… os Bússola e os meus queridos Les Crazy Coconuts! Dose dupla de talentos Leiria Calling, FNAC, etc. etc. porque realmente talento e diferença é coisa que não lhes falta. Ambos lançam discos homónimos este mês. Os Bússola o primeiro EP, os Les Crazy Coconuts o primeiro LP. Se os primeiros nos fazem navegar por sonoridades que tocam o Folk, melancólicas, sentidas, mas também apaixonadas, os Coconuts lançaram-se numa viagem entre o rock, a dança, a electrónica e muito mais. Brevemente falarei mais sobre cada um dos discos, mas entretanto, e para vos abrir o apetite da curiosidade, deixo-vos as descrições oficiais dos lançamentos:
BÚSSOLA
“folk luxuriant, mélancolie dans le cœur”
Les Inrocks (fr)
“Dal sempre più sorprendente Portogallo, Bussola. Venite con noi. … E invecce è il Portogallo a donarci questa band extremamente interessante: melodie melanconiche e profonde, che al tempo stesso non lasciano mai veramente spazio alla tristezza (senza ©), come nella splendida Come Home, splendida colonna sonora per un tramonto invernale pieno di speranza”
Triste (it)
“Come Home” soa como um épico irlandês, daqueles que se encontram no fundo dos copos de Guinness. De asas abertas entre o bar da esquina e um imenso vale de esperança, a resgatar palavras perdidas com a promessa de amor eterno”
Preguiça Magazine
Este primeiro registo, composto por cinco temas, apresenta um mapa de amores e dissabores passados onde o registo intimista marca o norte desta Bússola.
Num universo folk, com alma de voz e na guitarra acústica e corpo feito com arranjos de acordeão, contrabaixo, bateria e guitarra eléctrica, os Bússola estreiam-se no outono com músicas que parecem cruzar o verão com o inverno.
Pedro Santo, compositor de bandas sonoras de video jogos, já acumulava aventuras desde o rock à electrónica, mas surge agora como voz de Bússola. Com outros quatro elementos que integram formações que vão da Orquestra de Jazz de Leiria aos Dapunksportif, passando pelos Few Fingers, apresentam agora o seu primeiro EP, com perspectivas de um LP para o final de 2016, para o qual já têm bastante material composto.
Juntaram-se os cinco e começaram a ensaiar como quem recomeça a jogar à bola. Primeiro uma e depois duas vezes por semana. Os temas iam saindo e gravaram “Come Home” em 2014, o primeiro single da banda, para a compilação “Leiria Calling”, que lhes valeu de imediato a eleição para Novos Talentos Fnac e várias menções e elogios aqui e além-fronteiras.
LES CRAZY COCONUTS
No campismo de Paredes de Coura dois amigos decidem que vão fazer uma banda. Ela faz sapateado, ele toca bateria. Não fazia grande sentido e faltava ali qualquer coisa. Convidam um terceiro que canta e toca guitarra e teclas. Estão três que foi a conta que deus fez.
A ideia inicial era fazer uma banda que fizesse canções sem preocupação de estilos. Até podia haver kuduro progressivo ou metal com ferrinhos, se soasse bem. Depois da estreia na compilação “Leiria Calling”, de serem considerados a melhor banda nacional do Festival Termómetro, de estarem na final do concurso Nacional de Bandas da Antena 3 e de terem
rodado por palcos como o NOS ALIVE, Paredes de Coura, o Indie Music Fest ou o espanhol Monkey Week, estreiam-se num disco que é uma viagem sonora (sem pausas) como se fosse uma homenagem ao conceito de programa de rádio de autor.
Se recuarmos às décadas de trinta e quarenta dos Estados Unidos podemos constatar que foram os anos dourados, tanto do sapateado como da rádio, e se há coisa que os Les Crazy Coconuts gostam é de descobrir música nova. Apesar do sapateado ter um impacto sobretudo visual (veja-se um concerto), aqui o trio tenta explorar o conceito de canção e de ritmos, aliando o sapateado a vários géneros musicais, construindo um disco que parece mais uma viagem e menos um conjunto de canções avulsas.
Os Les Crazy Coconuts são Gil Jerónimo, Adriana Jaulino e Tiago Domingues e estão muito satisfeitos com o resultado.
Dia 3 de Outubro fazem a pré-apresentação no festival “Há Música na Cidade” (evento gratuito que junta dezenas de bandas em vários palcos espalhados pelo centro histórico da cidade de Leiria).
Relembro que uma primeira entrevista já foi feita aos Les Crazy Coconuts e podem lê-la aqui: http://www.branmorrighan.com/2014/08/entrevista-aos-les-crazy-coconuts-banda.html