“A noção de livre arbítrio poderia fazer sentido se, quando fazes alguma escolha, sentisses que realmente és tu quem tem o controlo. Porém, quantas vezes te sentiste obrigado a percorrer caminhos como se algo tão efémero como a noção de destino existisse? Tiveste sequer algum poder de escolha nalgum segundo? Olhas para ti, os teus pés caminham sobre solo escorregadio, não tens a certeza do que fazes, mas ainda assim convences-te de que a escolha é tua. No fundo, sabes que há coisas que têm de ser feitas, independentemente de seres tu que as escolhes ou de elas te escolherem a ti. Um dos riscos, e oh! que delicioso risco, é encontrares o que nunca procuraste; passares numa encruzilhada que te acolhe e te mostra que por vezes não pensar demasiado pode ser a tua salvação. O poder do desconhecido, os riscos aleatórios, podem muito bem ser aquilo de que realmente precisas para seguir em frente. Quereremos mesmo ser os responsáveis por todas as escolhas que fazemos? Sermos os detentores máximos do livre arbítrio? Ou deveremos deixar que pura e simplesmente a vida nos surpreenda? Confesso que me sinto tentada, muitas vezes, a optar por esta última hipótese.”
Morrighan
Por vezes o melhor é mesmo ir atrás do desconhecido, descobrir o que podemos ganhar com isso e a forma como isso nos pode fazer levantar da cama todos os dias com um novo ânimo e um enorme sorriso. Um dia podemos chegar à conclusão que o que era desconhecido faz agora parte do que nos preenche como pessoas. Um dia fui atrás do desconhecido e hoje está casado comigo 😛
Cláudia, assim vale a pena! Eu estou neste momento ando ao sabor da maré, curiosa em relação a tudo o que me possa surpreender, mas sem apressar ou provocar.
Quem sabe um dia não choco com o desconhecido e também acabo casada :b