Dia 21 de Novembro de 2017, os meus pais tomaram a decisão louca (e maravilhosa) e às cegas de ir buscar um de dez cachorrinhos que tinham sido abandonados sem mãe, sem comida, todos enfiados dentro de uma caixa de papelão e descobertos por um senhor que, tendo mudado a sua rotina diária naquele dia, decidiu ir lá passear um dos seus cães. É verdade, parece que os astros se alinharam para que, de repente, o Bran viesse parar às nossas vidas. Os meus pais não me contaram logo, queriam-me fazer uma surpresa. Naquele dia vim tarde do trabalho e já não passei por casa deles. Foi só no dia seguinte que, tendo tido a oportunidade de sair um pouco mais cedo, fui a casa deles para saber que mistério se andava a passar. Fiquei derretidíssima! Este ser pequenino era, na altura, minorca. Cabia na palma da minha mão! Aliás, se no Instagram forem à hashtag #ocaobran poderão ver isso mesmo. Nos primeiros dias dormia na casa dos meus pais só para cuidar dele durante a noite. Acordava de duas em duas horas esfomeado! Os primeiros tempos foram de biberão e ração hũmida. Uma aventura! Como já se devem ter apercebido, o Bran, no meio disto tudo, ganhou duas casas. Nós brincamos a dizer que é uma espécie de custódia partilhada. Sempre que posso estar em casa roubo-o aos meus pais. Vocês hão-de estar a pensar “Ah! Mas pensava que o cão era teu.” O Bran é da família e recebe o maior amor de todos. Seria completamente inumano eu querer ficar com o Bran e depois ter que o deixar sozinho horas e horas. Assim ganham todos. Ele, que pouco ou nada precisa de ficar sozinho, e a família toda que vai usufruindo da sua companhia. Já levou as vacinas todas, já teve o maior ataque de lombrigas da vida (acreditem, acordar a meio da noite com o Bran aflito e com cocó cheio de lombrigas é uma experiência para a vida), mas também já vai à rua, já faz as suas necessidades por lá (malta com cãezinhos, não se esqueçam de andar com os saquinhos convosco para apanhar o cocó!) e em casa já acerta no resguardo. Aliás, ao início, para o incentivarmos a acertar sempre no resguardo, dizíamos “que liiiiiiindo” e dávamos-lhe um biscoito. Quer dizer, ainda damos, sempre, porque agora cada vez que faz no resguardo ou ouve a palavra “lindo” vai a correr para o sítio onde sabe que tem a sua comida e as suas guloseimas e começar a saltar (quase 360 graus) todo contente. Lá recebe o seu biscoitinho. Está nas nossas vidas há apenas dois meses, mas tem sido realmente especial. Não sabemos de que tamanho vai ficar, mas à velocidade que está a crescer… Melhor, eu bem sprinto quando vou passear com ele, mas ele já é rápido o suficiente para estar sempre nos meus calcanhares! E olhem que, apesar de estar um pouco em baixo de forma, eu sou rápida! Eheheh. E pronto, fica esta partilha especial convosco! Tenham uma excelente semana!