Ricardo Cabral é uma das caras por trás do símbolo da ZigurArtists, mas também a música faz parte de si, não sendo de estranhar encontrarmos registos seus na bateria. Vox Mambo e Morsa são exemplos de projectos onde já participou, sendo que ultimamente tem estado mais activo na administração da netlabel. Conheci-o numa tarde chuvosa no Candelabro, no Porto, e sem dúvida que estava a faltar nesta rubrica para ajudar a completar a saga da grande família que é a ZA. Volto a deixar aqui o link para poderem seguir o seu trabalho aqui: https://www.facebook.com/ZigurArtists
Não acho que estas músicas precisem da minha opinião, elas falam por si, mas posso sempre dizer que com a excepção de Dead Meadow e MC 5, bebi tudo do meu irmão mais velho, ele foi na verdade quem mais me fascinou na música, tanto no acto de ouvir como de tocar (embora ele hoje em dia já não toque, com muita pena minha…). Adoro Pink Floyd de trás para a frente e da freante para trás, adoro o Scott Walker (essencialmente o 3 e o 4), ando a descobrir o Poulenc, Dead Meadow deixa-me eléctrico e com muita vontade de espancar (com carinho) a bateria ou ensurdecer com a guitarra no máximo, sem nunca perder o baixo do peito! Talk Talk são sagrados, talvez os que melhor compreendem o silêncio a par do Messiaen (por razões diferentes claro), Satie é só bonito, a Mahalia Jackson e o Sr. Duke Elington tem qualquer coisa… ele a Música (com M grande e bem grande) e ela a Voz, que enche este mundo e o outro! De resto, MC5 é demasiado recente para absorver as outras músicas além da Let Me Try. Conheci MC5 na semana passada, através do Cilada, que também ele é uma fonte de música brutal para mim, e é isto.