A Maldição do Tigre (A Saga do Tigre #1)
Colleen Houck
Editora: Porto Editora
Sinopse: Quando Kelsey Hayes se candidata a um trabalho no circo para ocupar as férias de verão até ao início das aulas na faculdade, está longe de imaginar a aventura em que se verá envolvida. Encarregada de cuidar de Ren, um majestoso tigre branco, sente-se de imediato fascinada pelo animal e não hesita em aceitar o convite para o acompanhar numa viagem até à Índia, rumo à reserva natural a que pertence.
O que Kelsey ainda não sabe é que o tigre a que tanto se afeiçoou é na verdade Alagan Dhiren Rajaram – um príncipe indiano vítima de uma maldição secular – e que ela poderá ser a única pessoa capaz de o ajudar a quebrar o feitiço.
Determinada a devolver a Ren a sua humanidade, Kelsey embarcará numa perigosa aventura por lugares repletos de magia e misticismo. No entanto, as forças do Mal não parecem dispostas a dar-lhes tréguas e os perigos espreitam a cada esquina. Será que a paixão que vai crescendo entre os dois resistirá a todos os obstáculos que lhes vão sendo colocados no caminho?
Opinião: A Maldição do Tigre é um daqueles livros que nos começa por conquistar logo a partir da sinopse. Para quem gosta de romance, fantasia e ainda culturas diferentes à mistura, está perante uma obra que certamente lhe irá agradar.
Kelsey Hayes é uma rapariga órfã, tanto de pai como de mãe, que anda à procura de emprego até começarem as aulas. Quando lhe propõem trabalhar num circo, ela não tem muito como dizer que não e aceita. A partir da madrugada do dia seguinte, a sua vida nunca mais será a mesma. Já instalada no circo, rapidamente se vê fascinada perante o tigre branco. A maior atração do circo, parece ser um animal extremamente inteligente e sensível. Por vezes, quando à noite vai para perto do animal escrever ou simplesmente ler, quase que o sente a observá-la, apesar de este aparentar estar apenas a dormir. Quando a convidam para o acompanhar de volta à Índia, ela não consegue resistir.
Ren, o tigre branco, é o mestre dos saltos no circo. Com uma personalidade bastante própria para um animal, revela comportamentos bastante astutos. Já na Índia, todo este comportamento é explicado de forma bastante simples. Ele transforma-se num humano – o príncipe Alagan Dhiren Rajaram. Tem apenas dezasseis minutos por dia para estar na forma humana e vai tentando explicar a Kelsey toda a sua história.
A forma como a história se desenrola, baseia-se numa teia de intriga bem construída. A curiosidade é aguçada desde o início e o leitor só quer saber como é que tudo vai acabar. Gostei bastante de como a autora foi introduzindo a cultura indiana, encaixando-a de forma bastante harmoniosa. Também todas as dificuldades para quebrar a maldição estão originais, embora pareçam ser sempre ultrapassadas de maneira mais fácil do que seria de esperar.
A escrita da autora é bastante simples, por vezes a roçar o juvenil. Apesar de ter gostado imenso de ler este livro confesso que, em relação a Kesley, tive o sentimento inverso do que senti em relação a Ren e ao seu irmão. Enquanto estes dois me foram conquistando cada vez mais, Kesley, que comecei por gostar, foi-me causando um pouco de nervos por, por vezes, se mostrar tão infantil e insegura. Sendo eu fã de personagens femininas fortes e determinadas, achei que ela começou bastante bem, mas para o fim da obra a autora tornou-a demasiado vulnerável.
Não obstante, é sem dúvida um bom livro de fantasia, com muitas aventuras e provações, cheio de mistério e que deixa tudo em aberto para um próximo volume que vou, certamente, querer ler.