Esta é a Festa do Equinócio de Outono. A Luz do Sol na Roda do Ano está no Ocidente, no lugar de equilíbrio entre a Luz e as Trevas. Este é um momento de grandes marés. Este é o “Gateway of the Year”.
Esta festa é conhecida por muitos nomes por muitas pessoas, pois a verdade é reflectida por muitos espelhos diferentes. Tem sido comemorado como Alban Elfed e Harvest (entre Druidas) e Mabon (entre Wiccanos) ou até Equinócio de Outono. Os nossos ancestrais, aclamavam este festival por nomes há muito esquecidos, e os nossos filhos, quem sabe, irão chamá-lo por nomes ainda desconhecidos.
Nesta altura do ano, os nossos antepassados viam que o Sol, pela primeira vez em meio ano, não era capaz de ofuscar a escuridão. Embora o Sol ainda brilhe com força, a partir deste dia a sua força vai decrescendo tal como os dias vão ficando mais curtos. Hoje, a Escuridão e a Luz têm a mesma duração, mas a partir de agora a noite cresce à mesma velocidade que Senhor da Luz envelhece. Este é um momento de despedida e agradecimento pelo Verão que acaba.
Em tempos, os nossos antepassados viam a Senhora, que é o Espírito da Terra, perante o seu pôvo rodeada pelas Colheitas desse ano. Esta era a recompensa pelo trabalho e reverência perante a Terra. Esta era a promessa cumprida dos dias da Primavera e do Verão. Este era o Juízo do Ano, pois a colheita já estava concluída e eram distribuidas de forma justa para alimentar a população e os animais nos dias frios e escuros que se avizinhavam. Este é um momento de admiração e gratidão pelos dons de fertilidade da Deusa.
Esta festividade faz-nos lembrar que para renascer há que morrer (metafórica e simbolicamente falando); por isso é apropriado meditar sobre o que não queremos mais na nossa vida, e sobre a forma como podemos deixar que isso se afaste de nós, ou seja, que neste tempo nos preparemos para o Samhain.
Os alimentos pagãos tradicionais do Equinócio do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães, nozes, vegetais, maçãs, raízes, cidra e romãs.
Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas.
Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.
Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.
Redigido, adaptado e modificado por mim após consulta de várias fontes bibliográficas. Morrighan