21h00 no El Corte Inglês e eis que os reconhecimentos começam! Ora chega a Fernanda, ora a Márcia, ora as Cristinas e a Vera, e eis que os sorrisos se expandem e a pergunta do dia se vai fazendo “leste o livro?”. Ora, pois claro que no meu caso li. Estávamos em 2013 e eu louca pelos livros do John Green por causa do A Culpa é das Estrelas. Cidades de Papel, editado pela Editorial Presença, desde então já mudou de cara, de colecção, levou agora uma imagem extra por causa do filme, mas quando eu li era ainda um pequeno livro da colecção Noites Claras e a capa, a meu ver, era lindíssima. Podem ver aqui.
No que toca aos romances de John Green, ou se deixa A Culpa é das Estrelas para o fim, ou se o lemos ao início todos os seus outros escritos vão parecer menores. Claro que isto é relativo e é a minha opinião, mas vejamos: eu li A Culpa é das Estrelas porque me cruzei primeiro com o À Procura de Alaska e fiquei… Uaaaauuuu! Este homem sabe como mexer com a cabeça do leitor e sabe como expressar demasiado bem certas emoções. Obviamente que o das estrelinhas acabou por ultrapassar também esse de forma considerável.
Cidades de Papel foi então o terceiro livro que li de John Green e eis que se confirma que a nível de intensidade emocional nada tem a ver com os outros dois. É na mesma com adolescentes, aborda na mesma toda aquela sensação vertiginosa do primeiro amor, da inocência e da sua perda, mas… Bem, nenhum livro pode, ou deve, ser igual ao outro. No entanto, eu gostei do mesmo. Existe qualquer coisa na escrita de Green e na forma como espelha a ansiedade, as inseguranças e o querer acreditar em algo que muito provavelmente é impossível, que causa uma espécie de vício.
Em relação às adaptações cinematográficas, já sabemos que normalmente o livro supera sempre o filme, mas com A Culpa é das Estrelas a coisa manteve-se justa e o filme está bastante fiel. Chegou então a vez de ver como é que Cidades de Papel se iria sair. Na verdade, pelo estilo de livro que é, tinha tudo para dar um bom filme e assim foi. Após receber, amavelmente, o convite da Editorial Presença para a Ante-Estreia lá fui, mais umas quantas bloguers, e o filme tanto deu para rir como para ter um ou outro momento mais morto, e ainda (quase) largar uma lagrimazinha no fim (mas eu sou uma mariquinhas, com tendência para me compadecer dos corações partidos).
Na verdade, esta versão na 7ª Arte acaba por mostrar o essencial do livro, sendo que os diálogos e as personagens estão muito bem espelhadas, mas onde o fim levou uma reviravolta que a meu ver em nada prejudicou quem já conhecia a história. Se no livro ficamos em suspenso, com sabor a pouco, na tela temos direito a um desfecho mais concreto. Ri-me imenso, estes filmes para adolescentes com os actores certos conseguem sempre arrancar de mim umas boas gargalhadas. Mas não é uma comédia, desenganem-se, como podem ter lido pela opinião, é antes um abrir olhos.
No final, enquanto eu falo mal da Margot e constatamos as diferenças entre o livro e o filme, lá chegamos ao átrio e a despedida tem que acontecer. Na brincadeira disse que foi o “encontro das comadres”, sempre tão bem dispostas e prontas a discutir livros! Fica a recordação da fotografia no início do post e deixo também esta, com a Joana Gonzalez do Histórias de Elphaba, com quem jantei e mantenho uma amizade, graças à blogosfera, há uns bons anos. Não é que ela mereça, é uma peste, mas pronto, recordar é viver! Ahahah!
Quero deixar um mega agradecimento à Editorial Presença por ter proporcionado não só a oportunidade de ver o filme, que estreia hoje!, como também de encontrar este pessoal que normalmente só em Feiras do Livro e afins é que acaba por acontecer.
Abreijos a todos e até breve!
Ainda não li o livro mas tenho bastante curiosidade, assim como para ver o filme!
Foi um um final de tarde/noite 5 estrelas. Tens é de rever as tuas companhias, isso é bruxedo que para aí vai … até mete medo ^.^ <3
Anira, força para ambos :)) Eheheh
Ahahah, oh Elphaba, deixemos as bruxarias de lado! AHahah