Entrevista a Filipe Faria – Escritor Português

Boa tarde a todos. Como prometido, apresento-vos aqui o autor das famosas crónicas de Allaryia – Filipe Faria.

Sobre o Filipe dito por ele próprio:

Sou um contador de histórias em tudo o que faço, seja enquanto autor, mestre de jogo de RPG, companheiro de viagem, ou como jogador de uma partida de futebol na consola que estiver mais à mão. Pioneiro original para uns, vil plagiador para outros, pessoalmente contento-me com “gajo cheio de ideias”.

Estilo e Ritmo de Escrita:

1) Cheio dele e 2) ainda por definir. Já experimentei muita coisa, desde escrever à força (fiquei queimado durante dois anos), escrever à vontade (levei quatro anos a escrever) e matar-me a escrever (acabei a Leopoldina numa semana; esta por força das circunstâncias). O último grito é escrever um número de páginas por dia correspondente ao mês em que me encontro. Não imagino que este método perdure, embora me tenha ajudado a manter-me concentrado em cumprir a promessa de que o último volume das Crónicas sairia ainda em 2010.

Influências:

Depende do leitor a quem perguntarem. O único que merece estar na lista é o incontornável Tolkien, tendo em conta que foi com «O Senhor dos Anéis» que aprendi a gostar de ler.

Que livro mais gostaste de escrever e porquê:

São como filhos para mim; não tenho um preferido. E mesmo que tivesse, não poderia dizer, que os outros eram capazes de levar a mal. Resposta politicamente correcta:«Oh, cada um foi especial à sua maneira.»

Projectos para o futuro:

Uns quantos, todos eles fora de Allaryia, embora faça tenções de voltar a esse mundo. Cada um desses projectos tem pelo menos uma pitada de fantasia, e resta-me escolher a ordem pela qual os vou escrever. Ah, e nada mais de sete volumes, pelo menos não tão cedo.

O que dirias a alguém que está agora a começar como autor:

Só está a começar como autor a partir do momento em que é publicado, e nesse caso já não precisa de grandes conselhos, a não ser manter o departamento gráfico da sua editora constantemente debaixo de olho. Se é para dizer algo a alguém que pretende ser publicado, faço minhas as palavras que o David Soares deixou neste mesmo blogue, e acrescento que só há duas coisas a fazer, nenhuma das quais com garantia de sucesso: escrever um livro, e enviá-lo a editoras. Tudo o resto está fora das nossas mãos. Ah, ou concorrer a um concurso literário. Também há essa opção, constou-me por aí…

A Manopla de Karasthan

Sinopse: Na imensidão cósmica existe um mundo, Allaryia, de grandes heróis e vilões infames, de seres de uma beleza indescritível e criaturas maléficas de uma fealdade atroz, nações poderosas e impérios tirânicos. Depois de muitas eras que alternaram entre a paz e a discórdia, Allaryia encontra-se num tempo de aparente tranquilidade, de uma calma inquietante, semelhante ao silêncio que antecede a tempestade. vol1 Algures, numa câmara escura, subterrânea, algo se move, tentando libertar-se de anos de cativeiro, algo monstruoso, inumano, sedento de sangue e dor. O povo de Allaryia perdeu o seu campeão – Aezrel Thoryn, provavelmente morto numa batalha contra o Flagelo, a força das trevas, em Asmodeon – e mais do que nunca precisa de protecção. Aewyre Thoryn, o filho mais novo do saudoso rei, pega em Ancalach, a espada do seu pai, decide descobrir o que realmente lhe aconteceu e parte a caminho de Asmodeon. O que o jovem guerreiro não podia prever era que a sua demanda pessoal se iria transformar, à medida que os encontros se vão sucedendo, na demanda de um grupo particularmente singular, que reunirá a mais estranha e inesperada mistura de seres – Allumno, um mago, Lhiannah, a bela princesa arinnir, Worick, um thuragar, Quenestil, um eahan, Babaki, um antroleo, Taislin, um burrik, Slayra, uma eahanna negra e o próprio Aewyre. O ritmo a que se sucedem as aventuras é absolutamente alucinante, a cada passo surgem perigos mais tenebrosos, seres aterradores que esperam, ocultos nas sombras, o melhor momento para atacar e roubar a tão desejada Ancalach… Mas os laços de amizade que unem o grupo estão cada vez mais fortes e, juntos, sentem-se capazes de enfrentar qualquer inimigo.

