Se há disco que penso que tem sido subvalorizado em 2018 é o dos Whales. E não, não é por trabalhar com eles, por gostar deles infinitamente como pessoas e como músicos, mas porque parece-me inegável que este disco de estreia mostra um potencial sem limites. Não é um disco uniforme, muito menos convencional, mas é antes um caminho que nos leva por diferentes paisagens e emoções. Tanto nos arrepia como nos coloca num êxtase total. E precisamente por isso, o caminho é arrebatador. Recentemente lançaram mais um single, Beyoncé, I Love You, que conta com vídeo de Rui Gaspar (da Casota Collective e dos First Breath After Coma).
O tema em si é um contraste, quase chocante, com o resto do disco. O título tem a sua piada, mas é apenas mergulhando profundamente na sua sonoridade que sentimos como as suas vibrações chegam às nossas extremidades. Oscilamos entre uma contemplação profunda, um desejo de algo que talvez não tenhamos, a luxúria do que poderíamos ainda ter. É belo e intenso. Pelo menos é isto que eu sinto e penso sobre o tema. Deixo para vocês a vossa própria interpretação. É isso que a música tem de belo, tocar cada um à sua maneira. Fiquei com as informações oficiais, vídeo e letra.
Depois de lançarem o seu disco de estreia em Março, gravado e produzido pela Casota Collective, e de um Euro Sprint, com os Fugly, em que atravessaram sete países num mês com mais de vinte concertos, os Whales revelam agora um vídeo para o viciante “Beyoncé, I Love You”.
No no meio de tantos ritmos e de tantas explorações no processo de composição e gravação do disco homónimo, este “Beyoncé, I Love You” foi um bálsamo de paz e sensualidade. O tema sempre lhes transmitiu uma ideia de que era possível explorar o ritmo a aumentar a pulsação sem subir as bpm’s.
Daí surgiu a imagem para o vídeo: “A ideia de sensualidade traduzida num corpo em movimentos sentidos e suaves sempre pronto a despertar emoções a cada gesto”, refere a banda.
Sob a câmara de Rui Gaspar, procurou-se explorar no movimento, na distância e na dança de Nair Francisco, o resultado dessa equação entre amor e sensualidade, entre paixão platónica e carnal.
“Beyoncé, I Love You”, dos Whales é uma declaração sentida, uma homenagem ao acto de amar em si mesmo.
Old, bored and old,
I’m feeling tired,
I’m feeling tired of all.
Hold, keep me on hold,
I can’t denie,
I can’t denie my word.
Kill the time, take a chance to fall,
Wallow,
Dive in, wallow
Blur your mind, lose the sense of all,
Swallow,
Blind your sight, follow.
Gold, shiny and cold,
Keep you nearby,
Keep you nearby, too close.
Toll, make me feel bold,
Chances getting high,
Chances getting high, downfall
Kill the time, take a chance to fall,
Wallow,
Dive in, wallow
Blur your mind, lose the sense of all,
Swallow,
Blind your sight, follow.