Caros leitores, como deve ser do vosso conhecimento, o blog Morrighan desde muito cedo que apoia declaradamente os autores portugueses. Durante os últimos três anos, tenho-me dedicado a fazer chegar até vós o máximo de autores portugueses possíveis, muitos deles ainda nas sombras do anonimato. Hoje trago de volta as entrevistas ao blog! Esta será a primeira de algumas que estão a ser preparadas no âmbito do aniversário do blog, relembrando assim um pouco o que originou o boom de crescimento que o blog teve em 2010, data de início das entrevistas!
A entrevista que vos trago hoje é um pouco diferente das que possam estar habituados. Hoje quero que conheçam uma pessoa que se dedica a 1001 ofícios, que não pára e que de forma quase despercebida vai contribuindo, e muito!, para o nosso mundo literário. Foi também ela que editou o avatar do blog Morrighan para criar a imagem do seu 4º aniversário e fica aqui, desde já registado, o meu profundo agradecimento.
Conheçam a mulher que agita até o mundo da crítica literária, Ana Ferreira!
Fotografia de Rafaela Ferreira |
– Bem vinda ao Morrighan, Ana! Desde já quero agradecer-te o belíssimo avatar que fizeste para o aniversário do blog! Muito obrigada. Quanto à entrevista propriamente dita, começa por nos falar um pouco sobre ti:
Olá, chamo-me Ana Filipa Ferreira e quando tinha 14 anos quis mudar o meu nome para Adeselna! De forma a não provocar uma AVC aos meus pais, decidi esperar mais uns anos até cometer a tal loucura. Agora que há nomes como Lyonce, acho que Adeselna até fica fashion. Sou conhecida na internet (right) como Ruiva/Adeselna Davies ou a gaja que pagina as revistas todas aka. Escrava da paginação – eu cá prefiro o termo Deusa, mas acho que isso só depois de um papel a entregar às Finanças, onde declaro que pagino 10 revistas por semana. Consegui a proeza de tirar o curso de Línguas, Literaturas e Culturas vertente inglês e alemão. O inglês porque sempre foi uma língua com que me dei bem, o alemão… bem ainda estou a tentar descalçar essa bota. Meti-me num mestrado de ensino, porque sempre achei que as criancinhas deviam de ser torturadas desde pequeninas e nada melhor que uma ruiva sem alma para ensinar os meninos. Estou á espera de um dia poder entrar numa editora, onde terei o meu emprego de sonho: ler e aprovar manuscritos de livros a serem publicados. Torturar criancinhas não é suficiente!
– Sei que estás envolvida em N projectos e cada um mais diferente que o outro. O que é que nos podes revelar acerca deles?
Eu sou uma pessoa que não consegue dizer não! Sempre que alguém me vem pedir ajuda, eu aceito. Isso resulta com que pessoas pensem que eu sou vampira e não durma (todos me perguntam o mesmo: mas tu dormes? Sim, durmo muito bem na minha rica caminha!). Comecei com o projecto da Nanozine, de forma um pouco atabalhoada. Não sabia muito bem o que era o projecto, mas como tinham recebido críticas em relação á revisão e, como sou da área de literatura e línguas decidi ajudar. Eu já antes trabalhava em design por desporto e aos pouco fui-me aproximando bastante dessa parte da Nanozine. Fazer os fundos, combinar partes, fazer a revisão. Mas sabia-me a pouco. Decidi então começar a criar artigos. Comprei revistas literárias, adquiri as BANGs e durante dias só olhava para o design e para os layouts, depois comecei a ver o que havia mais nessas revistas e notei que havia muita diversidade. Tentei passar essa diversidade para a Nanozine. Actualmente estou encarregue das edições especiais. Tenho a edição especial dedicada ao Steampunk, que chegou ao Brasil (hurray!), a edição especial extra Nanozine NaNoWriMo, que contou com a participação fantástica dos NaNoNinjas e estou a preparar a edição especial dedicada à literatura erótica. De futuro espero organizar uma edição sobre peúgas, vegetarianismo e quiçá coelhos!
