Deus, isto é, a perfeição, costuma-se ouvir dizer, é grande, mas habita nos (por) menores. Vem isto a propósito de uma das últimas leituras que fiz de Chireto.
Durante a leitura, feita essencialmente com os propósitos de “caça-à-gralha” e – ou de limar um ou outro aspecto literário menos claro no meu texto, dei comigo a pensar. Deixo-vos o meu pensamento em jeito de questão, para vos poder espicaçar a reflexão:
A situação rotineira de se contar aos nossos filhos uma história ao deitar não deveria ser assumida apenas como uma questão ética, moralista e moralizante, como sugere o texto de Chireto, mas antes como uma questão legal, de direito, portanto, de nós para com os nossos filhos, de todos os adultos para todas as crianças do mundo?
Entretanto, falam-me do tempo … da falta de tempo … No entanto, como escritor e sobretudo como pai, eu prefiro falar do tempo bem gasto, nessas pequenas fracções do tempo sem tempo em que a intimidade acontece e a magia aparece …
Por Miguel Almeida