[Diário de Bordo] Quando mal dás conta…

Estava com aquela impressão que há algum tempo que não escrevia para o blogue, mas pensei que só tinham passado três ou quatro dias. Quando fui a ver, o último texto era de dia 18 de Setembro. Ora, estamos a 24. Já há muito, muito tempo que não passava tanto tempo sem sequer fazer uma divulgação. Dentro da minha cabeça tenho textos planeados e iniciativas que quero partilhar convosco, mas o ritmo a que realmente tenho andado não tem sido, ainda assim, suficiente para atacar todas as frentes. 

Acordo todos os dias pelas 6h15 (embora hoje o meu despertador interno tenha decidido não me deixar dormir a partir das 5h) e chego a casa, na melhor das hipóteses, pelas 20h30. Isto, em dias bons. Como é que num dia tão comprido não arranjo uma horinha para me dedicar ao blogue? Bem, foi o que decidi fazer hoje, mal cheguei à FCUL, ainda nem 8h da manhã eram. Eu sabia que as coisas iam mudar, mas não deixo de ficar um pouco espantada com a constatação que mesmo estendendo o meu dia ao máximo ainda fica tanta coisa por fazer. 

Preparar duas cadeiras diferentes, ter reuniões das cadeiras, ter reuniões de investigação, reuniões com iniciativas das instituições, escrever a tese de doutoramento e tentar ainda ter vida para além disto tem sido uma tarefa hercúlea. Ainda assim, no pouco tempo que vou arranjando, tenho conseguido ler um pouco. Li recentemente três livros: “Se esta rua falasse”, de James Baldwin (que adorei, adorei, adorei, a ver se consigo escrever a opinião esta semana); “Penas de Pato”, de Miguel Araújo (com o qual fiquei muito agradavelmente surpreendida, dando por mim viciada no mesmo); e “Anti-Aging”, de Mariana Morais (não porque estou interessada em fazer qualquer coisa anti-aging, mas porque acho que o livro tem imensa informação útil e de valor para a nossa saúde). Neste momento (comecei ontem à noite antes de cair para o lado), encontro-me a ler “A Ordem do Tempo”, de Carlo Rovelli. 

Outro belo acontecimento que gosto sempre de deixar registado é o Equinócio de Outono. Em 2010, dentro do enquadramento ancestral/pagão, escrevi um pouco sobre a simbologia deste acontecimento para os povos da altura. Podem ler aqui. De qualquer maneira, estes últimos três dias foram muito bonitos a níveis de cor, da lua, tudo. Com o meu novo horário de despertar, por vezes saio de casa e o sol ainda não nasceu, outras vezes (como no fim-de-semana) tenho oportunidade de ver o sol nascer e há poucas coisas mais bonitas do que essa. Também a lua tem estado crescente, estando agora cheia, e da minha cozinha consigo vê-la subir aos céus, ficando depois com a casa iluminada pela mesma. Pequenas coisas que aquecem o coração. 

Resumindo e concluindo. Estou viva, gerindo todos os novos desafios da melhor maneira possível. Agora tenho de ir tratar de mais mil burocracias para depois tentar escrever um pouco da tese durante a manhã, que à tarde já tenho pelo menos mais duas reuniões marcadas! Tenham uma excelente semana 🙂 

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  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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