Fotografia por Ricardo Graça |
Uma das coisas boas de se ter um blogue em que se fala de música é que rapidamente descobrimos novos projectos. Alguns acabados de nascer, outros já com alguns anos, mas mais tarde ou mais cedo, o que tem qualidade acaba por prevalecer e emergir. Born a Lion é uma banda da Marinha Grande que conta já com um terceiro álbum intitulado “III”. Descobri-os há uns meses, através da Omnichord Records, e com a chegada do Reverence Festival Valada, acho que faz todo o sentido mencioná-los e mostrar-vos a sua música. Para mim, e comparando com o restante panorama nacional, o som dos Born a Lion é do mais puro Rock feito em Portugal. Influências à parte, é inegável todo o ambiente clássico do rock&roll onde a guitarra e o baixo não se preocupam com paninhos quentes e, ao contrário do que é habitual, é na bateria que o poder vocal é assumido. Sem querer menosprezar o rock que é feito em Portugal, uma primeira audição ao III, sem se saber a origem da banda, poderia levar qualquer um a duvidar dessa nacionalidade. Um motivo de orgulho termos uma banda assim e a próxima oportunidade para os verem ao vivo é já na Sexta-feira, às 15h20, no Reverence Festival Valada.
“III” marca o regresso dos Born A Lion
Dizem que à terceira é de vez.
Dizem que o Rock a sério não é para meninos.
Dizem que há já muito tempo que o Rock feito em Portugal precisava de uma “chapada” destas.
Dizem ainda que o Chris Common depois de acabar o disco da Chelsea Wolfe pegou neste dos Born A Lion e para chegar ao som que queria o passou em fita numa máquina onde já tinha feito um disco de Ministry.
Dizem que a Omnichord Records, a Raging Planet e a Levemusic juntaram esforços para um rebento que vai fazer corar de inveja muitos discos que pensam que são Rock.
Os Born A Lion estão aí para mostrar que o Rock a sério não se vai fazendo.
Ou nasce com quem o faz ou não.
III é para se ouvir alto.
Ao vivo os amplificadores são reis.
É isto.
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