcantes do ano, que chegará também ao grande ecrã.

A Maldição do Vencedor é uma história emocionante, cheia de intrigas e segredos, jogos de poder e alianças perigosas, que deixarão o leitor em suspenso até à última página.

Dois povos inimigos.

Uma guerra iminente.

Uma atração proibida.

Ao conversar com uma amiga economista, Marie Rutkoski ficou a conhecer o conceito de «maldição do vencedor». De modo simples, descreve como o vencedor de um leilão também perde, ao ganhar a licitação pagando mais do que a maioria dos licitantes decidiu que valia o artigo em causa. Neste caso, e transportando este conceito para a literatura, “conquistar aquilo que desejas pode custar tudo o que amas”. 

Kestrel, jovem filha do poderoso general de Valoria, tem apenas duas opções: alistar-se no exército ou casar-se. Ela tem, no entanto, outras aspirações e procura libertar-se do seu destino, rebelando-se contra o pai. Num passeio clandestino pela cidade, Kestrel vai parar a um leilão de escravos, onde se depara com um jovem, Arin, que parece querer desafiar o mundo inteiro sozinho. Num impulso, ela acaba por comprá-lo — por um preço tão alto, que a torna alvo de mexericos na sociedade. Arin pertence ao povo de Herrani, conquistado dez anos antes pelos Valorianos. Além de ser um ferreiro exímio, revela-se também um cantor extraordinário, despertando a curiosidade de Kestrel. Arin, contudo, tem um segredo, e Kestrel não tardará a descobrir que o preço que pagou por ele poderá custar muito mais do que aquilo que alguma vez imaginara.

Endgame está aqui.

O mundo começa a desmoronar-se, a desintegrar-se, a enlouquecer. Ainda assim, os Jogadores continuam a jogar. A Chave da Terra foi encontrada. Restam duas chaves – e nove Jogadores. Há que encontrar as chaves mas apenas um Jogador pode vencer.

Aisling Kopp está em Queens, Nova Iorque e pensa ter encontrado uma forma de interromper o Jogo. Hilal ibn Isa al-Salt escapou por pouco a um ataque que o deixou terrivelmente desfigurado mas agora sabe algo que os outros Jogadores não sabem. Sarah Alopay encontrou a primeira chave, aliou-se a Jago e estão a vencer. Mas conseguir a Chave da Terra teve graves consequências para Sarah.

A Chave do Céu – onde quer que esteja, o que quer que seja – é o que se segue. E os restantes nove Jogadores vão fazer de tudo para conseguir encontrá-la.

Restam nove Jogadores. Mas o Jogo mudou.

Agir, Lutar, Jogar 

Servem pelo menos um propósito.

Esquecer.

O Endgame é real. 

O Endgame já começou.

Claro que podia ter listado muitos mais livros, mas na verdade algumas destas leituras estão realmente muito atrasadas e ali o Alçapão até já comecei a ler, mesmo não estando ainda de férias, e está a ser uma excelente leitura! Em relação ao Endgame, já li o primeiro volume. Lembro-me de ter sido uma leitura com um ritmo muito forte e alguma violência, de alguns amigos terem lido e gostado, e como não gosto de ter séries em atraso, vamos ver se é desta que pego no segundo volume. Se vocês quiserem deixar as vossas sugestões para os próximos tempos, por favor deixem comentários aqui ou no Facebook! Terei todo o gosto em colocar na minha lista de “averiguações” e quem sabe aquisições. Boas leituras! 

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maggie
maggie
8 anos atrás

Ainda não li «A Sombra do Vento» mas é Zafón e Zafón cai sempre bem, é mágico, é tudo 😀 Aconselharia esse :b

  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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