Opinião: ‘O Resgate de Angel’ (Maximum Ride #1) de James Patterson

O Resgate de Angel (Maximum Ride #1)

James Patterson

Editora: TOPSELLER

Sinopse: ALERTA! Um grupo de seis jovens com poderes extraordinários está em FUGA. O seu líder é Maximum Ride, ou Max. Deve ser considerada perigosa.

Retirados dos seus pais à nascença, os seis estavam presos num laboratório secreto, onde foram alterados geneticamente para se tornarem 98% humanos e 2% pássaros.

Agora eles conseguem voar e escaparam da sua prisão.

Mas desconhecem as razões para tudo o que lhes foi feito, e não sabem quanto tempo de vida lhes resta. No seu encalce estão os Erasers, seres diabólicos criados no mesmo laboratório, que apanham Angel, a miúda mais nova e especial do grupo de Max.

Conseguirá Max resgatar Angel e descobrir a verdade sobre si e os seus amigos?

PREPARA-TE: Este livro é o início da mais fantástica e emocionante aventura da tua vida.

É o primeiro volume de uma coleção de oito.

Opinião: Após a forte divulgação da editora TOPSELLER em torno do autor James Patterson, foi inevitável ficar curiosa acerca das suas obras. Confesso que quando iniciei a leitura, estava um pouco reticente sobre a mesma. A capa parecia-me um tanto quanto juvenil e tive algum receio que pudesse sê-lo demais. Porém, tal não se verificou e proporcionou-me momentos de leitura bastante engraçados.

Virado para um público juvenil/jovem-adulto, O Resgate de Angel apresenta-nos um grupo de seis jovens cujo ADN foi modificado. Esta mudança no seu código genético alterou-lhes todo o conceito do que é ser humano. São mais rápidos, mais fortes, mais ágeis, voam e cada um ainda desenvolve uma capacidade própria diferente das demais.

A história tem bastante acção. Os capítulos são muito curtos, cerca de duas a cinco páginas, não dando espaço ao leitor para se cansar. Acontece sempre alguma coisa, a intriga e o perigo estão no ar e não somos capazes de deixar os nossos pequenos sozinhos. Apesar de gostar deste estilo de estrutura da narrativa, penso que o autor poderia ter sido mais minucioso em algumas descrições. O ritmo por vezes é tão frenético que tudo se passa num piscar de olhos.

Quanto ao estilo da escrita, o autor decidiu por narrar na primeira pessoa na pele da protagonista, Maximum Ride. Desde o início que assistimos aos acontecimentos pelo seu prisma e um aspecto bastante curioso é que ela interage com o leitor. Nunca nos sentimos excluídos, mas antes envolvidos nas suas preocupações. Neste aspecto penso que alguns diálogos poderiam ter sido um pouco mais elaborados.

As personagens são muito interessantes. Os seis são diferentes e cada um acaba por tocar no leitor de forma especial. A minha preferida, e sem dúvida a mais enigmática, foi Fang. Quando o conhecerem verão que é impossível não ficarmos intrigados com a bruma misteriosa que ele faz questão de manter em seu redor.

Um livro que se lê muito bem, uma aventura que está longe de terminar e um autor que promete. Gostei.