Participo ainda na International Speculative Fiction, onde tenho o prazer de trabalhar com o Roberto Mendes. A organização é diferente. Tenho um orgulho enorme em trabalhar na mesma equipa com o Paul Di Filippo, Ricardo Loureiro e o Fábio Fernandes. Aqui sinto-me mais uma designer do que na Nanozine. Executo a visão do Roberto e de acordo com os objectivos da revista. A ISF é uma revista online, que publica na maioria autores não-anglo-saxónicos. A composição varia, mas normalmente são três/quatro contos + um artigo por número. O tema é sempre o mesmo género: ficção especulativa.
Colaborei ainda com a Dagon nº2, também a cargo da paginação e estou neste momento a ajudar na paginação da Fénix Fanzine (pelo menos durante dois números), com a coordenação de Marcelina Leandro.
A nível de escrita poderão ler uma coluna minha no primeiro número da Trëma.
Claro que isto é apenas na secção das revistas. Recebo também livros para beta-reader (ok de momento só tenho 3 para ler). Encontro-me neste momento a participar no NaNoWrimo (50 mil palavras, 30 dias) a tentar escrever o meu primeiro livro Steampunk e ainda estou a escrever uns textos para o site Fantasy & Co. Ultimamente estou ainda a escrever o meu primeiro conto conjunto com outro autor também (wannabe), o Renato Lopes, e a tentar arriscar publicação de contos no Brasil.
– Para além de editora, designer, escritora, etc etc etc (não saía daqui!), és também crítica literária. E digo Crítica a sério! Como tem sido divulgar essa tua faceta? Como é que o público no geral recebe as tuas críticas no teu Illusionary pleasure (http://illusionarypleasure.blogspot.pt/)?
Ai Crítica, quem me dera! Eu venero as críticas do Guardian, do Bibliotecário de Babel (livros)ou o Zero Ponctuation (videojogos). Um dia vou começar o meu próprio Youtube Channel onde mando vir com os livros, assim é terror a dobrar!
Sobre a receptividade, julgo que em geral, as pessoas recebem bem (acho eu). Quer dizer, sim já fui insultada, sim já me disseram coisas horríveis, mas hey posso sempre dar-me ao luxo de dizer “Meus amores não gostam, não leiam!”. Mesmo assim recebo imensas mensagens de apoio de leitores e próprios autores ou autores “wannabes” (tipo eu), que me pedem para ler o livro deles e criticar. Esse tipo de feedback é do melhor que posso ter. Primeiro, revela que o meu trabalho é apreciado em geral. Segundo porque sou levada a sério não só em relação a crítica, mas como editora que é algo que gosto muito de fazer. É um prazer ajudar os autores durante o seu processo de escrita ou revisão. Isso e acho que eles têm medo que eu casque depois de publicado, por isso se for apenas um manuscrito não há problema! (True story)
Ao início eu era muito cordial a escrever as críticas. Mesmo que o livro fosse mau, eu era até “simpática”. Com o tempo a paciência desceu e notei que na blogosfera havia esta sensação de: não vou dizer mal para não magoar. Os críticos são umas bestas! São cruéis, sem papas na língua e escrevem bem. É quase impossível ficarmos às vezes indiferentes. Lembro-me que muita gente gostou da crítica que eu fiz das Cinquenta sombras de Grey ou do Soberba Escuridão, onde com uma pitada de humor, irritação e crítica. Já me disseram que um crítico tem de ser neutro, mas a prova está que mesmo os melhores críticos leram as cinquenta sombras e não aguentaram e também ficaram irritados. Por isso se acontece aos melhores, o meu cantinho pequenino também tem direito a momentos de irritação divina e profunda.
– Muitas vezes o papel de um crítico pode ser ingrato. Recebes um livro, lês e constróis um texto com fundamento e racional. Como é que as tuas emoções se encaixam quando constróis uma escrita? Consegues ser sempre imparcial?
Imparcial sou sempre. Pode matar-me por dentro ter de dizer a alguém: olha lamento, mas o teu livro não dá! Mata-me, realmente e acho engraçado que as pessoas pensem que sou cruel só porque sim. Às vezes leio coisas tão más, que julgo impossível não fazer uma piada com o livro. As pessoas também confundem livros com autores. Há autores que eu adoro como pessoa, e fico desiludida quando leio algo deles. Não deixo de gostar menos deles ou de os respeitar menos. Simplesmente escreveram um mau livro e acho que, como gosto deles, preciso de dizer: não dá. Conheço ainda autores que como pessoa acho-os horríveis, mas as suas obras são boas e têm valor. Por isso separo sempre o autor do livro. Acontece também quando dou-me bem com um autor e acabo por adorar o livro! Isso é win-win combination, sinto-me realizada por atingir um nirvana de crítica. Não magoo nem o autor, nem o livro (objecto), nem a mim por não ficar com remorsos.
