[Diário de Bordo] E entretanto já passou um ano de EUA!


Queridos leitores,

Bem-vindos novamente a este espaço. Todos os meus planos para voltar de forma activa e rotineira ao BranMorrighan têm falhado. Mas se há coisa que tenho aprendido é que tudo tem o seu tempo, e se por vezes as coisas não acontecem quando queremos, é porque é melhor assim (mesmo que só nos apercebamos disso mais tarde).

Portanto aqui estou, sem promessas, mas ainda com muita vontade de reavivar este espaço. E explico-vos porquê. Tenho aprendido tanto, tanto, tanto! Não só academicamente, mas também sobre mim, sobre o que me rodeia, sobre como tentar reprogramar a nossa mente para que possamos desintoxica-la, seja de ambientes e pessoas tóxicas, seja da nossa própria falta de confiança, ansiedade e tristeza.

Quem diria, há um ano atrás, que estaríamos prestes a viver em altura de pandemia, com todas as nossas rotinas viradas do avesso, a ter que aprender a viver com novas condicionantes, e tudo em constante mutação. Falando por mim, há ano e meio atrás, vir viver para os Estados Unidos não era sequer algo em cima da mesa. Nem sequer uma ideia. Depois surgiu a oportunidade, pela qual estarei eternamente grata, e há um ano e pouco atrás mudei-me para cá.

Na altura, a perspectiva até era passar algum do tempo em Portugal, mas com o coronavirus acabei a ir a Portugal só uma vez, em Dezembro/Janeiro. Tinha planeado ir a Portugal pelo menos no meu aniversário, mas entretanto vieram restrições de viagens, proclamações imprevisíveis e, mais tarde, a 1 de Setembro, comecei um novo pós-doutoramento, desta vez na School of Public Health, ainda na Indiana University.

Nem sequer vos consigo ainda transmitir os níveis de stress, ansiedade, antecipação e inquietação que vivi. Não sei se cheguei a partilhar convosco, mas assim que aterrei no regresso aos EUA, no início de Fevereiro, fiquei doente. Quase duas semanas do que agora desconfio que tenha sido covid-19. Foi duro, porque estava a mudar-me para um novo apartamento, completamente vazio, mas acabei por ter a sorte de ter quem me ajudasse um pouco nessa altura. Não me lembrava de ficar tão doente até há coisa de um mês atrás.

Em menos de 24 horas fiquei com a garganta super inchada, perdi a voz, o meu ouvido direito estava impossível com as dores, engasgava-me até a beber água, mesmo em doses máximas de antipiréticos tive febre… Bem, se em Fevereiro consegui curar-me com mesinhas caseiras, desta vez em coisa de 24h percebi que não passava sem ser consultada. Acabei a tomar antibiótico, penicilina, durante 10 dias e ainda assim demorei quase os 10 dias até conseguir voltar a falar e a conseguir sair da cama/sofá.

Conto-vos que nunca dei tanto valor ao nosso serviço nacional de saúde. Por uma consulta rápida numa farmácia, aqui nos EUA acabei a pagar $100 dólares, mesmo com seguro de saúde. E dizem que o meu seguro até é bastante bom. O meu maior receio era ter que voltar ao médico, porque se não melhorasse teria mesmo de ir ao hospital, e lá perder um ordenado só em contas médicas. Ahah. Portanto, quem se queixar do SNS, pense duas vezes. Tem muitas falhas, sim, mas concentremo-nos então na sua melhoria e nunca em deitá-lo para baixo.

Entretanto, este post já está demasiado longo e ainda nem vos disse um terço daquilo que queria. Hum… Parece que tenho mesmo de voltar a escrever mais frequentemente, certo? Ahah. Tenho aqui um rascunho, ainda minúsculo, de algo sobre o qual quero escrever que está relacionado com “desmistificar práticas espirituais”.

Quando comecei a pensar nisto, a motivação foi que muitas pessoas misturam uma série de conceitos e associam, muitas vezes, meditação e yoga, ou até mesmo o conceito de sistema de chakras, a religiões, etc. E o meu objectivo aqui será mostrar-vos como é que estas diferentes práticas se podem realizar sem que estejam anexadas a uma religião.

É claro que, por norma, existe um sistema de crenças, mas o mais importante é que nos sintamos bem com aquilo que praticamos e que, se nos revermos nessas crenças, aceitarmos que elas não são mutuamente exclusivas com nenhuma religião.

Isto também vem no seguimento de algumas interacções na página do Facebook em que alguns leitores pediram mais posts sobre yoga e, surpresa surpresa, um dos Diários de Bordos mais visualizados de sempre, com perto de 1000 visualizações, é A Rotina Matinal da Sobrevivência.

Escrevi aquele post em Abril e desde então tanto aconteceu! Inscrevi-me em dois ou três diferentes workshops de Yoga, fiz parte de um retiro virtual, subscrevi duas APPs e adaptei a minha rotina para também incluir um pouco de actividade mais física (cardio e muscular) para complementar a prática de yoga. Já criei mais ao menos um fluxo de aulas e instrutores tanto no Youtube como nas APPs que subscrevi e quero muito contar-vos sobre isso, caso estejam interessados!

Vou terminar o post referindo que continuo uma péssima leitora. Ainda assim, tenho lido pelo menos um livro por mês. Em termos de música, tenho andado viciada em alguns discos novos, como o novo do Noiserv e o novo do Sufjan Stevens, e reavivei um pouco meu fascínio artístico pela Billie Eilish.

Em termos de séries… Oh! Tenho duas sugestões de partir a rir e de se deixarem encantar, caso tenho Netflix. Schitt’s Creek e Emily in Paris. A primeira é uma comédia sobre uma família milionária que perde tudo e vai viver para uma pequena cidade que o pai tinha comprado, por piada, ao filho, num dos seus aniversários. Ahahah, só de me lembrar começo-me a rir. A família passa a viver num motel que carece de qualquer privacidade ou glamour e a aventura começa. Emily in Paris é uma série pura e simplesmente encantadora. É o contraste perfeito entre a ideia romântica que se tem de Paris e quão duro pode ser alguém de fora encaixar-se na cidade e criar empatia com parisienses de gema. E, claro, os dramas românticos e cómicos não faltam. O filme Enola Homes também está muito engraçado!

Despeço-me com um abraço enorme aos melhores leitores do mundo. Sabem em quantas visualizações já vamos? Mais de

3 000 000 !!!

São mais de 3 Milhões de Visualizações que me deixam muito feliz. Para quem quiser acompanhar as actividades aqui nos EUA com maior frequência, deixo-vos os links para as redes sociais. No Instagram (onde a maior parte da actividade concentra-se nas stories) somos quase 2000, portanto juntem-se à família também!

Instagram: https://www.instagram.com/sofiateixeira_branmorrighan/

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Goodreads: https://www.goodreads.com/branmorrighan

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  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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