Já conheço o trabalho do Guilherme há algum tempo, mas só recentemente tive a oportunidade de falar melhor com ele. Juro que não fiz de propósito, mas a verdade é que também foi hoje que saiu o seu novo disco – ainda estou para publicar um artigo sobre o mesmo – enquanto Grutera. Provavelmente o nome é-vos familiar e as previsões são que o venha a ser cada vez mais. Dia 14 de Novembro há apresentação na Casa Independente e espero poder estar presente, ainda não tive oportunidade de o ver ao vivo. Correndo o risco de repetir informação, para quem não conhece o Guilherme e o seu trabalho enquanto Grutera, no final do post deixo informações sobre o seu novo disco e ainda o link para o bandcamp. Entretanto, fiquem com as suas escolhas musicais, bem diversificadas e ainda assim identifico-me com tantas! Obrigada, Guilherme! Facebook: https://www.facebook.com/grutera1
Nicola Conte – Il Cerchio Rosso
É o meu despertador já lá vai quase um ano e vai continuar a ser, senão não saio da cama. É a melhor música de sempre.
Filho da Mãe – Cerca de Abelhas
Lembro-me do dia em que o descobri como se fosse hoje. Sem nunca lhe ter dito, acho que Grutera existe por causa desse dia e de mais umas coisas.
Ben Howard – Everything
Um tipo que não faz música pop, mas faz a música dele ser pop. E consegue dar-se ao respeito com isso. Para mim é genial. Não faz coisas más.
Jimi Hendrix – Little Wing
Nisto temos de estar todos de acordo: foi o melhor que cá andou e duvido que algum dia apareça alguém tão à frente do seu tempo e ainda do nosso. A música não é uma questão de técnica. É o que se faz da alma com ela.
Norberto Lobo – Pen Ward
É a peça mais bonita que o Norberto editou até hoje.
Alabama Shakes – Gimme All Your Love
Ámen.
Devendra Banhart – Brindo
Músicos como este fazem mais falta ao mundo do que políticos. Este gajo faz os meus dias maus serem bons.
Marcelo Camelo – Pois É
Quem está apaixonado oiça isto, quem não estiver apaixone-se pelas músicas do Marcelo. É tão fácil.
Half Moon Run – Need it
Daquelas coisas que acontecem um vez na vida. Ganda malhazinha.
Opeth – Hours of Wealth
Banda do requinte.
Disillusion – A Day By The Lake
Pah, isto para mim é que é música a sério.
A Perfect Circle – Orestes
Eu ainda acho que estou dentro disto.
In Flames – Alias
São a banda que eu gostava de ter. Chorei a ouvir esta música ao vivo, por mais estranho que possa parecer.
Tool – Vicarious
Podia ser outra qualquer. Existe tudo e depois Tool.
Lamb of God – Reclamation
Também podia ser outra qualquer. É a banda que mais ouvi até hoje. Oiço antes dos concertos. Puta que os pariu… vai tudo à frente! É a banda que mais me relaxa.
Gojira – The Gift of Guilt
Não dá para descrever… Para mim é a ideia de arte que faz arrepios na espinha.
https://grutera1.bandcamp.com |
Sur lie é um processo de envelhecimento do vinho, com o objetivo de desenvolver ainda mais a sua estrutura, corpo, complexidade aromática, profundidade e sabor.
Quer isto dizer que o Grutera está a amadurecer? A verdade é que, depois de um primeiro disco na segurança do estúdio e de um segundo abençoado num mosteiro, o Grutera instalou-se com a sua guitarra no Túnel das Barricas da Herdade do Esporão para gravar o terceiro álbum, inspirado pela arte vinícola e pela planície alentejana.
Tudo começou quando o guitarrista e Vasco Durão, responsável pelo projeto Guitarras ao Alto, se conheceram no início do ano. O Grutera andava à procura de um espaço diferente para dar voz à dimensão da sua nova música e o Vasco desafiou-o a experimentar uma adega alentejana.
A opção pelo Esporão foi natural. O Túnel das Barricas, onde nunca antes se tinha gravado um disco, é um espaço mágico, ou, como diz o Grutera, “cada segundo é mais intenso aqui”. Uma intensidade que encontrou paralelo na vontade do Esporão em apostar em ideias diferenciadoras e de fazer da sua Herdade um ponto de encontro único entre a cultura e o enoturismo.
Na madrugada de 27 para 28 de Junho, a doze metros de profundidade,
a guitarra do Grutera absorveu a textura e o aroma da adega e fez eco pelo Alentejo fora. Para a história fica “Sur Lie”, produzido e masterizado por Diogo e Tiago Simão, com fotografia de Leonor Fonseca e design de Ana Gil.
O disco sai para o mundo em Novembro, com edição da Fnac e apoio do Guitarras ao Alto e do Esporão, e com dois concertos agendados para Lisboa e Porto, em datas e locais a anunciar brevemente.
Nota de prova: para desfrutar de toda a intensidade de “Sur Lie”, aconselha-se um horizonte largo nos olhos e um copo de vinho Esporão na mão.