A Espada e a Azagaia, de Mia Couto é o segundo livro da trilogia As Areias do Imperador e chega às livrarias a 4 de outubro
LIVRO
A Espada e a Azagaia é o segundo livro (o primeiro, Mulheres de Cinza, foi publicado em outubro de 2015) de uma trilogia — As Areias do Imperador — sobre os derradeiros dias do chamado Estado de Gaza, o segundo maior império em África dirigido por um africano. Ngungunyane (ou Gungunhane como ficou conhecido pelos portugueses) foi o último dos imperadores que governou toda a metade Sul do território de Moçambique. Derrotado em 1895 pelas forças portuguesas comandadas por Mouzinho de Albuquerque, o imperador Ngungunyane foi preso, transferido para Portugal e deportado para Angra do Heroísmo, onde veio a morrer em 1906. Os seus restos mortais terão sido trasladados para Moçambique em 1985 por acordo entre os presidentes Ramalho Eanes e Samora Machel.
Em A Espada e a Azagaia assistimos – pelos olhos da moçambicana Imani e do sargento português Germano de Melo, que no meio de tão cruenta guerra, lutam para salvar da barbárie a sua paixão – aos últimos episódios decorridos em terra moçambicana: a batalha de Coolela, o assalto a Chaimite e a prisão de Gungunhane e seu transporte para Lourenço Marques.
AUTOR
Nasceu na Beira, Moçambique, em 1955.
Foi jornalista e professor, e é, atualmente, biólogo e escritor. Está traduzido em diversas línguas.
Entre outros prémios e distinções (de que se destaca a nomeação, por um júri criado para o efeito pela Feira Internacional do Livro do Zimbabwe, de Terra Sonâmbula como um dos doze melhores livros africanos do século XX), foi galardoado, pelo conjunto da sua já vasta obra, com o Prémio Vergílio Ferreira 1999 e com o Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007. Ainda em 2007 Mia foi distinguido com o Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance O Outro Pé da Sereia.
Jesusalém foi considerado um dos 20 livros de ficção mais importantes da «rentrée» literária francesa por um júri da estação radiofónica France Culture e da revista Télérama.
Em 2011 venceu o Prémio Eduardo Lourenço, que se destina a premiar o forte contributo de Mia Couto para o desenvolvimento da língua portuguesa.
Em 2013 foi galardoado com o Prémio Camões e com o prémio norte-americano Neustadt.