Em relação às parcerias é uma questão mais delicada e complicada. Comecei por ser bastante selectiva em relação às editoras. Passava horas a visitar os seus catálogos na internet. Quando comecei o blogue era para divulgação de livros menos conhecidos. Lia muitos livros que nem sequer estavam traduzidos para português. Aos poucos fui abrindo o espaço a alguns livros portugueses que comprava na feira do livro, e ultimamente comecei a aderir à moda dos e-books (leio e-books há 2 anos sensivelmente). Claro que cheguei a um ponto em que sabia tanto o que se publicava lá fora, como cá dentro e decidi dar ceder gentilmente o meu espaço às editoras.
Em relação aos livros que peço nas parcerias, sou muito selectiva. Quanto encomendo um livro da Amazon é diferente ou, quando compro um e-book. Compro os livros em inglês para ou experimentar o autor (e o livro é grande menos de 500 páginas), ou porque gostei tanto do autor que quero ter na minha estante para sempre. Já comecei a pensar nos meus filhos e o que lhes vou deixar e à minha irmã.
Sou selectiva especialmente quando sou das primeiras a ler um determinado livro e quero dar 1 estrela no Goodreads. Neste momento estou a ler um livro que me está a dilacerar por dentro. Não tem história nenhuma, a acção é repetitiva e o objectivo final do livro parece-me despropositado. Ora como raios é que vou escrever uma crítica objectiva quando quero atirar o livro contra a parede e dizer: Aprendam a escrever, porra! Respiro fundo, começo a analisar o que tem de bom e mau e depois saco da experiência em Letras para escrever algo aceitável. Acima de tudo honestidade, para com os leitores e autores. Os leitores porque são eles que pagam e adquirem o livro e os livros em Portugal são caros. Por isso acho que como blogger com um espaço acessível a todos, os leitores devem sentir que confiam nas críticas e começar a fazer triagem. Não podemos ler todos os livros e dizer bem de todos os livros. Alguns livros estão bem executados e servem para um público geral, outros são de um género mais selectivo: erótica/ steampunk e é preciso ter isso em conta. As críticas que faço também são para os autores. Não acredito que devemos incitar cegamente autores só porque são portugueses. A nacionalidade não tem nada a ver, nem devia de ser factor de incentivo: leiam este autor porque é português! Os autores têm de saber onde erraram e onde captaram o público, especialmente autores de vanities ou de géneros menos apreciados pelos críticos que não saem em revistas estilo LER ou Público. Esses autores também merecem críticas especializadas, embora não numa revista, mas num blogue online acessível e gratuito a todos.
– Qual o teu género literário preferido e qual o que gostas mais de criticar?
Eu gosto de tudo desde que esteja bem escrito. Desde um livro da Harlequin até ao Nobel da Literatura. Adoro fazer críticas de livros relacionados com gender studies (estudos feministas, literatura gay/lésbica ou mesmo men’s studies). Dá-me um gozo enorme descortinar os simbolismos todos dos livros. Há pessoas que leêm livros para saberem histórias e quando escrevem os textos falam sobre as personagens etc, eu gosto de ler simbolismos. Tento, contudo evitar livros de fantasia portuguesa. Don’t get me wrong, eu adoro fantasia! Contudo julgo que os autores portugueses ainda não entenderam que há fantasia para além de Tolkien para além do paranormal. Numa conferência no Porto, onde o painel era constituído pelos autores João Seixas, João Barreiros e o Luís Filipe Silva onde ambos falavam de uma necessidade de criar uma corrente de fantasia ou FC tipicamente portuguesa. Naquela altura fez-se luz na minha cabeça e, onde anteriormente escrevia só sobre settings ingleses, comecei a adaptar algumas histórias que faziam perfeito sentido em Portugal.
