Tenho-te entre as minhas mãos e deixo-te fugir,
A incerteza imensa de perder-te ao encontrar-te,
Enquanto dormes no meu triste sonho.
Ficarei em silêncio acariciando os teus medos,
E roubarei os beijos que me recusas,
Olho para ti e vejo no teu rosto mil semblantes,
Vejo sonhos perdidos, olvidados e inexistestes,
Oiço palavras que ferem, sorrisos que curam,
Sinto frio na minha alma feita em pedaços,
Tenho vontade de chorar, mas não posso.
A chuva oculta as minhas lágrimas,
A obscuridade a minha agonia.
A tristeza a minha última companhia,
Vem Kali, vem cobrir-me com o teu fúnebre manto,
Apaga-me estes dolorosos pensamentos,
Que me levam por labirintos sem saída,
Acalma esta inquietação,
Um segundo, só um, e tudo terminará.
Porém continuo eternamente aqui, esquecido por ti.
Carlos Coelho em Palavras Nossas (Esfera do Caos, 2011 p.100)
Fiquei emocionado quando vi o meu poema publicado no Blogue Morrighan, obrigado pela divulgação deste pseudo poeta que sou eu, é um orgulho te-lo publicado no neste blogue.
Abraço
Gostei muito deste poema. Parabéns 🙂
Que maravilha este poema! Lindo!