Fotografia Jorge Oliveira |
Os 30 são aquele marco que toda a gente fala. É a década da família, de te dizerem que a partir de agora é sempre a “cair”. Ah e tal o teu metabolismo não vai ser o mesmo, ah e tal tudo e mais alguma coisa. Já houve quem me dissesse que no dia em que fez 30 anos, passou o dia a chorar…
Eu sou apologista dos 30 serem “os novos 20”. É que na última década, fartei-me de estudar, fartei-me de trabalhar, está na hora de descobrir que louros vão sair daqui. Os últimos anos têm sido uma montanha russa de construção à volta de algo que ainda está por tomar uma verdadeira forma, se é que tomará. E também não tem problema de não saber bem para onde vou. Cada vez mais sinto na pele aquilo que dizem sobre a viagem ser o que interessa e não o destino. Até porque o destino pode mudar de um momento para o outro. Uma esquina que se dobra sem estar prevista, alguém que salta para o nosso caminho de forma inesperada ou até um mergulho num oceano mais vasto que coloca tudo em perspectiva. O que interessa é não baixar os braços e, obviamente, assegurar o sustento. Afinal as contas não se pagam sozinhas.
Felizmente tenho tido uma vida extremamente recheada de pessoas e momentos que no devido tempo e espaço me têm feito crescer e que me têm ajudado no meu percurso. Também tenho passado por umas quantas dificuldades, de vários tipos, mas tento sempre não valorizar muito isso, a não ser o processo pelo qual tive de passar para as ultrapassar. Como me disse uma vez uma pessoa que admiro muito “não importa o que aconteceu, importa como lidas com o que aconteceu”. Chorar sobre o leite derramado raramente é opção.
Por isso, e é suposto esta ser uma entrada breve, só mesmo para assinalar este último dia dos vinte, o que tenho realmente para vos dizer é que estou super entusiasmada com a entrada nos 30. Não tenho marido nem filhos, é verdade, esse colosso da sociedade que muitos acham fundamental para se ser considerado um dos fixes, mas continua a não ser uma preocupação. E não devia ter que ser uma preocupação ou pressão, seja para quem for.
Tenho também a dizer que penso que este primeiro ano nos 30 vai ser de uma absurda emoção. É suposto acabar o doutoramento, o blogue vai fazer 10 anos, tenho pelo menos mais uma viagem planeada (mais novidades brevemente), e outras tantas novidades que só posso ir divulgando mais à frente. Continuo a levar coças do meu PT, o David Dias, continuo a alinhar-me com o Yoga, continuo a babar-me toda com #ocaobran que já tem 17,5kg embora ainda nem oito meses tenha… E, mais fundamental ainda, continuo a ter uma família e um conjunto de amigos chegados (pequeno, mas crucial), que me vai amparando pelo caminho.
Venham daí esses 30 e que também vocês se mantenham desse lado! Obrigada pelo apoio 🙂