Há algum tempo que já vinha a anunciar por aqui que os You Can’t Win, Charlie Brown (cuja entrevista pode ser lida aqui) iriam estar durante três dias, em temporada, no Musicbox Lisboa. Três concertos diferentes celebrando diferentes fases da banda começando pelo Chromatic, atravessando o Diffraction/Refraction e por fim, no último dia, a pista é que irão tocar de tudo um pouco, revisitando temas antigos, algumas covers e quem sabe mais alguma surpresa.
Na noite passada deu-se então a inauguração da temporada desta que é, na minha opinião, uma das melhores bandas de Portugal e arredores. Com uma simpatia e disposição de nos colocar automaticamente um sorriso nos lábios, ficou claro, desde o início do concerto, que algo de especial estava a tomar forma e a ansiedade e expectativa notava-se nas caras dos fãs ali presentes.
A promessa de tocar o álbum Chromatic na sua totalidade foi praticamente cumprida, num palco que pareceu minúsculo perante a enormidade da energia e da música. Foi um concerto com bastantes momentos de interacção em que a banda ia provocando o público ou até mesmo uns aos outros entre si. Houve espaço para em tom de graça partilharem connosco porque é que algumas músicas nunca tinham sido tocadas (dada a sua dificuldade, mas que na prática ninguém deu conta de dificuldade alguma), para o David ter uma lesão num ombro por andar sempre a passar as guitarras aos colegas e ainda para o Afonso e o Luís se sentarem no chão enquanto o resto da banda assumia o controlo da música.
Sendo o Chromatic, já lançado em 2011, um álbum relativamente pequeno e com um público tão ávido e sedento de mais, a banda fez a gentileza de não demorar muito a regressar ao palco e a dar-nos um pouco do que nos espera hoje no concerto dedicado a Diffraction/Refraction.
Admiro imenso a postura, o ritmo, a familiaridade que toda a banda consegue ter em palco. A cumplicidade é mais que muita, a música é sentida intensamente e isso passa para quem os ouve. Só posso agradecer ao Musicbox por me ter proporcionado esta oportunidade, não só de os ver e ouvir, mas também de os fotografar (mesmo que em modo amador), de estar mais perto.
Estarei igualmente presente nos próximos dois dias e a certeza de que cada um terá a sua identidade é um facto. Estes rapazes sabem o que fazem e sabem fazê-lo como ninguém.
O álbum com algumas das fotos que tirei encontram-se aqui:
Post by Sofia Teixeira.