Opinião: “O Desertor” de Daniel Silva

O Desertor

Daniel Silva

Editora: Bertrand

Nº de Páginas: 448

Sinopse: Seis meses após o dramático final de “Regras de Moscovo”, Gabriel Allon regressa à lua-de-mel com Chiara e ao restauro de uma peça setecentista do Vaticano. Mas a sua paz é efémera. De Londres chega a notícia de que Grigori Bulganov, espião e desertor russo que lhe salvou a vida em Moscovo, desapareceu sem deixar rasto. Nos dias que se seguem, Gabriel e a sua equipa travarão um duelo mortal com Ivan Kharkov, um dos homens mais perigosos do mundo. Confrontado com a possibilidade de perder a coisa mais importante da sua vida, Gabriel será posto à prova de maneiras inconcebíveis até então. E nunca mais será o mesmo. Com um enredo surpreendente e um conjunto de personagens inesquecíveis, este é o “thriller” mais explosivo do ano e o melhor livro de Daniel Silva até à data.

Opinião: Daniel Silva tem uma escrita simples e directa, com poucos floreados. O foco está na acção, a descrição fica relegada para segundo plano e o onanismo literário é praticamente inexistente. Os seus livros caracterizam-se por inúmeras deslocações entre vários países e decorrem num período de tempo pouco pronunciado e a um ritmo bastante elevado, como qualquer thriller que se preze, lembrando a série televisiva 24.

Partindo do final de “As Regras de Moscovo”, é feita uma pequena contextualização para compreendermos quem são os personagens do conflito.

Desta vez, a “guerra” é com os russos. Grigori Bulganov, o desertor, Ivan Kharkhov, o mau da fita. Ambos ex-KGB, um foragido com muita lábia, outro um estalinista fanático traficante de armas (entre outras actividades) multi-milionário com… Muitos segredos.

Gabriel Allon entra em acção quando o amigo Grigori (que o salvou no livro anterior) desaparece em Londres a caminho de uma partida de xadrez: a partir daí, envolve-se num empreendimento a nível mundial, num esforço para o encontrar e aos seus raptores. Contudo, ao mesmo tempo que a busca avança, sucede um evento imprevisto que apressa e alarga ainda mais a busca, prometendo agarrar os leitores até ao final.

Se a escrita é fluida, a acção sempre intensa e o clímax espectacular, a verdade é que a história segue uma linha emocional previsível, tipicamente hollywoodesca, à imagem das obras anteriores.(7.5/10 por RS)

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on whatsapp
Subscrever
Notificar-me de
guest

1 Comentário
Mais antigo
Mais recente Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Mariana Malhão
Mariana Malhão
13 anos atrás

Este de Daniel Silva, ainda não tenho.
Mas pela tua opinião, parece-me bom.
Andas numa onda de Daniel Silva 😉
Já experimentaste James Rollins?
Eu li "A Chave Maldita" e é simplesmente fabuloso… Até melhor que Dan Brown!

  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

    Subscritores do blog

    Recebe notificação dos novos conteúdos e partilhas exclusivas. Faz parte da nossa Comunidade!

    Categorias do Blog

    Leituras da Sofia

    Apneia
    tagged: currently-reading
    A Curse of Roses
    tagged: currently-reading

    goodreads.com

    2022 Reading Challenge

    2022 Reading Challenge
    Sofia has read 7 books toward her goal of 24 books.
    hide