A Ascensão do Nove
Pittacus Lore
Editora: Editorial Presença
Colecção: Noites Claras #21
Sinopse: Neste terceiro volume da série juvenil iniciada com o título Sou o Número Quatro, a história é retomada a partir do ponto em que termina O Poder de Seis. Das nove crianças que conseguiram escapar à destruição do seu planeta de origem, Lorien, pelos cruéis Mogadorianos restam apenas seis. Estas crianças são os Garde, que se refugiaram na Terra em diversos continentes. À medida que crescem e desenvolvem poderes especiais, ou Legados, vão sendo preparados para um confronto final com os seus inimigos. Para conseguirem salvar o seu mundo e o nosso, têm de se reunir porque só juntos são suficientemente poderosos para enfrentar os seus inimigos. Mas entretanto, mais uma menina conseguiu escapar de Lorien…
Opinião: A minha aventura no universo de Pittacus Lore iniciou-se há mais de dois anos. Na altura, li de uma assentada só os dois primeiros volumes – Sou o Número Quatro e O Poder de Seis – rendendo-me assim à narrativa simples, mas apaixonada, do autor. Com a memória um pouco enferrujada, foi agradável voltar a descobrir o estilo intercalado do desenrolar da história, pertencendo cada capítulo a um protagonista diferente, sendo que cada um tem o seu tipo de letra e sendo também assim que os distinguimos. O poder dos Mogadorianos está cada vez mais estabelecido na Terra e, agora que o grupo se separou para encontrarem novos Garde, as dificuldade e temeridades ganham nova dimensão.
Este Ascensão do Nove, mostra uma maior maturidade da história em relação aos volumes anteriores. Apesar de ser uma série juvenil, é evidente o crescimento das personagens que a compõem e, como é próprio deste tipo de obras, as demandas e as lições têm um papel de destaque. Existe uma evolução na ligação entre as personagens que faz com que também o leitor se sinta cada vez mais absorvido por cada personalidade. Sendo cada um único à sua maneira, com diferentes Legados e diferentes sensibilidades, penso que terá havido aqui uma certa preocupação em maturar cada um dos carácteres.
Não tendo uma velocidade de acontecimentos tão vertiginosa, como talvez os dois anteriores tiveram, neste livro podemos encontrar novos desafios, novas intrigas e ainda alguns desfechos dolorosos. Foi bom saber mais sobe o Nove e a Dez – a nossa pequena que conseguiu chegar à Terra através de uma segunda nave saída de Lorien. Foi excelente acompanhar o Quatro e o Nove, a cada capítulo de confronto uma nova empatia e ver a Seis a sentir-se quase como uma mãe, responsável por manter todos a salvo. O Oito foi uma boa adição ao enredo, trazendo consigo novos fascínios, mas também incertezas.
Também a imprevisibilidade de algumas manifestações ajudou a criar um bom suspense e a leitura deu-se de forma bastante rápida e fluída. É sempre complicado falar de livros que estão entre o início e o fim de uma série, mas uma coisa posso afirmar com toda a certeza, vou continuar a seguir Pittacus Lore e o que ainda estiver por ser publicados sobre os nossos Lorienos preferidos. Se têm algum parente jovem que nem por isso gosta de ler, experimentem oferecer-lhe estas aventuras.