Família 🙂 |
A vida é daquelas coisas que tem tanto de fascinante como também consegue provocar em nós das emoções mais inusitadas. Tenho tanto para vos contar e tenho tido tão pouco tempo para o fazer que depois quando me sento a escrever parece que o propósito já passou. E, no entanto, é a vida à mesma. Nestas últimas semanas consegui passar por tantas situações que não mais do que uma vez uma série de pessoas me desafiou a iniciar um livro de memórias. Confesso, a escrita literária não é a minha praia. Não tenho jeito. Não tenho uma escrita que possa ser considerada poética ou sequer ritmada. Sou pragmática, algumas vezes sensível (poucas), e tenho pouca paciência para merdas sem sentido nenhum. Sim, palavrões à mistura porque há pessoas que parecem que vivem noutro mundo e constroem universos onde só na cabeça delas as coisas fazem sentido. Nem sequer é preciso tocar no assunto de Orlando ou de todas as repercussões. Não é preciso ir até actos de terrorismo mundiais quando até no nosso dia a dia se torna claro que as pessoas com telhados mais frágeis são as que estão mais dispostas a fazerem asneira.
Pelo meio tive direito a nova dose de luto, a todo um processo de incompreensão e não aceitação do rumo que muitas vezes as vidas de quem gostamos toma. Só fica o vazio. Mais vazio. Mais revolta. No meu caso é mais fúria. Não sei explicar. Fico furiosa. Apenas depois chega a tristeza e a solidão. Mas cada um tem o seu processo não é?
Mas acabemos com o negativismo porque a verdade é que nem me posso queixar muito, se é que me posso queixar de todo. Ninguém disse que a vida era fácil, mas felizmente tenho tido arcaboiço suficiente para seguir em frente e sempre em boa companhia. Digam o que disserem, nunca existe uma completude pessoal sem família e amigos. E nisso sou uma valente sortuda. A pessoa certa, o gesto certo, tudo se encaixa quando necessário para não me afundar numa qualquer tristeza da qual não possa voltar. E partilho isto convosco porque ninguém é de ferro e ninguém tem uma vida perfeita, por muito que no exterior só se vejam as coisas boas. Quando assim é, é porque existe a capacidade de transformar o menos bom em algo que valha a pena, em algo positivo. Tudo é uma aprendizagem. É aprender e evoluir e seguir em frente. Espero eu. Desejo eu. Para mim e para todos, sem excepção.
Brevemente vai sair o texto sobre o NOS Primavera Sound, e já que estou em modo pessoal lamechas tenho a dizer que o Sascha (Moderat) é ainda mais gato ao vivo do que nas fotos, que Explosions in the sky foi absolutamente maravilhoso e que quem me dera andar em tour com as Savages! Porra, que trio! Homenagem de coragem aos queridos Sigur Rós, que mesmo com um público não muito respeitador conseguiram dar um concerto do caraças. Pronto, é o meu top 4 do Primavera. Ah! Graças ao João Pedrosa descobri duas bandas novas, mas falo delas no devido post que este já está enooooooorme! Mil beijos e é isso, não desanimem nunca e quando tiverem problemas, falem deles, sobre eles. Não se deixem sufocar.