O Baile dos Deuses (Trilogia do Círculo #2)
Nora Roberts
Editora: Saída de Emergência
Chancela: Chá das Cinco
Sinopse: Uma batalha entre as forças do bem e do mal está prestes a começar.
De um lado Lilith, a vampira mais poderosa do mundo. Do outro, a deusa Morrigan, que tudo fará para a travar com o seu círculo…
Tendo crescido numa família de caçadores de demónios, Blair Murphy tem os seus próprios demónios pessoais com que lidar – o pai treinou-a, mas depois abandonou-a, e o noivo afastou-se após descobrir a sua verdadeira identidade.
Agora vê-se na posição de treinar um feiticeiro da Irlanda do século XII, uma bruxa de Nova Iorque, um erudito e um metamorfo da terra mítica de Geall. Para piorar as coisas, tem que se controlar para não ir à caça do sexto membro do círculo, um vampiro criado por Lilith, a rainha dos vampiros que têm de derrotar.
Não sendo mulher para fugir a uma boa luta, Blair encontra um desafio à sua altura no bonito e galante Larkin, o metamorfo.
Mas um desafio ainda maior serão os confrontos com seguidores de Lilith que irão testá-la até ao limite. Conseguirá Blair manter-se viva tempo o suficiente para derrotar o exército de Lilith? Ou irá ceder à única coisa que jurou nunca mais voltar a sentir?
Opinião: Após um início de trilogia promissor em A Cruz de Morrighan, Nora Roberts traz agora até nós a sua fantástica continuação. Se o primeiro livro tinha servido mais como introdução às personagens e aos mundos em questão, O Baile dos Deuses prepara-nos para o derradeiro confronto final.
É essencial que o círculo se prepare para a grande batalha. É preciso treinar, traçar estratégias e fortalecer todo o conhecimento que adquiriram até então. O inimigo está sempre à espreita e eles não podem ser apanhados desprevinidos. Mas até que ponto estas seis pessoas conseguirão aguentar todo o peso que carregam nas costas? A cada tentativa furtiva de conhecer melhor o inimigo e o terreno alheio, alguém acaba sempre seriamente magoado.
No entanto, como em todas as histórias em que o bem combate o mal, haverá sempre uma arma que será mais forte do que todas – o amor. Enquanto no volume anterior a história estava focada em Hoyt e Glenna, neste é-nos apresentado um novo casal, não menos intenso – Blair e Larkin.
Blair é uma mulher de armas, de uma personalidade de ferro e de uma convicção inabalável. Desde muito cedo teve consciência do que a rodeava e, para o combater, treinou de forma incansável sem que nunca lhe fosse dado o devido valor. Abandonada pelo pai e posteriormente por alguém que julgava amar, Blair tornou-se numa mulher fria e determinada a fazer o que tem de ser feito sem se dar ao luxo de sentir fosse o que fosse. Até conhecer Larkin.
Larkin, o metamorfo, é uma personagem extremamente engraçada. Arranja todas as desculpas e mais algumas para não fazer o serviço de cozinha, namorisca aqui e ali e é um autêntico brincalhão. Porém, bastou ver Blair a lutar para se aperceber que ali estava uma mulher diferente de todas as outras, capaz de lhe provocar sensações nunca antes sentidas.
E é debaixo de uma atmosfera cheia de medo e apreensão que mesmo assim o círculo se vai preparando, o amor prosperando e a esperança crescendo. Foi sem dúvida uma obra que tive muito gosto em ler e que me proporcionou umas boas horas de leitura. A escrita da autora sabe como tocar-nos no coração, apesar de por vezes ser bastante previsível no que irá acontecer a seguir. Gostei Muito e aguardo ansiosamente pelo desfecho da história.