Oscar Wilde e os Crimes do Vampiro
Gyles Brandreth
Editora: Europa-América
Colecção: Crime Perfeito
Nº de Páginas: 332
Sinopse: Londres, 1890. O que começa como uma noite de diversão acaba em tragédia. Numa glamorosa recepção oferecida pelo Duque e pela Duquesa de Albemarle, toda a alta sociedade londrina se encontra presente, incluindo o Príncipe de Gales, que considera os Albemarle seus amigos próximos. Na festa, Oscar Wilde parece mais interessado num jovem actor, Rex LaSalle, que espantosamente alega ser um vampiro.
Quando os convidados estão prestes a sair, a duquesa é encontrada morta, com duas pequenas marcas no pescoço. Desesperado, tentanto evitar um escândalo público, o Príncipe de Gales pede a Oscar Wilde e ao seu amigo Arthur Conan Doyle para investigarem o crime. O que eles descobrem ameaça destruir a família real… e a reputação de Oscar Wilde.
Opinião: ‘Oscar Wilde e os Crimes do Vampiro’ é um romance policial que trouxe uma lufada de ar fresco às minhas leituras. Gyles Brandreth consegue presentear-nos com uma obra cheia de mistério, ao mesmo tempo divertida e ainda muito incaracterística devido ao leque de personagens que reúne.
Temos então Oscar Wilde, Arthur Conna Doyle (autor dos famosos policiais de Sherlock Holmes), Bram Stoker (autor do clássico ‘Drácula’), o Dr. Watson do Oscar Wilde – Robert Sherard e o misterioso e sedutor Rex LaSalle, que se vêem envolvidos numa espécie de equipa na descoberta do assassino da duquesa de Albermale.
Separada por pedaços de diários, notícias e cartas dos diversos intervenientes, a obra consegue ter um ritmo bastante bom e diversificado mostrando a cada momento o que vai na cabeça de cada personagem. Achei especialmente interessante e divertido as relações entre os três autores de renome (Wilde, Doyle e Stoker) e o respeito que se tinham mutuamente apesar do que pensavam realmente uns dos outros.
Em relação ao mistério em si, achei que o autor conseguiu ir confundindo os leitores. À primeira vista pensamos em alguém que a meio, dados os factos e o fio condutor a que Wilde nos leva, nos leva a ficar confusos e indecisos. O fim em si, não achei muito surpreendente. Gostei sim da forma como o estudo da histeria naquela altura foi explorado e usado na trama.
Como personagem preferida tenho sem dúvida Oscar Wilde. O autor transformou-o num autêntico Sherlock Holmes! Ao mesmo tempo foi bastante realista em algumas características que a pessoa Oscar Wilde teve enquanto vivo. No final, numa nota de autor, ele remata a história com factos históricos curiosos que nos enquadram com as pessoas reais em si.
Gostei bastante e acho que vale, sem dúvida, a pena ler.