Para mim, dar aulas é das melhores experiências que alguém pode ter. Mais do que ensinar, está-se sempre numa aprendizagem constante. Comecei a dar aulas mal terminei o curso e pelo quinto ano consecutivo (mesmo tendo apenas 28 anos) estou a dar aulas. O semestre começou Segunda-feira, mas para mim enquanto professora só começou hoje. Na verdade só começaria amanhã, mas hoje estou a substituir um colega. A novidade é que estou a dar aulas no IST-TagusPark em vez de na Alameda. E a outra novidade, não tão novidade assim porque já o tinha experimentado enquanto aluna, é que o serviço de shuttle é tão imprevisível como inconstante. Dando aulas às 9h30 pensei “vou apanhar o shuttle na Alameda às 8h10, na pior das hipóteses deve demorar uma hora a lá chegar, tudo a tempo, tudo tranquilo”. Só que não. Nem 8h10, nem 8h20, nem 8h30. A minha ideia de poupar uns trocos de gasolina (porque moro a mais de 40km do TagusPark e apenas a 20km da Alameda) foi ao ar. Tive de pegar no carro em hora de ponta e demorar quase uma hora a chegar ao Tagus. Felizmente cheguei a tempo e às 9h20 lá estava eu sentada na sala de aulas. A questão que se impõe aqui é: e se eu não tivesse o carro na Alameda? E se tivesse apanhado boleia, como esteve em cima da mesa, dos meus pais? Ou outra coisa qualquer? Vinha de taxi? É que depois não há uma aplicação que avise, não há nada. Já uma vez, enquanto aluna, fiquei sem qualquer possibilidade de vir para cá, pois não tinha carro.
Agora, imaginem isto tudo a acontecer depois de terem acordado às 6h30, estarem de garganta, nariz e ouvidos a gritarem de dor, etc… Agradável, não? Mas vá, boas energias para todos que isto a vida são dois dias. Lição aprendida, amanhã venho logo de carro para cá. Ahahah
Já agora, aproveito este post para destacar outras coisas boas prestes a acontecerem. Sábado vou estar com a escritora Manuela Gonzaga na FNAC Chiado a apresentar a sua série infanto-juvenil “O Mundo de André”. Tenho-vos a dizer que é uma série que entrou na minha lista de recomendações para qualquer idade. Ahahah, é que com 28 anoso dou por mim presa ao André, à sua inocência, às suas aventuras! Sabe mesmo bem! Claro que há ali uma faixa etária, provavelmente o pico de adolescência, que pouco ou nada vai ligar a este tipo de livros, mas O Mundo de André tem muitos pormenores e subtilezas que agora em idade adulta me parece genialmente introduzidas.
A nível de doutoramento, as coisas por aqui andam meio caóticas. Tenho um paper à espera da minha contribuição, uma cadeira por fazer, o relatório para a comissão de acompanhamento de tese por fazer, uma nova framework de simulação para desenvolver, a apresentação da Croácia para preparar, relatórios de doutoramento, etc. etc. etc. Claro que está meio complicado conciliar tudo, mas é pensar que o dia tem 24h e das 16h que considero úteis, dá tempo para muita coisa. Tirando quando me sinto em morte cerebral (tipo ontem) e não consigo fazer nada o dia todo. Ahahahah
Última coisa, mas não menos importante, a Omnichord Records comemora uns belos CINCO ANOS de existência! Brevemente vou fazer um post só sobre isso, mas entretanto podem ir vendo noutro post a nova música que foi gravada para essas comemorações. Imaginem que nesse post eu tinha escrito “Nice Weather For Fucks” em vez de Ducks e só depois de mais de 500 visualizações é que alguém reparou nisso. Bem que se andaram a rir às minhas custas, hein? E pronto, é isto! Força nessas canetas e muita motivação e alegria!