Nem de propósito, logo a seguir a publicar o Diário de Bordo anterior, recebi a notificação deste vídeo. E quero partilhá-lo convosco porque a verdade é que tenho-me sentido tão exausta que cheguei a fazer as mesmas perguntas que a Kati Morton faz: será que estou deprimida? será que estou novamente com uma ansiedade descontrolada? — (e sim, eu já tive episódios de ansiedade e de pânico que me levaram a fazer psicoterapia… longa história para um outro post) — E a verdade é que a expressão que ela usa “Emotionally Drained” – ou “Drenada Emocionalmente” em português – é precisamente a expressão que mais eco faz comigo.
Há-de haver um tempo e um espaço para falar sobre isto, mas durante este tempo que tenho estado a viver nos EUA muita, MESMO MUITA, coisa aconteceu. E a pandemia veio amplificar uma série de coisas. Não vou entrar em detalhe, mas o resumo é que — às vezes não dá mais. Às vezes não dá para concentrar mais, forçar mais, o que for. Até as limpezas custam. Não há a refeição quentinha que se pode ir ter à casa da mãe, da amiga ou dos colegas que trabalham na mesma coisa. Não há um abraço há meses. Não há qualquer contacto humano ou animal, já que o meu Bran está em Portugal, há meses.
Ainda assim, tal como a Kati Morton disse que estava a acontecer no caso dela, eu não me sinto deprimida. Eu gosto do que ando a investigar e a trabalhar, mas sinto-me completamente drenada. E essa é uma das razões pelas quais tenho escrito tão pouco aqui no blogue.
Resumindo e concluindo, sigam também o seu conselho. Se se sentem desta forma, falem com alguém. Felizmente eu tenho pessoas com quem posso ir trocando mensagens e fazendo videochamadas que têm a maior paciência do mundo comigo.
E no fundo, no meu dia-a-dia, como é que vou lidando com isto? Com a Rotina Matinal da Sobrevivência (que vai ser actualizada muito brevemente) e com tolerância comigo mesma. Portanto, meus queridos leitores, cuidem-se e nutram-se o máximo que puderem, como poderem, sem nunca prejudicarem ninguém 🙂