Caravan é um standard de jazz composto por Juan Tizol e Duke Ellington em 1936, agora interpretado por Pablo Zuazo. Pablo Zuazo é um pianista/compositor/cantor oriundo do nosso país irmão, Brasil, cujo trabalho vai zigzagueando entre bossa nova, MPB, jazz, samba, hip hop e electrónica. Em relação ao que motivou esta interpretação, o músico afirma:
Me inspirei no livro O Alquimista do Paulo Coelho. É um livro que mudou minha vida. O personagem do livro embarca numa Caravana do deserto. E retrata todos os mistérios do deserto e as aventuras que uma caravana do deserto passa até chegar ao seu destino. Daí inspirado nas passagens do livro, e na forma como os ciganos do deserto (tuaregues) vivem, fiz esse arranjo de Caravan. Eu toco e sinto como se fosse a caravana seguindo no deserto, por isso o arranjo que fiz tem vários moods, várias texturas, mudanças de andamento… Tudo remetendo a uma caravana seguindo e se deparando com o inesperado. Pois o cigano do deserto sabe que atravessar o deserto é um mistério inexplicável, sem previsões de chegada ou do que vai encontrar. A minha versão retrata essa jornada. Viva Paulo Coelho, viva os Tuaregues e viva as Caravanas do deserto!!!
Ao observarmos a performance de Pablo Zuazo é impossível ficarmos indiferentes à sua intensidade emotiva e galopante. Rapidamente entramos nesta viagem com ele, criando as mais diversas paisagens e mergulhando nas mais diversas circunstâncias que possam assaltar a nossa memória afectiva. A verdade é que a música tem o poder de se recriar em cada ouvinte e, para mim, esta interpretação de Caravan evocou tanto momentos mais reflexivos e imaginativos, como momentos de maior urgência, perigo e especulação. A sua destreza ao piano permite-lhe isto, que a natureza orgânica do instrumento tome proporções extasiantes.
Podem seguir Pablo Zuazo aqui: https://www.facebook.com/pablozuazomusic