Os Filhos do Flagelo

Sinopse: A demanda de Aewyre e dos seus companheiros prossegue, na tentativa de chegar a Asmodeon e levantar o véu de mistério que envolve o desaparecimento de Aezrel Thoryn, mas muitas são as adversidades que têm de enfrentar a caminho do seu destino. Separados, os companheiros mais que nunca dependem uns dos outros para sobreviverem às provações que se lhes depararão: vol2 Quenestil e Babaki, que partiram em busca de Slayra e dos seus captores, e o resto do grupo, que segue para as inóspitas estepes de Karatai em perseguição de Kror, o enigmático drahreg que partilha com o jovem Thoryn a Essência da Lâmina, um segredo milenar dos guerreiros de Allaryia. A saída de Ancalach, a Espada dos Reis, do reino de Ul-Thoryn, fez despertar de um longo torpor os filhos da Sombra, começando a libertar a sua pérfida influência maligna. Insidiosamente, a coberto das sombras, nos obscuros espaços das trevas, o Mal vai estendendo os seus múltiplos e mortíferos tentáculos, antecipando o abraço letal, e tornando, a cada momento, mais visíveis os contornos tenebrosos das suas reais intenções. Há um perigo oculto do qual as gentes de Allaryia ainda não se aperceberam e Pearnon, o Escriba, pressente-o sem o poder transmitir. A determinação e a força de armas de Aewyre e seus companheiros serão certamente postas à prova nos tempos vindouros…

Marés Negras

Sinopse: Reencontramos os companheiros na cidade de Val-Oryth em Tanarch, vol3 a um passo do seu destino último: Asmodeon. Aí, Aewyre espera poder por fim descortinar o destino de seu pai Aezrel, o desaparecido campeão de Allaryia. O jovem príncipe e os seus díspares companheiros aprofundaram entretanto os laços de amizade que os unem, mas não sem duros sacrifícios, dos quais resultaram feridas profundas que dificilmente sararão. Velhos inimigos regressam para atormentar o grupo, e nas sombras da própria Val-Oryth residem perigosos adversários que os companheiros desconhecem e que os submeterão a rudes provações. Não muito longe de Tanarch, as Marés Negras sobem uma vez mais, trazendo consigo memórias de um passado sombrio e pressagiando tempos conturbados para Allaryia e todos os seus habitantes.

A Essência da Lâmina

Sinopse: Pearnon, o Escriba, continua zelosamente a contar a história de um mundo que um dia foi seu, ao longo de incontáveis e conturbadas erasvol4 desde a sua criação. No livro anterior, a dolorosa e sangrenta demanda que levou Aewyre Thoryn e os seus companheiros através de Allaryia saldou-se numa pesada derrota, apesar de terem conseguido escorraçar os exércitos de Asmodeon, pois O Flagelo regressou das sombras. Agora que o pai de Aewyre morreu para salvar o próprio filho, este parte para a Cidadela da Lâmina, um inquietante local de segredos ocultos. O jovem príncipe terá de aprender a dominar a Essência da Lâmina, que partilha com Kror, ou lutar por ela com o drahreg num combate até à morte. Perigos milenares penetram insidiosamente uma vez mais em Allaryia, e as tramas urdidas pel’O Flagelo começam finalmente a revelar-se, e os pesadelos passados ameaçam tornar-se num perigo muito real no presente. A única esperança reside no êxito que Aewyre e os seus companheiros obtiverem nas suas missões. Mas será possível vencer entidades tão superiores às suas forças?