Por isso acho que muitos autores ainda estão presas na high fantasy tolkiana e não conseguem think outsider the box. O que eu quero quando leio um livro de fantasia portuguesa é: surpreendam-me e deixem o Tolkien em paz!
Outro problema são livros de fantasia paranormal português, que acabam por ser livros com worlbuild reduzido, mais cópias de livros que fizeram sucesso lá fora, mete-se cunho de “tuga” e siga para bingo. Para já tenho evitado esses géneros.
– Como é que vês o mundo editorial em Portugal?
Numa palavra? Uma bosta! Estamos a entrar num ciclo vicioso: as pessoas escrevem muito guiadas por casos de sucesso estilo E.L. James, S. Meyer, Dan Brown, J. K. Rowling etc, as editoras recebem imensos manuscritos sem o mínimo de qualidade e revisão, fecham as portas aos autores portugueses, os autores portugueses recorrem a vanities e edições de autor. Muitas dessas edições não têm um mínimo de qualidade: capas pavorosas feitas no MS Paint, revisão atabalhoada ou inexistente e ainda cobram.
O maior problema é que as editoras ficam saturadas deste tipo de manuscritos que lhes é apresentado, que chegam a um ponto em que quase é preciso cunha para publicar. Se me calhassem 500 cópias de Twilight num mês para ler, também começava a perder a paciência. Não sejamos ingénuos, nem toda a gente merece ser publicada, nem todas as pessoas que escrevem são autores. Não vamos escrever um livro a primeira vez e acertar (ok o Kafka FOI uma excepção).
Considero também os livros caros demais. Eu leio em inglês e alemão, emprestam-me muita manga em alemão e livros em inglês é o que não me falta, mas depois perguntam-me: e apoiar o que é português? Eu sou sincera, com um ordenado de 100€ MESMO que comprasse 1 livro por mês português seria um rombo no orçamento. Primeiro porque custam entre 17€ a 20€ e isso para um livro, cujo autor não sei nada é arriscar bastante. As editoras precisam de apostar a sério nos e-books. Mesmo a sério. O que andam a fazer neste momento é brincar. Um e-book a custar 25€ é gozar com a cara dos leitores. Sempre defendi que a literatura devia de ser acessível a todos. Prefiro ver uma mulher no comboio a ler um livro, do que a Maria ou a TvMais. Isso é, contudo, impossível. A Maria custa 50 cêntimos, ao passo que um livro custa 17€, para um país que tem 17% de desempregados é dose. As editoras têm de começar a olhar para os leitores e trata-los bem: ok têm aqui uma versão “de luxo” (sim as edições portuguesas são um luxo, papel branco fantástico, capas grossas XPTO, acabamentos impecáveis), mas também temos uma versão e-book a menos de metade do preço. Assim os leitores podiam ter acesso à leitura de uma forma mais económica.
No outro dia estive a ler no GoodReads uma crítica de uma rapariga, que nem é tradutora, e que postou as calinadas de um livro que custa 19€ e que está pejado de erros de tradução. Erros graves, de uma pessoa que não leu o original e colocou no Google Translator. Ora as pessoas que já se vêm à rasca para lutar com os seus orçamentos, compram estas maravilhas e depois têm acesso a um livro com uma capa bonita, papel fantástico, mas tradução péssima, sem revisão e o mínimo de qualidade.
Claro que gostava de fazer parte deste mundo editorial, até porque antes de me inscrever no mestrado de Ensino, quis seguir Estudos Feministas (no mestrado) e teria formação adicional para trabalhar em editorial. Por isso vontade não me falta em trabalhar em editoras.
– Que projectos, no mundo dos livros, tens em mente para um futuro próximo?
Isto pode parecer muito mau, mas tenho quatro livros no mínimo a serem planeados já aos anos (desde que entrei na faculdade). O problema com eles todos é que requerem pesquisa histórica (vikings, Iraque essas coisas giras) e embora tenha o esqueleto mais ou menos definido, falta estes detalhes. Não envio nada para as editoras até ter o feedback positivo de algumas pessoas com quem conto. Primeiro, porque não quero ser chata para as editoras, depois porque quero ter algo também de novo para os leitores.
A nível de revistas/design vou continuar com as edições especiais da Nanozine. Em Fevereiro de 2013 (se chegarmos lá), sairá a Nanozine erótica.
