Olá olá! Nem acredito que amanhã já é Segunda-feira novamente, mas é. E mais do que isso, que as semanas têm passado a tal ritmo que me vejo a ser incoerente perante as mesmas. Chego às Quartas-feiras a meio da manhã e inevitavelmente exclamo “possa! ainda é só Quarta-feira”. Afinal acordar todos os dias às 6h da manhã faz mossa. Mas depois quando chego à manhã de Sábado, e/ou principalmente, à tarde de Domingo, pois tenho a utopia de que o fim-de-semana vai ser suficiente para recuperar baterias, e não consigo evitar pensar que a semana passou depressa demais. Que ficou demasiado por fazer, por dizer, por acontecer.
Desde que estou a dar aulas que a coisa parece ter-se tornado ainda mais surpreendente. Como tenho trabalhado até mais tarde, dou por mim a chegar ao início da noite já completamente KO. Reparem, nem sequer tenho ido a concertos ou feito entrevistas, o que quer que seja. Em vez disso o doutoramento disparou a nível de planeamento e de realização. O que é excelente, acreditem!, andava novamente numa crise meia sem sabor e de repente vejo-me num mundo cheio de possibilidades. Imaginem só que, por causa de um seminário sobre Hypergraphs que fui a semana passada, acabei a inscrever-me numa série de seminários sobre Redes Quânticas, num grupo de Física Quântica. Ahahah, como se não tivesse nem mais nada que fazer, não é? Vejamos: estou a dar aulas de Algorithms and Data Structures; estou a desenvolver um simulador para verificar a autenticidade de teorias de ciências sociais em redes sociais reais; estou inserida num projecto de investigação chamado NEUROCLINOMICS em que o trabalho é em doenças degenerativas, como Alzhaimer; estou num grupo de discussão – THOR – sobre algoriTHms and cOmputer pRogramming; continuo a colaborar com a Omnichord Records, continuo a colaborar com os Lotus Fever, continuo a colaborar com a Oh Lee Records; continuo a tentar manter o blogue actualizado; continuo a tentar reservar tempo para a leitura, que tantas vezes me salva da loucura; e ainda continuo com as minhas caminhadas e yogas de vez em quando. Ah! Isto tudo e ainda tentar manter uma casa minimamente em condições (obrigada família pela ajuda!) e cozinhar. Claro que temos definir prioridades e o doutoramento é a prioridade neste momento, apenas como devem imaginar, sentar-me aqui a falar sobre o meu dia-a-dia tornou-se quase impossível 🙁
Ainda assim não posso deixar de fazer uns quantos destaques: os First Breath After Coma estão a arrasar pela Alemanha! Aparecem em jornais, na Rolling Stone, em t o d o o l a d o! Estou cheia de saudades deles e brevemente vamos anunciar mais datas em Portugal! Depois vamos todos para Londres, com os queridos Few Fingers, para o Label Independent Market! Eles tocam a 25 de Novembro e no dia seguinte apresentam os vinis mais lindos! Esta semana faço post sobre isso!
A Surma estreou-se na ZdB a abrir para o Alex Cameron! Foi das noites mais lindas e é incrível como esta miúda me consegue surpreender a cada concerto! Dado que já fui a dezenas deles, acho que isto quer dizer muito.
Por falar em ZdB, podem não acreditar, eu sei que é um crime, mas foi a primeira vez que fui lá. Resultado: fiquei completamente apaixonada. Tem a estrutural ideal para uma plataforma cultural nas suas mais variadas vertentes. Possa, tantas vezes pensei que gostaria um dia de ter um lugar onde pudesse expressar várias formas artísticas e esse lugar é a Galeria Zé dos Bóis. A equipa foi fantástica: prática, exigente, calorosa, familiar – tudo ao mesmo tempo, uma maravilha! Claro que vou voltar 🙂
Os Les Crazy Coconuts fazem um ano de disco de estreia! Pensar que foram a primeira banda a actuar para o BranMorrighan em Janeiro de 2014! Imaginei lá eu, nessa altura, que ia agora fazer parte da família Omnichord e que ia poder testemunhar de perto o talento enorme destes três!
Futuro Eu, de David Fonseca, festejou também um ano esta semana! Claro que tinha de falar nisto, afinal David Fonseca é capaz de ser um dos primeiros artistas portugueses que comecei a ouvir há umas duas décadas, ainda ele estava com os Silence Four, e este seu disco é realmente especial por várias razões. É o seu primeiro em português e acho que no conjunto, tendo em conta promoção, videoclips e concertos (do que vi), foi dos que funcionou melhor. Tem umas quantas canções que me tocam ao coração, mas continuo a dizer que depois da Haunted Home, preferida de sempre, vai ser difícil encontrar quem a destrone.
We Bless This Mess! O meu querido Nelson anda também por essa Europa fora a conquistar corações! Admiro muito o Nelson, a sua força, a sua personalidade, a forma como vê a vida. Estar com ele, há umas semanas atrás, foi um virar de página para mim. Honestamente, não sei se alguma vez encontrei alguém com quem sentisse tanta empatia na forma de estar na vida. Se se cruzarem com ele, aproveitem, troquem dois dedos de conversa com ele. Vão perceber o que estou a dizer.
O Nuno Nepomuceno tem novo livro – A Célula Adormecida – e brevemente vai estar à venda, se é que ainda não está, por isso fiquem atentos e comprem-no! É uma das minhas próximas leituras e claro que tendo uma capa cheia de corvos, como não gostar? Eheheh!
Sei que tinha muito mais para vos dizer e partilhar convosco, mas sinceramente não me lembro. Ahahah. É o que dá não andar com o papel e a caneta atrás para não me esquecer das coisas. Se vos disser que para além da agenda electrónica ainda tenho uma agenda física e um bloco de notas, fora os cadernos de apontamentos, se calhar não acreditam… O mais preocupante é ter tido que comprar, já há um mês, uma agenda de 2017! Mas hey, tudo por excelentes razões!
É VERDADE! Okay, já sei uma das coisas que queria partilhar convosco. Brevemente vou ter novidades no que toca ao 8º Aniversário do blogue. Como sempre, vamos ter evento no Musicbox e no Maus Hábitos. Os cartazes estão finalmente fechados para ambas as noites e eu acho que vão ser só P E R F E I T A S! Ou assim espero.
E é isto, por hoje, pelo menos. Queria ver se ainda escrevia sobre o filme AGNUS DEI – As Inocentes, que estreia esta semana e que eu já vi há uma semana atrás. Um filme daqueles que nos toca. A mim, principalmente, porque vi pouco depois de ter terminado a leitura “A Guerra Não Tem Rosto de Mulher”. Acontece que o filme também é passado no final da 2ª Guerra Mundial e é baseado no diário de uma enfermeira francesa que esteve uns tempos a fazer serviço na Polónia. Vamos ver o que consigo. Fica já a recomendação para quem conseguiu chegar ao fim deste interminável post. Beijos e boa semana!