“As contradições inerentes à condição do que é ser-se humano, podem levar-nos à loucura. Há vezes em que desejamos algo com todas as nossas forças que sabemos não podermos ter. Este desejo, pode tomar a forma de um amante que nos negou, de um ente que morreu, de um projecto que falhou, de uma ambição que nunca se realizou ou outro do género. Tentamos contrariar estas condições, seja ao fazermos de tudo, ao ponto de nos humilharmos para recuperarmos o controlo, seja pela reclusão e/ou não aceitação, ou então porque pura e simplesmente não nos queremos sentir inferiores, rejeitados ou apenas sós. As consequências destas tentativas de contrariar a corrente que a vida quer tomar, podem ser fatais para a pessoa em causa. Lutar sim, sempre, com todas as forças, mas saber quando parar é tão inteligente como não desistir. Aquando de um evento que nos proporciona sentimentos ambíguos ou que batem de frente com o que acreditamos ser o melhor, devemos parar, reflectir sobre até que ponto é mesmo esse o caminho a tomar e só depois seguir então de consciência tranquila. Costumam dizer que quando uma porta se fecha, há outra que se abre e sem dúvida que mais cedo ou mais tarde somos testemunhas de tal. Basta estarmos dispostos a largar todos os conceitos que temos, a aceitar o que a vida nos dá (não confundir com conformismo ou displicência, mas sim saber apenas quando deixar de nos auto-mutilarmos por algo) e com isso aprender a dar valor às pequenas coisas. Muitas vezes ignoramos pequenos gestos, palavras que nos parecem sussurradas e inúteis sem nos darmos conta que muitas vezes são esses mesmos gestos e palavras que no fundo nos dão força para seguir em frente. A vida é feita de pormenores e é neles que residem as grandes descobertas. Atentem-nos e verão que serão muito mais felizes.“
Morrighan 7/09/2013 – 16h07
É por isso que digo, eu sou feliz mesmo aparentemente não tendo razões para o ser. Não tenho dinheiro, não consigo arranjar emprego, não tenho um amor na minha vida, não tenho filhos, não tenho muita coisa, mas mesmo assim continuo bem disposto, um dia pode ser que alguma coisa mude, ou pode não acontecer até, mas não vale a pena andar desanimado, triste, sem vontade de fazer nada, porque aí sim é que nada vai mudar. Ser feliz é conseguir mesmo na calamidade, na catastrofe da vida, conseguir encontrar algo bom todos os dias, como exemplo, os amigos 🙂
Obrigada pelo comentário, Paulo 🙂 É isso mesmo!
Porque a felicidade não é apenas aquela palavra que toda a gente grita por aí aos quatro cantos que o mundo traz.
Por vezes é necessário relembrar aqueles velhos ditos que sempre se ouve: "Nem 8 nem 80". É necessário construir-se cada passo, mas para isso precisamos de chão onde pisar ^^
O desprendimento de bens materiais e emoções que nos tornam dependentes do corpo é o segredo para ser feliz. Possuir paz interior. Tudo fica mais belo.
Mas falar é fácil. Obter essa paz é um caminho que pode ser muito longo…
Sofia e Transcendente, muito obrigada pelos vossos comentários :))
Por vezes não posso responder logo e depois esqueço-me, não me levem a mal, é de andar mais casadinha.
Sem dúvida que os caminhos são longos e o equilíbrio difícil de conquistar, ainda assim penso que no fim vale a pena.
Um grande beijinho