Vagas de Fogo

Sinopse: As hostes d’O Flagelo despertaram do seu torpor e estão de novo à solta no continente. A Cidadela da Lâmina foi arrasada. Sirulia foi posta a ferro e fogo. vol5 Aves de mau agouro sobrevoam Nolwyn, enquanto Ul-Thoryn começa os preparativos de guerra contra Vaul-Syrith. Neste novo capítulo das Crónicas de Alaryia, os companheiros que deram início a uma quase ingénua demanda n’A Manopla de Karasthan estão separados, perdidos, desesperançados. Embora poucos o saibam, a esperança reside em Aewyre Thoryn, mas cada um dos companheiros terá um papel a desempenhar no vindouro conflito, encontrando-se porém privados do poder da sua união. Perseguidos por algozes do seu passado, deixados à deriva em terras desconhecidas, ou aprisionados entre inimigos que julgavam amigos, vêem-se confrontados com a iminente imersão de Allaryia nas trevas que todos já julgavam desbaratadas. Porém, Seltor, o percursor destas, aprendeu com os erros do passado, e os seus propósitos não mais parecem os mesmos; ou pelo menos, não aparentam de todo ser o que dele se espera…

O Fado da Sombra

Sinopse: Os deuses estão mortos, e a sua queda deixa Allaryia à beira de uma espiral de desordem e destruição. As sementes dos planos d´O Flagelo germinam em segredo, e Aewyre Thoryn e os seus companheiros são os únicos que estão cientes da insidiosa ameaça, bem como os únicos em condições de a combater. Dá-se então início a uma desesperada corrida contra o tempo, enquanto servos renegados de Seltor conspiram para levarem a cabo a queda de Ul-Thoryn. Uma ameaça de tempos imemoriais acerca-se entretanto da Pérola do Sul, ameaçando cortar pela raiz a resistência contra O Flagelo. Este é ponto de viragem da Oitava Era, após o qual nada será como dantes em Allaryia.

Site Oficial do Filipe Faria

Página do Filipe Faria na Presença

Opiniões no meu blog sobre os livros que li do Filipe Faria

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7 Comentários
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Anónimo
Anónimo
14 anos atrás

Antes demais parabens pelo teu blog Morrighan e pela iniciativa de divulgar escritores nacionais.

Pessoalmente gosto muito do Filipe Faria, já falei várias vezes com ele na feira do livro de lisboa e estou a acompanhar a sua saga que está mesmo a terminar.

Fico contente que ele um dia possa voltar a escrever sobre este universo

Agora aguardo a da Sandra Carvalho

(Fiacha)

Morrighan
Morrighan
14 anos atrás

Olá Fiacha!

Muito bem vindo 🙂

Sim, tem sido uma bela surpresa.
Comecei antes de ontem a ler o terceiro, mas como só leio à noite vou demorar um pouco. No entanto, parar de lê-lo para ir dormir tem sido complicadito =P

Também estou à espera que a simpática Sandra Carvalho me envie as suas respostas 🙂

Lars Gonçalves
Lars Gonçalves
14 anos atrás

Olá Morrighan.

Eu sempre tive curiosidade de ler os livros do Filipe Faria, mas nunca me surgiu a oportunidade.

Recomendas os livros?

Morrighan
Morrighan
14 anos atrás

Olá Lars,

Recomendo, sim. Eu ainda só vou no terceiro livro. O primeiro, talvez por ser um pouco introdutório, mesmo já contendo acção, achei um pouco massador em algumas partes. O segundo, devorei. Completamente. O terceiro ainda vou um pouco no início mas já me despertou muita curiosidade.

Pelos dois primeiros livros, recomendo. Daqui para a frente não sei.. Mas eu já tenho até ao quinto… Por isso devo lê-los brevemente. Se quiseres esperar pela opinião dos outros… Mas acho que é uma boa aposta 🙂

Lars Gonçalves
Lars Gonçalves
14 anos atrás

Eu vou esperar sim, até porque tenho muitos livros que pretendo ler de momento a frente, mas estou curioso por ler uma saga de fantasia feita por um escritor português.

Unknown
Unknown
14 anos atrás

olá Morrighan!
como já te tinha dito, excelente iniciativa! agora também ando numa de começar a ler autores portugueses porque o que é nacional também é bom!
Estou a adorar o livro da Carla Ribeiro! (Deus Maldito) tenho é que ler os 3 anteriores, há algumas coisas que me estão a escapar por completo :S (mas eu pergunto-lhe 😛 ela é muito simpática :P)

quantto a este autor, já estive várias vezes com livros dele na mão. qualquer dia experimento o mundo dele.
bjs

Morrighan
Morrighan
14 anos atrás

Acho que fazes muito bem!!
Eu estou a gostar até agora =)

Também vou querer ler um da Carla Ribeiro.

Quero tentar ler um livro de cada autor que apresento. Mas as economias nao ajudam… 🙂

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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