GAZELLE TWIN está de regresso a Portugal para apresentar “Unflesh”, o digno sucessor de “The Entire City” e “Mammal”. Um longa duração marcado pela imagética de Cronenberg, que nos volta a introduzir ao universo pop-industrial de Elizabeth Bernholz.
Os concertos em solo nacional passam pelo Maus Hábitos, no Porto, a 29 de Abril, e pelo Musicbox, em Lisboa, a 30. Os bilhetes já se encontram à venda online e locais habituais.
29 ABRIL | PORTO | MAUS HÁBITOS
22H00 . GAZELLE TWIN + ATILLA . €10
30 ABRIL | LISBOA | MUSICBOX
23H00 . GAZELLE TWIN . €8
A costa portuária de Brighton, no Reino Unido, não nos trouxe apenas ganhos marítimos. É de lá que origina um animal selvagem chamado GAZELLE TWIN, o projecto de Elizabeth Bernholz, que tem vindo a abalar a crítica internacional.
Gazelle Twin brinca com a eterna dualidade corpo e mente, extrapolando-a e elevando-a a novos padrões. Ao mesmo tempo em que o seu som nos perturba e mexe connosco, há algo de libertário nas suas letras sobre o quotidiano, pelejadas por temas actuáis e tão díspares quanto a eutanásia, a colonização ou o aborto. De facto, a sua abordagem é, simultaneamente, conceptual e jovem, tanto que ‘Unflesh’ (2014, AGMR), o seu segundo disco, foi considerado o melhor lançamento do ano pela The Quietus.
Bernholz tem garra, arrisca e torna-se na voz da juventude dos dias de hoje. Para ela, o corpo é importante e uma impressão digital do seu trabalho, ou não tivesse sido Elizabeth estudante de medicina. Ouçam-se “Guts” ou “Anti-Body”, por exempo – estão lá as ignonímias passadas por todos nós no passado, as manchas negras dos braços e da alma, tudo misturado cirúrgica e sinergeticamente com as distopias do ‘hoje’. Acima de tudo, ‘Unflesh’ é uma visão refrescante, super bem balançada entre a spoken work, a pop, a electrónica e, claro, os beats industriais (bem à escola britânica dos Throbbing Gristle). A não perder ao vivo, pela primeira vez em Portugal.