[Diário de Bordo] Preparativos para o Japão, Mastodon e a tonelada de opiniões por escrever!

Nem acredito que é já na Sexta-feira que estou de partida para o Japão! Ficou tudo decidido há menos de dois meses e o tempo passou que foi um instante! Ontem fui levantar o meu passaporte (não há como ficar com cara decente nestas coisas) e este fim-de-semana convém deixar tudo preparadinho pois na Quarta-feira ainda vou ter vigilância da cadeira que estou a leccionar na faculdade, vou ter de corrigir parte desses testes e ainda tenho o concerto de Mastodon nesse mesmo dia à noite! Quinta-feira já sei que vai ser a pilha de nervos, mas também vai ser um dia muito bom porque vão haver novidades boas da Surma (xiu… não digam a ninguém, mas Quinta-feira vai sair novo single/vídeo da nossa pequena! A estreia será em exclusivo através da página de Facebook da Comunidade de Cultura e Arte e vai ser tão bonito!). Sobre isto não posso adiantar mais nada, façam de conta que nem leram (mas marquem a data no vosso calendário!). 

O problema de se começar a preparar uma mala para uma viagem de mês e meio nem é a questão das roupas. No Japão vou estar no pico do Verão, por isso dificilmente apanharei chuvas ou frios desagradáveis. A questão aqui, na verdade, é quando se é mulher e ainda por cima se vê mal! Ahahah, já explico. Vou com um colega português e ele já me enviou a sua lista de coisas que vai levar com ele. Bem, os homens, que sorte! Qualquer coisinha serve para andarem no dia-a-dia e não têm que se preocupar com menstruações nem trinta mil outros cuidados que nós mulheres às vezes temos de ter. Como ainda por cima sou míope, tenho de me preocupar com líquido das lentes, embalagens de lentes de contactos (as minhas são quinzenais), óculos, etc. etc. Mesmo quando vou só um fim-de-semana fora, há sempre tanta coisa a ter em conta que muitas vezes fico espantada como é que mesmo assim tenho acampado todos os anos e sempre em campismo selvagem. Ahaha, a verdade é que o que não nos mata torna-nos mais fortes e acho que este texto todo é só uma desculpa para soltar algum nervosinho. 

É que não é uma viagem em lazer. Vou para uma faculdade em Fukuoka, durante seis semanas, para trabalhar numa área específica de informática (compressão de estruturas de dados, cadeias de caracteres, etc), mas em vez de poder ir com esse foco como a única preocupação, arranjei maneira de me atrasar noutras coisas e em paralelo vou ter de terminar um trabalho para uma cadeira, escrever parte do meu relatório pré-tese que convém apresentar em Setembro e ainda pensar noutro artigo científico que preciso de submeter até ao início de Setembro. No meio disto tudo, quero ainda arranjar tempo para visitar parte do Japão. Eu e o meu colega já temos pelo menos sete destinos onde queremos parar, mas a perspectiva de o conseguirmos fazer no tempo disponível é quase surreal! Ahahah, bora lá! Vamos ver o que acontece.

O que eu sei é que estou muito contente com esta oportunidade. Dizem que o Japão é um país extraordinário e com um certo fascínio pelos portugueses, devido à ajuda que acabámos por dar quando estavam em guerra. É uma história que quero aprofundar e ficar a conhecer melhor enquanto lá estiver. 

Ah! Já me esquecia, a crise dos livros! Então é assim, saio de Portugal às 7h25, chego a Fukuoka às 11h10 do dia seguinte… Na verdade é como se estivesse a chegar às 2h10, pois lá são mais 9 horas do que aqui. O único drama é: estão a ver o número de horas que vou passar no ar? Vamos fazer duas escalas, uma em Londres, outra em Tokyo, e eu nunca “voei” tanto tempo. Será que vou devorar livros? Será que vou conseguir dormir alguma coisa? Será que vou ter um ataque de ansiedade que me vai fazer chorar baba e ranho? Ahahah! E sim, sou uma pessoa bastante ansiosa, apesar de até estar com uma serenidade bastante grande. Ainda assim, ando aqui por volta dos meus livros a ver se escolho o que levar. A questão é que em viagem nunca sei com que humores vou estar e então estava a tentar levar pelo menos meia dúzia deles só para me sentir confortada e confiante que independentemente do “mood” vou ter a leitura perfeita para a ocasião. O problema é que ainda não cheguei a conclusão nenhuma… Estão a ver a confusão que para aqui vai, não estão? 

E pronto, acho que já escrevi demais! É quase nostálgico olhar para trás e ver como este blogue me tem acompanhado em fases tão diferentes da minha vida. Desde quando jogava basquet em alta competição, às minhas lesões, à minha licenciatura, mestrado, agora doutoramento, o meu ex-namorado chegou a escrever aqui para o blogue, já foi só quase paganismo, já foi maioritariamente sobre livros e escritores, depois a música também veio para ficar… Quem diria que ainda viria a dar workshops sobre comunicação e promoção de artistas independentes, que viria a apresentar livros de autores que tanto admiro, que iria ao meu querido Paredes de Coura como imprensa e mais tarde como comitiva de um banda, que iria às rádios, à televisão, que lançaria uma colectânea de contos com algumas das minhas pessoas preferidas e novos escritores… e u   s e i   l á! Realmente tem passado uma vida inteira. Oito anos e meio quando se está na casa dos 20 é mesmo uma eternidade e muda tanta coisa em tão pouco tempo! E dito isto não posso deixar de agradecer às pessoas da minha vida que se mantiveram sempre constantes e ao meu lado, não posso deixar de agradecer a todos os leitores e em especial àqueles que me acompanham desde o meu primeiro desabafo (porque sei que os há e que ainda me contactam de vez em quando). O B R I G A D A! 

Não sei se será o último Diário de Bordo antes de ir para o Japão, mas hoje acordei mesmo com vontade de vos escrever. Beijos e bom fim-de-semana!

PS: Não falei na tonelada de opiniões por escrever, mas tenho as dos seguintes livros (que li nos últimos meses): A Contraluz, de Rachel Cusk; Homens Imprudentemente Poéticos, de Valter Hugo Mãe; A Casa das Belas Adormecidas, de Yasunari Kawabata; O Homem Mais Inteligente da História, de Augusto Cury; O Grito do Corvo (Crónicas da Terra e do Mar #3), de Sandra Carvalho; Fazer as Pazes Consigo Mesmo, de Saverio Tomasella; Isto Acaba Aqui, de Colleen Hoover (que livro do caraças!!!!). Vou tentar colocar tudo em dia enquanto estiver no Japão! Beijos! 

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  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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