Opinião: ‘Marina’ de Carlos Ruiz Zafón

Marina

Carlos Ruiz Zafón

Editora: Grupo Planeta

Sinopse: Marina, tal como a obra que consagrou Zafón, é um romance mágico de memórias, escrito numa prosa ora poética ora irónica, assente numa mistura de géneros literários (entre o romance de aventuras e os contos góticos) e onde o passado e o presente se fundem de forma inigualável.

Classificado pela crítica como «macabro, fantástico e simultaneamente arrebatador», Marina propõe ao leitor uma reflexão continuada sobre os mistérios da condição humana através do relato alternado de três histórias de amor e morte.

Ambientada na cidade de Barcelona, a história decorre entre Setembro de 1979 e Maio de 1980 e depois em 1995 quando Óscar, o protagonista, recorda a força arrebatadora do primeiro amor e as aventuras com Marina, recupera as anotações do seu diário pessoal e revisita os locais da sua juventude.

«Marina disse-me uma vez que apenas recordamos o que nunca aconteceu. Passaria uma eternidade antes que compreendesse aquelas palavras. Mas mais vale começar pelo princípio, que neste caso é o fim.»

Opinião: Marina marca a minha estreia como leitora de Carlos Ruiz Zafón e ele chegou às minhas prateleiras para ficar. Sabia que ele tinha imenso sucesso e livros bastante consagrados, mas nunca pensei vir a gostar tanto da sua escrita e da história que ele conta em Marina.

Sendo o primeiro livro escrito pelo autor, que só passados tantos anos consegue uma edição decente, este situa-nos numa Barcelona de 1980 através dos olhos de Óscar Drai, um rapaz que vive num internato da cidade e cuja vida está repleta de solidão. Sempre que pode escapa-se das muralhas do internato e explora cada canto da cidade. É numa dessas viagens que ele conhece Marina e é aí que a história realmente começa.

Num dos passeios que os dois personagens dão, deparam-se com uma mulher misteriosa, sempre de rosto coberto, que visita uma campa sem qualquer inscrição e a partir desse momento os seus dias nunca mais serão os mesmos.

A história é cheia de surrealismo, terror, drama, amor, tragédia e até morte, mas que provocam um fascínio enorme no leitor. Vai sendo um desenterrar de passados que nunca deveriam ter sido trazidos para o presente e uma luta desenfreada e impossível contra a inevitabilidade da morte.

A escrita de Carlos Ruiz Zafón é muito intensa, consegue tocar no leitor e nunca deixá-lo indiferente ao que se está a passar. A obra não é muito extensa, não chega a 300 páginas, e os capitulos parecem ter o tamanho ideal para fazer com que a leitura chegue a ser compulsiva. Gostei mesmo muito deste autor e só espero poder ler mais livros seus brevemente. Muito Bom.

Marina - www.wook.pt

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4 Comentários
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Unknown
Unknown
13 anos atrás

É a tua estreia com o autor, não sabia! Não posso falar sobre o Marina, a não ser que o quero mesmo ler, mas os outros 2 livros são absolutamente fantásticos. Já escrevi opinião sobre ambos. 🙂

Morrighan
Morrighan
13 anos atrás

Tenho de ir espreitar, Filipa! :)) A Sombra do Vento é o que tenho mais curiosidade de ler. Há alguma sequência nos livros dele?

Beijoca

Rita
Rita
13 anos atrás

Ainda só li "A sombra do vento" deste escritor, mas fiquei arrebatada. As suas estórias são fantásticas e tem uma escrita sublime. Mal vejo a hora de poder ler os seguintes volumes. 🙂

Em relação à questão que colocaste à Filipa, não existe sequência… Ouvi dizer que o "Jogo do Anjo" é com os avós da personagem principal do "A sombra do vento", mas penso que não tem mal ler por outra sequência, até porque o "A sombra do vento" foi o primeiro livro publicado. 🙂

Espero ter ajudado. Beijinhos.

Morrighan
Morrighan
13 anos atrás

Olá Rita,

Muito obrigada pela tua opinião. QUero muito ler esses dois livros.

Esclareceste a minha dúvida sim!

Beijoca e volta sempre 🙂

  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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