A Gravitação do Amor
Sara Stridsberg
Género: Literatura / Romance
Formato: 15 x 23,5 cm
N.º de páginas: 304
PVP: € 16,60
ISBN: 978-972-25-3017-0
Um livro de rara beleza, delicado e apaixonante
Este romance, vencedor do Prémio Selma Lagerlöf Literary Award 2016 e do Prémio Literário da União Europeia, conta a história da aproximação de Jackie ao seu pai, Jimmie, quando este é internado num hospital psiquiátrico. Jackie começa a passar cada vez mais tempo na instituição, até ela se tornar o seu mundo. Segundo o jornal dinamarquês Politiken, «É difícil encontrar palavras para descrever a prosa de Stridsberg. Como posso dar-vos a entender, caros leitores, a maneira fantástica como as trevas e a luz se fundem tão completamente na sua escrita, sem que a sua intenção seja consolar, nem criar um mero contraste? Não consigo descrevê-lo, terão de experimentar por vós próprios, é puro êxtase.»
LIVRO
«Quando Jimmie Darling é admitido no hospital psiquiátrico Beckomberga, nos arredores de Estocolmo, a sua filha Jackie começa a passar cada vez mais tempo na instituição, até que esta se torna todo o seu mundo quando a mãe parte numa viagem de férias.
No hospital conhecemos o médico responsável, Edvard Winterson, que às vezes leva Jimmie e outros doentes a grandes festas na cidade. «Uma noite passada fora do recinto do hospital torna-vos novamente humanos», diz ele. Conhecemos também Inger Vogel, uma «enfermeira angélica de socas», que parece habitar um mundo entre a ordem e a devastação, bem como a doente Sabina, objeto dos desejos tanto de Jimmie como de Edvard, com as suas contas coloridas e a sua obsessão com a liberdade e a morte. A Gravitação do Amor, um livro de uma beleza arrasadora, explora o amor de Jackie por Jim e o modo como tenta aproximar-se dele, tanto em criança como em adulta e já mãe, tendo sempre como pano de fundo Beckomberga, na sua dimensão quase mítica de anjo punidor e redentor de espíritos atormentados.»
EXCERTO
«Ao fim do dia, saem do hospital. Quando os portões elétricos se afastam para os deixar passar, abrem a primeira garrafa, no banco traseiro, sempre champanhe que ficou a refrescar na cave durante o dia. Edvard atravessa as pontes, a caminho da cidade, e percorre as ruas de bairros de moradias adormecidos. Às vezes há uma rapariga do hospital, outras vezes é Sabina que vai no banco de trás, outras vezes é outra pessoa, frequentemente meio adormecida pelos medicamentos. Os troncos das bétulas brilham no crepúsculo, um céu de tinta com manchas de rosa e dourado, ténues nuvens dispersas, aves, um desenho tosco dos céus. Edvard tem a convicção de que é bom para os pacientes saírem de vez em quando.»
AUTORA
Nascida em 1972, é uma das mais aclamadas escritoras e dramaturgas suecas, vencedora de diversos prémios e distinções literárias. Em 2016 foi eleita para a Academia Sueca, a entidade que atribui o Prémio Nobel. Vive em Estocolmo.