1 de Junho de 2017 – Eram quase 2h da manhã quando me deitei, passava pouco das 6h quando me levantei e às 8h já estava em Oeiras, no IST-Taguspark, com esta cara de perdida pronta a começar oito horas seguidas (só com 40m de almoço pelo meio) de discussões de projectos com os meus alunos. E foi assim que se passou boa parte do dia em que comemorei estar a um ano dos 30! Eheheh 🙂
Na realidade, só posso estar grata. Os 29 começaram a todo o vapor. Cheios de trabalho (o que é sempre bom sinal), mas também houve tempo e espaço para estar com aqueles que já se tornaram imprescindíveis na minha vida. Claro que cheguei ao final do dia exausta, não consegui concretizar coisas que tinha idealizado, mas o sentimento foi, acima de tudo, de gratidão. Com os últimos dias a dormir muito pouco, confesso que hoje me sinto particularmente cansada. Ainda assim, hoje já recebi excelentes notícias! Tive mais uma publicação científica aceite em conferência, com proceedings em revista, para ir apresentar, já em Agosto, em Helsínquia, Finlândia! Ou seja, daqui a três semanas estou no Japão, fico lá mês e meio, volto, estou cá uma semana e parto novamente em viagem! Havia maneira mais dinâmica de começar um novo ano de vida? Admito, por vezes é um pouco assustador, acontece tudo à velocidade da luz. A comparar com há um ano atrás, em que andava com as bandas do meu coração por essa estrada fora nos festivais (se bem que também estive uma semana em Londres com o doutoramento), este Verão vai ser passado no outro extremo da minha vida, a vida académica. E é por isso que me sinto tão sortuda a maior parte do tempo. Tenho tido oportunidades de explorar tantas coisas às quais me tenho gostado de dedicar que nem consigo muito fazer o luto de quanto não tenho tanta disponibilidade para algumas delas. Cada coisa tem o seu espaço e o seu tempo, certo? Há ano e meio andava sem saber para onde me virar, com o doutoramento a não correr tão bem, e, de repente, tenho tanto trabalho feito e planeado, que posso mesmo a vir a acabar o doutoramento para o ano. E sim, um doutoramento em engenharia informática costuma demorar, em média, cinco anos, há quem vá para cinco anos e meio, eu queria ver se acabava em quatro. Desejem-me sorte! 🙂
Entretanto, a Feira do Livro de Lisboa já começou e também vou andar por lá. Aliás, deixo-vos já este belo convite:
É verdade, sou eu que vou apresentar a nova trilogia da Sandra Carvalho e estou mesmo muito contente com isso! A Sandra é das melhores autoras portuguesas que conheço. Para além da sua humildade e talento inato, os seus livros fazem com que entremos em universos que realmente nos tocam, para além de, nesta trilogia, ainda nos suscitar a curiosidade sobre alguma da nossa história, nomeadamente a descoberta dos Açores. Claro que o Corvo é o meu protagonista de eleição, mas quem é que será capaz de ler estes livros sem se apaixonar por ele? A Sandra bem me diz que o meu corvo também anda por aí e que não tardo a encontrá-lo… Vou esperar que tenha razão! Eheheh. Vemo-nos por lá? Dia 10 de Junho às 17h! Grande beijinho e muito obrigada por continuarem desse lado!