“Seria fácil deixar tudo para trás como se nada sentissemos, se nada despertasse em nós a vontade de ficar e de arriscar. O cansaço chega, a alma implora, mas decidimos ignorar o espírito inquieto, os gritos do corpo exausto.
Alimentamo-nos através de esperança, esperança essa que muitas vezes é apenas engenarmo-nos a nós mesmos, o reflexo de ilusões que nos fortalecem temporariamente.
É uma dança na luta contra o tempo em que acabamos de cara no chão, derrotados, pois o tempo não para, mas as ilusões continuam e, enquanto persistem, sobrevivemos em vez de vivermos.”
Morrighan – 01/02/2014 (escrito durante uma viagem entre Ovar e o Porto)