Opinião: ‘O Caçador de Sonhos’ (Predadores da Noite #11) de Sherrilyn Kenyon

O Caçador de Sonhos (Predadores da Noite #11)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Condenado pelos deuses a viver para toda a eternidade sem emoções, Arikos apenas consegue sentir através dos sonhos dos outros. Durante milhares de anos vagueou pelo inconsciente humano em busca de sensações. Agora encontrou finalmente uma sonhadora cuja mente vívida é capaz de preencher o seu próprio vazio.

Megeara Kafieri testemunhou a ruína do pai na sua demanda para provar a existência de Atlântida. A promessa da filha, no leito de morte do pai, de resgatar a reputação dele, trouxe-a até à Grécia, onde a jovem tenciona provar que a mítica ilha está no local identificado pelo pai. Em vez disso, Megeara encontra um estranho a flutuar no mar – um estranho cujo rosto reconhece de muitos dos seus sonhos. O que Megeara desconhece é que Arik esconde mais segredos do que aqueles de que ela precisa para encontrar a Atlântida. Arik fez um pacto com Hades: em troca de duas semanas como mortal, ele terá de regressar ao Olimpo com uma alma mortal… a de Megeara.

Opinião: Desde que descobri a autora Sherrilyn Kenyon que fiquei apaixonada pelas suas histórias. A escritora tem a capacidade de colocar numa só obra romance, sensualidade, perigo, suspense, mitologia e imensa acção. As personagens conseguem ser sempre diferentes, de livro para livro, e quanto mais avançamos na saga, mais notável isso se torna. Ao fim de onze obras, a autora ainda consegue acelerar a pulsação do leitor e prendê-lo do início ao fim.

Arikos é o primeiro caçador de sonhos que conhecemos nesta saga. Confinado a vaguear pelos sonhos dos outros seres, humanos/deuses/predadores/etc, vive uma existência vazia e desprovida de emoções. Até que por acaso entra num sonho de Megeara. Tudo naquele sonho eram tão mais vivido, tão mais intenso, que ele não resiste em manifestar-se repetidamente ao longo do tempo no seus sonhos. Sendo um caçador de sonhos erótico, é fácil adivinhar as sensações que procura e que provoca nela.

Megeara quase que espera pela hora de dormir para poder sonhar. Apesar de viver numa luta constante para conseguir cumprir o juramento que fez ao pai, é nos seus sonhos que consegue sentir algum consolo perante a frustração de falhanços repetidos. Quando o homem dos seus sonhos lhe aparece à frente após um resgate mais que estranho no mar, a confusão na sua cabeça instala-se e a desconfiança é o sentimento na ordem do dia.

Sendo um Skotos, Arikos nunca poderia ter sentimentos humanos. A troca que faz com um dos deuses mais voláteis do panteão grego é precipitada e até inconsciente. Quando este começa a experienciar o que é ser humano, não tarda a dar conta do grande erro que cometeu. O que antes eram apenas sensações prazerosas, rapidamente se tornam em algo mais forte, algo que lhe aperta o peito, acelera a pulsação e provoca pânico, em amor.

Também o chamamento de Apollymi para ser libertada interfere na trama. O panteão grego treme e são precisas intervenções de outros seres para que se certifiquem de que a Atlântida permanece onde está. Porém, é graças à ligação que Apollymi mantém com Megeara, que uma possível solução para o problema de Arikos e Megeara será explorada.

Uma escrita apaixonada, personagens fortes e uma trama irresistível. O Caçador de Sonhos é daqueles livros da série que para além da história principal levantam muitas questões sobre outros personagens que já conhecemos e ainda desperta a curiosidade sobre outros que ainda desconhecemos. Mal posso esperar por ler o próximo. Para mim, Sherrilyn Kenyon continua a ser a rainha do sobrenatural.

Sherrilyn Kenyon - www.wook.pt

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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