Ai que ele vem aí…! [Diário de Bordo XXV] Estive no West Festival e no Muvi – Leiria a bombar!

Foi decidido de repente, mas por volta da hora de almoço de Sexta-feira lá me convenceram a dar um “saltinho” a Leiria, ao West Festival, para ver novamente o nosso pessoal de Leiria – First Breath After Coma, Nice Weather For Ducks e Los Atléticos – e ainda ver, pela primeira vez, os Ermo. Saímos de Lisboa pelas 19h, parámos pelo caminho para jantar e eram 21h30 quando demos por nós na Ilha, Leiria. Quando falo em nós, falo de parte daquele pessoal maravilhoso que esteve comigo em Paredes de Coura – Diogo Marçal, Francisco Pinto e Kristen Martins. 

Amantes de boa música como somos, e sem qualquer tipo de obrigatoriedade, cada um pagou o seu bilhete (sim, eu incluída porque queria divertir-me e não estar com outras preocupações), lá fomos à descoberta daquele que se mostrou ser um local fantástico para fazer um festival. Pequenos pormenores à parte, tenho pena da pouca divulgação que este festival teve, pois isso repercutiu-se na quantidade de público – pouca – que esteve lá presente. O ambiente é brutal, o espaço do palco estava original e a paisagem idílica. 

A festa começou com os First Breath After Coma, a ter o Hugo (NWFD e LCC) a substituir o Rui que não se encontra em Portugal. Apesar de serem uma banda que, na minha opinião e até na deles, funcionam melhor em espaços mais fechados e mais íntimos, deram um óptimo concerto. Eles são uns porreiraços e, no fim, ainda deu para dois dedos de conversa. Já os acompanho há tanto tempo que parece que me estou sempre a repetir – afinal, para mim, são das bandas com mais potencial nesta onda da nova música portuguesa. 

Seguiram-se os Ermo, que nunca tinha visto, que em casa até não me dava muito para ouvir – apesar de reconhecer o talento – mas que ao vê-los ai vivo – ao António e ao Bernardo – entrei de tal maneira na onda musical deles que fiquei com vontade de ir para casa ouvir novamente. Temos o Bernardo nas teclas e a tratar da parte electrónica, enquanto o António assume a componente vocal principal e toda uma performance visual muito própria. A sensação que dá é que o som entra pelo corpo do António e que ele se vai moldando aos diferentes tons, às diferentes vibrações e colocações. Fiquei muito bem impressionada. 

Chegou a vez dos Nice Weather For Ducks e animação foi coisa que não faltou. Este é outro projecto que consigo desfrutar, em que me divirto mesmo, mais ao vivo do que em casa. A dinâmica multi-instrumentalista é algo que em concerto ganha outra cor. São cinco músicos que usufruem bem do espectáculo que dão, que transmitem esse espírito e que, como tal, quando damos por nós estamos a dançar livremente ao mesmo tempo que deixamos o significado de cada música entrar em nós. 

A noite na Ilha acabou com Los Atléticos – Gil Jerónimo (LCC) e Walter Santos. Vestidos a rigor – calçãozinho curto, meias até ao joelho com riscas vermelhas e azuis na borda, fitinha na cabeça, raquetes de badminton e ainda aqueles pulsos a combinar com as meias – a música de dança aliada a clássicos do rock e outros dos anos 80/90, foram o desfecho perfeito para esta noite. 

Antes passar ao dia de ontem, quero deixar um agradecimento público ao Hugo Ferreira, da Omnichord Records, que para além do grande impulsionador do Leiria Calling, é uma pessoa espectacular, dedicada, e que me faz sentir como se fosse da família Omnichord. Tanto, que me ofereceu a t-shirt que só o pessoal das bandas tem e que é um verdadeiro mote para mim. “The Only Truth Is Music” – quando ouvimos qualquer um dos projectos musicais da Omnichord Records, não é difícil apercebermo-nos desta grande verdade. Aproveito para deixar mais um agradecimento aos FBAC, aos Ermo, aos NWFD e Los Atléticos por serem uma simpatia e por terem feito com que sentíssemos que valeu a pena chegar a casa às 6h30 da manhã, depois de 340km feitos para os ver. 

Passemos ao Muvi, mais propriamente ao Show Case dos First Breath After Coma, que foi isso que fui ver! “Outra vez arroz, Sofia?” – Não, outra vez FBAC porque não me consigo cansar (e pelos vistos o Diogo Marçal e o Francisco Pinto também não, já o Bernardo Barros apesar de fã, foi vê-los pela primeira vez) de os ver e de os apoiar. Cada concerto desta malta é diferente. Seja em termos de alinhamento, de expressões, de ambiente… Vale sempre a pena. E ali, naquela Sala Montepio do Cinema São Jorge, com um ambiente bem mais íntimo, tudo correu muito bem. A única coisa que me custou, confesso, foi ter de estar sentadinha, quietinha, com o corpo preso à cadeira quando a música exigia muito mais. O formato foi muito interessante – primeiro passaram os três vídeos da banda, ordenados cronologicamente, dando assim a possibilidade de constatar a evolução da banda também a nível estético. Aqui, fica também um grande abraço para o Nuno (Born a Lion e The Allstar Project), que tem tratado da parte técnica dos FBAC e que é incansável. Uma noite de Sábado muito, muito agradável.

Hoje, ando aqui por volta do blogue. Estes dois dias envolvida com os projectos Leirienses, lembrou-me uma conversa que tive com o Hugo Ferreira no Fusing e ainda uma vontade que tinha de falar sobre o Leiria Calling. Veremos se consigo fazê-lo ainda hoje. Acabei também de ler A Ascenção de Nove e quero escrever rapidamente a opinião – entre hoje e amanhã. De resto, tenho umas quantas novidades a palpitar que ando ansiosa por partilhar, mas hoje ainda não é o dia! Que o post vai longo e ainda tenho de ir estudar um pouco hoje também. 

Beijos e até ao próximo Diário de Bordo! 

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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