Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.
O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.
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Um apontamento muito interessante, embora lamentável pelo que perdemos! É como aprender a escrever de novo..
Olá de novo, Sofia e restante comunidade.
Apesar de ainda não ter estudado o Acordo Ortográfico, já vou formulando uma opinião muito minha, sem fundamento científico, talvez até sentimental.
Começo por partilhar que não me sinto revoltado contra o Acordo Ortográfico e as mudanças na nossa ortografia. Sou licenciado em Tradução e Interpretação e ao longo dos estudos fui-me apercebendo que NENHUMA língua é estanque e imutável. É, pelo contrário, uma entidade viva, orgânica, flexível e mutável, como a Vida. O próprio Português tal como o conhecemos hoje já sofreu inúmeras alterações e com certeza as pessoas também não gostaram quando se mudou de "ph" para "f" ou quando vieram uns Romanos e disseram que nós, quem quer que fôssemos esses "nós", agora iríamos falar Latim.
A Língua evolui sempre para a simplificação e parece-me super natural que passemos a escrever "ótimo" visto que ninguém diz "óptimo". Os espanhóis, franceses e alemães, sim, pronunciam essa consoante. Nós, não.
Não partilho do sentimento patriótico de o Português é que é bom, especial, heróico, antigo, aventureiro e que se deve manter a língua tal ela era falada há 200 ou 300 anos. Nós também mudámos muitos hábitos desde essa altura – porque não adaptar a língua também?
Todas as línguas derivam umas das outras, especialmente a partir do momento em que as culturas se cruzam e contactam umas com as outras. Muito do nosso léxico é oriundo do Grego, Latim, Celta e Árabe. Pode-se então defender com unhas e dentes uma Língua Portuguesa ou, arrisco, qualquer língua, sendo que todas são construídas a partir de todas? Não será mais importante aqui comunicar do que propriamente o patriotismo? está bem, há uma riqueza cultural e diversidade que é boa de preservar. Eu também gosto. Mas será possível proteger uma língua, cultura, ser humano da contínua evolução, imparável pelas suas trocas principalmente hoje na aldeia global)? Será que vale a pena o esforço? A troco de quê, de dizermos que temos uma língua só nossa, cheia de consoantes que já nem lemos e não entendemos a sua função mas que são bonitas de preservar? Será esta polémica do Acordo Ortográfico uma questão verdadeiramente relevante ou mais uma questão de orgulho e patriotismo? Arrisco uma comparação talvez ridícula: é como quando joga a selecção nacional de futebol e toda a gente apoia e chora e é a maior do mundo. Mas quando perde já não vale nada.
E quem é que procura, no seu quotidiano, empregar um Português rico, variado e fluído? Cada vez oiço mais os "tipo isto, tipo aquilo", "bue da não sei quê"… Nada contra o léxico que vem de outras etnias, bem pelo contrário, mas será que muitos de nós que andamos a falar mal do Acordo e dos brasileiros e que defendemos o nosso "grande e glorioso" Português, no nosso quotidiano, estamos bem nas tintas para o que dizemos e como dizemos?
Reflicto no assunto. E repito que não tenho conhecimento de causa do Acordo. Não o estudei ainda. Acredito que haja algumas aberrações por lá. Acredito que isto tudo tenha sido pensado para favorecer as trocas comerciais. Mas não andamos todos a aprender Línguas nas escolas para favorecer trocas comerciais? Não andámos nós nos Descobrimentos a aprender Línguas para trocas comerciais?
Reflicto.
Abraço a todos e votos de um bom campeonato, Sofia. Adoro ver mulheres com gostos tão diferentes como basquetebol, literatura, engenharia informática, druidismo,…
Olá Gabriel!
Muito obrigada pela tua partilha neste comentário 🙂 Tens razão na maioria do que dizes, mas no entanto acho que o maior sentimento de revolta que existe é por parecer que estamos a adaptar o nosso português ao do brasil, quando no máximo talvez devesse ser ao contrário.
Mais uma vez, obrigada pelo teu comentário.
Abraço,
Sofia