[Playlist da Quinzena] 16 a 30 de Novembro de 2015 – As Escolhas de Manuel Molarinho (O Manipulador)

Eu não sei se vocês sabem, mas o Manuel Molarinho é tipo o homem dos mil ofícios. É que nem é sete, é infinitos. Quando ele partilha connosco a sua agenda é difícil não ficarmos tontos. Ele toca em Burgueses Famintos, é o one-man band O Manipulador, é o grande impulsionador do Um ao Molhe, membro activo na ZigurArtists, toca ainda com Madrasta e eu juro-vos que não sei como é que ele concilia tudo. Ah! A juntar à festa é uma pessoa super porreira e daquelas com quem dá gosto falar de projectos novos e de colocar as mãos na massa para que se façam acontecer coisas bonitas. Em Abril deste ano respondeu-me a algumas perguntas sobre o Um ao Molhe e para os curiosos podem ler aqui: http://www.branmorrighan.com/2015/04/entrevista-ao-um-ao-molhe-festival.html

Brevemente espero ter mais respostas suas, mas sobre todos estes seus projectos musicais. É aguardarem e seguirem as páginas que vos vou deixar. Manuel, a ti um muito obrigada por esta playlist bem boa.

O Manipulador

https://www.facebook.com/omanipulador/

Burgueses Famintos

https://www.facebook.com/BurguesesFamintos/

Um ao Molhe

https://www.facebook.com/um.ao.molhe/

Madrasta

https://www.facebook.com/bandamadrasta

ZigurArtists

https://www.facebook.com/ZigurArtists/

Decidi fazer uma playlist de influências. Como tenho uma espécie de superstição com o nº 13 e decidi parar nele. Mas falta muita coisa. Fica para a próxima.

Sonic Youth – Skink

Sou uma daquelas pessoas que tem uma banda favorita. São os Sonic Youth. Gosto muito de muitas outras mas estão todas a léguas de distância. A Skink foi a primeira música deles que me chamou a atenção. “down to the bottom and oh what a bottom it is”

Dead Kennedys – Chickenshit Conformist

Cresci com o punk. Com o Faz Tu Mesmo. Esta é a música perfeita para ouvirmos e nos relembrarmos que lutar pelo que acreditamos não é coisa passageira.

Liars – Broken Witch

O 2º e o 3º álbum dos Liars (They were wrong, so we drowned e Drum’s not dead) são para mim obras primas, universos absolutamente únicos. Escolher uma música só roça o impossível mas escolho a Broken Witch por um momento muito simples e específico que me proporcionou e que nunca mais esqueci. Subi o Bairro Alto como se flutuasse e quando cheguei onde me dirigia não me lembrava do caminho de tão submerso que estava. A melhor moca da minha vida e estava completamente sóbrio.

The Mars VoltaTake the Veil Cerpin Taxt

Não sou fã do trabalho de Mars Volta a seguir ao primeiro álbum. Mas o deloused é inacreditável. Nunca vi tanta energia criativa, força e vontade de romper barreiras num só álbum. O riff/solo aos 3.40 é uma coisa do outro mundo.

Ex Models – Love Japanese Style

Banda de Brooklyn a pôr a matemática ao serviço da liberdade e energia. Nunca óbvios e sempre estimulantes. Ouvi o Other Mathematics centenas de vezes no carro. Quando, em 2005, vieram cá, senti-me uma pita histérica apesar do concerto ter defraudado largamente as minhas expectaticas.

Aphex Twin – Vordhosbn

Antes de ouvir o Druqs dizia de peito feito que não gostava de música electrónica. Duas músicas bastaram para não voltar a dizer essa frase.

The Knife – Marble House

Os The Knife apareceram com tudo para ser uma banda que eu detesto. A usar as texturas chungas dos 80s, meios épicos e tribais. Mas também são a banda perfeita para nos lembrarmos que a primeira impressão só diz muito aos mais desatentos. Tudo o que podia estar mal aqui faz sentido. O mau gosto é sempre roçado mas a fronteira nunca é ultrapassada e o resultado são canções que têm tanto de estranho como de memorável. A Marble House está no Silent Shout, que é o álbum com que os conheci. Não é, de todo, a melhor música do mesmo, mas tem o feat. do Jay Jay Johanson, que é uma espécie de guilty pleasure meu.

Carlos Paredes – Sede e Morte

Demorei até conhecer Paredes e depois nunca mais larguei. Estou ali chapado naquelas músicas. Estamos todos.

James Blackshaw – Echo and Abyss

Paredes alertou-me para as guitarras e nessa altura encontro o James Blackshaw. O mais surpreendente nele é que ele inverte a lógica da maior parte dos músicos que se mostram só com uma guitarra. Não é de todo masturbatório e demora muito tempo em cada parte. Então somos embalados e a guitarra de 12 cordas transforma-se quase numa orchestra.

Beauty Pill – Cigarette Girl

Banda que nem a fenómeno de culto chegou que encontrei no catálogo da dischord e no extinto grooveshark (saudades). Gosto de tudo o que ouvi deles e foram a banda que mais companhia me fez quando trabalhava num hostel. O refrão desta música leva-me sempre a pensar que esta parece a banda de música fixe que o Dave Matthews nunca teve.

Slint – Nosferatu Man

O Spiderland deve ser um dos maiores fenómenos de culto. Nunca li nenhuma explicação que fizesse sentido para o facto mas faço desenvergonhadamente parte dos devotos a este álbum. Indeciso entre esta e a Good Morning Captain como minha preferida.

Torto – Não Sei

Os Torto são das minhas bandas favoritas e sinto-me um sortudo por estar a viver na cidade deles. Está música, para mim, é o símbolo perfeito da época em que vivemos, de como encontrar sentido e caminho no caos.

Dawn of Midi – Prancercise

Trio de piano, contrabaixo e bateria que soa a electrónica minimal. Um exercício de contenção e atenção absolutamente minuciosa ao detalhe. O Dysnomia é todo ele uma inegável obra maior deste século. Escolho a Prancercise mas é um álbum que se deve ouvir como um todo.

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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