Por último espero que o blogue cresça mais e ultrapasse as 160 visitas diárias para começar a render o meu mau-humor esporádico. Na revista da Nanozine consigo manter o tom neutro e mais profissional, no blogue de vez em quando a neutralidade passa-me ao lado e entro em “berserk mode”.
– Pergunta da praxe: o que achas do blog Morrighan?
Admiro o esforço que se faz para divulgar autores portugueses. Eu não tenho paciência para me envolver até porque sou honesta e muitas vezes acabo por ter desilusões. O blogue Morrighan apoia e divulga, cede o seu espaço de forma neutra algo que não consigo fazer. Quando tinha menos trabalho costumava ir todos os dias ler até os posts sobre paganismo (por curiosidade, claro). Agora é raro eu visitar, por uma questão de tempo do que vontade.
Quero desde já agradecer à Ana pela sua sinceridade e disposição ao responder a esta entrevista. Confesso que enquanto blogger e opinadora de livros (não me considero uma Crítica), é muito fácil identificar-me com várias coisas que foram aqui ditas. Espero que tenham gostado e como vêem, existe gente muito trabalhadora que, mesmo estando em bastidores, torna possível que muitos projectos se realizem. Parabéns Ana!
Adorei, penso que faz mais falta gente como a Ana, dinâmica, empreendedora, luta por um objectivo.
Parabéns.
Gostei muito desta entrevista, Sofia!
Tenho vindo a mudar a minha percepção e a ideia que tinha da Ana. No início, deparei-me com certas coisas (neste caso, críticas) e fiquei a pensar "que bitch!" mas, após uma profunda e longa introspecção, pus-me a pensar… de facto, as críticas dela tem um fundo de verdade (é óbvio que não concordo a 100%, mas não tenho a formação dela e mesmo que tivesse, as opiniões divergem sempre de pessoa para pessoa) e a forma como ela expõe as suas críticas define-a como ela é: frontal, honesta e com uma pitada de humor (negro)… daquilo que me apercebo, pois não tenho passado muito no blogue dela ultimamente.
E a minha visão tem mudado. Para uma muito mais positiva. Ela até se pode estar a marimbar para isso, mas enquanto leitora e seguidora do blogue dela, E ainda para mais, uma pessoa que mudou a sua perspectiva, preciso de dizer isto. Se é para dizer mal, digo mal, mas quando é para reconhecer que errei, também o faço. Quando uma pessoa lê críticas negativas, seja em trabalhos nossos ou em trabalhos dos outros, a primeira reacção é a defesa e dizer algo do género "mas ela está louca? Não é nada assim, isto está bom, está perfeito…" Pois, sim. Nessa altura, nem sequer colocamos a mão na consciência para vermos se ela tem razão ou não, ou porque diz as coisas que diz. É logo a descascar nela (e comentários haters e coisas assim!!). É a vida…
E pronto, podia ficar aqui a falar, mas tenho trabalhos para fazer e prefiro guardar-me para ir falando aos poucos!
Ana, Parabéns, gostei bastante da entrevista 😉
Sofia, obrigada pela entrevista e parabéns pela iniciativa!
beijinhos**
P.S. estou em falta contigo, Sofia, mas ainda não me esqueci, quero ver se envio na próxima 3f, o mais tardar!
Partilhei uma aventura de dois anos com essa senhora, que é a Ana Ferreira. Só posso subscrever o que diz e expressar o meu desacordo ocasional – da mais brutalmente doce das formas. Parabéns, Ana!
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Boa, Ana! (e Sofia).
Belíssima entrevista.
A Ana (Adeselna/ruiva) Ferreira é uma das pessoas mais dedicadas, disponíveis e multi-facetadas que conheço. Merece muito mais reconhecimento do que aquele que recebe.
Estão de parabéns ambas, entrevistadora e entrevistada,e não apenas pelo inegável mérito com provas dadas, mas também por serem quem são, simples, genuínas e leais. E duas bloggers de excelência.
E quanto à Ana, eu própria coloquei um texto meu para publicação nas mãos dela, e aprendi imenso, e é a minha editora de eleicção, mas isso ela já sabe eheheh [Isabel Alexandra]